REGINALDO LEITE

O Grande Prêmio da Itália

Foi a terceira prova seguida com vitória dos carros de Woking. E também foi a terceira...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 12/09/2012 às 12:40Atualizado em 19/12/2022 às 17:26
Compartilhar

O Grande Prêmio da Itália foi a terceira prova seguida com vitória dos carros de Woking. E também foi a terceira corrida a ter disputa pela ponta. Essa história começou no GP da Hungria, com a vitória de Hamilton, e depois das férias foi a vez de Button, na Bélgica. Agora a história se repete na Itália. Isso implica que a equipe inglesa achou o caminho das pedras e as outras estão correndo atrás do prejuízo.

Peculiar. A pista de Monza é uma etapa diferente de todas as outras do campeonato, pois requer um acerto aerodinâmico diferente das demais e assim alguns se perdem no acerto final do carro. O normal é que quem tem um bom chassi e um bom balanço, use pouca asa, ou seja, tira a resistência aerodinâmica e aproveita as grandes retas para ser apenas singular nas três curvas reais da pista. Quem faz o contrário se perde nas retas.

Teoria. Porém a lógica ou, na verdade, a teoria, às vezes não é a realidade na prática. Como explicar que o carro da Lotus, que é econômico no consumo de pneus e numa pista que exige pouco do consumo dos mesmos se dá mal justamente neste aspecto.

Realidade. A verdade é que este campeonato tem se resumido na performance  que os carros conseguem com a borracha italiana. E assim podemos ver resultados lógicos virarem pó no final de uma etapa devido ao comportamento dos pneus como aconteceu no Canadá e outras etapas como essa da Itália.

Tequila. O feito de Perez nesta etapa é a prova disso e, como sempre, sem contar a etapa da Malásia, ele só se dá bem quando tenta uma tática suicida com os pneus, pois seu chassi trata bem os pneus. Kobayashi, que normalmente pilota mais que o mexicano, mas que  pelas ordens da equipe é obrigado a usar uma tática normal, está atrás do mexicano na tabela.

Coincidência.  Isso também é vidente em uma equipe italiana, onde corre um brasileiro. A verdade é que quem traz o patrocínio, ou seja, quem paga as contas é quem tem a prioridade dentro da equipe. Não sendo considerado quem é o melhor da dupla. Se bem que na equipe onde o brasileiro corre, seu companheiro normalmente consegue  ter no mínimo uns três décimos de frente, em qualquer circunstância.

Normalmente. Isso na média, pois têm situações que a diferença se eleva para algo em torno de meio segundo. Nesta etapa, a diferença em alguns treinos foi mínima, algo em torno de 0,2 décimos. Mas a realidade é que depois da etapa alemã de 2010, onde Massa foi obrigado a ceder sua posição para o hispânico, quando era mais rápido, nunca mais se achou no cockpit de seu carro.  Até mesmo a Ferrari o tem ajudado depois da grande  cachorrada. Uma vergonha considerada normal em Maranello. Porém não usada em Woking, ou seja, a McLaren joga limpo, e os italianos?

Apaziguando. Para a turma da Rede Globo, depois desse domingo, explicitamente, acham isso normal e até se alienaram à opinião do grande Emerson Fittipaldi. Galvão disse que seria normal Massa ceder sua posição, e Emerson, inocentemente, foi conivente. Mas nosso grande ídolo se esqueceu que na F-Indy, ele perdeu um campeonato porque sua equipe não freou Paul Tracy, que tomou vários pontos de Emerson e, assim, favorecendo o concorrente. Nosso grande campeão certamente se esqueceu da esportividade que existe nos EUA.

Mandão. O ídolo espanhol continua com a mania de influenciar a direção de prova de dentro do seu carro. Via rádio ele manda recados para equipe, sabendo que os cartolas estão ouvindo tudo. A Ferrari tem o privilégio de ser a equipe de maior tradição e sempre consegue coisas que as outras não conseguem. Assim o locutor hispânico dispara sua voz.

Curiosidade. O pódio desta etapa foi formado por Hamilton em primeiro, Perez em segundo e Alonso, em terceiro. O engraçado é que os três foram vítimas do Grosjean na primeira curva do GP da Bélgica.

Gastão. O piloto número um de Maranello está parecendo o primo do Pato Donald. Nesta etapa italiana, seus perseguidores mais próximos, Vettel e Webber, não conseguiram chegar aos pontos e quem venceu foi justamente quem estava muito atrás na tabela. Por outro lado, devagarzinho, o Iceman vem chegando. Raikkonen é o terceiro no campeonato com 141 pontos, um apenas atrás do segundo Hamilton, e trinta e oito atrás de Alonso.

Felicidade a todos!

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por