O MANDACHUVA VOLTOU
A Stock terminou a temporada com uma corrida sensacional. O velho e asqueroso Verme Ecclestone voltou com tudo. Isso, depois de ter sido derrotado pelo grupo de estratégia na ideia de implantar uma nova unidade de força bem mais em conta que as atuais fornecidas pelas montadoras que querem formar um cartel na Fórmula-1 e assim ditar as regras. Pra quem não sabe, essa categoria é regida pelo Pacto da Concórdia. A partir dele, toda mudança de regras tem que ser votada em assembleia onde participam as equipes atuantes. E uma mudança só é aprovada quando todas as equipes aprovam por unanimidade. E a proposta enviada por Ecclestone e Todt foi vetada. Mas eles não se deram por vencido e através do Conselho Mundial conseguiram aprovar a ideia. Escrevo nesse espaço há onze anos e nunca fui a favor das manobras e atitudes do inglês. Mas, desta feita, eu acho que ele e Todt estão certos. A categoria não pode ficar escrava das quatro montadoras que hoje a comandam. Acho que muitas batalhas estão por vir. O lobby das montadoras é forte. Num passado recente, Max Mosley tentou implantar um teto de gastos na categoria. Não deu certo e Mosley acabou banido do esporte depois que começaram a aparecer vídeos de orgias com conotações nazistas. Não é fácil brigar com o grupo das montadoras, pois os interesses comerciais falam mais que qualquer outra coisa. Na verdade, pagar vinte milhões de euros nessas unidades híbridas realmente é algo fora da realidade atual (por uma temporada). E as novas unidades propostas pelo Verme seriam a metade deste valor. O que convenhamos ainda é muito caro. A categoria de maior exposição no Brasil, a Stock Car, realizou sua última etapa no final de semana passado em Interlagos. Foi uma corrida cheia de dramas e expectativas. Os dois candidatos à vaga de campeão largaram do fim do pelotão. E para complicar se envolveram em acidentes nas voltas iniciais. Porém, no final, deu a lógica com Gomes conseguindo seu primeiro título. Por falar em Stock Car, o maior vencedor da categoria, Ingo Hoffman, perdeu seu filho caçula nesta semana para o mal do século. Robert Hoffman tinha vinte e oito anos. Sua morte foi confirmada na quarta-feira. Câncer no cérebro.
