REGINALDO LEITE

Pirelli aluga circuito de Paul Ricard para simular situações de pista e desenvolver composto superior

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 30/01/2016 às 08:26Atualizado em 16/12/2022 às 20:18
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IRRIGAÇÃO À ITALIANA

O cirquinho do Verme resolveu dar uma deixa para os fãs da Fórmula-1. A fabricante da borracha da categoria decidiu que deveria realizar um teste com os compostos de chuva. Os italianos alegaram que não querem sofrer o mesmo vexame de 2015, em Austin. Para isso, alugaram o excelente circuito de Paul Ricard e ainda instalaram sofisticado sistema de irrigação para a pista, que consegue molhar o piso com diferentes quantidades de água.

Esforço. A Pirelli conseguiu simular, em dois dias, várias situações de pista. Piso úmido, piso molhado e ainda piso encharcado, somando vários parâmetros para serem analisados, e espera que a partir destes testes consiga resolver e desenvolver um composto muito superior aos usados até aqui.

Engraçado. Tempos atrás, o dirigente mor da categoria insistiu que as corridas estavam muito monótonas e revelou que algumas deveriam ser disputadas com piso molhado artificialmente. Todos do meio automobilístico riram dele. E agora, a Pirelli mostrou que isso é possível.

Trio. Apenas três equipes participaram do ensaio. Ferrari, McLaren e Red Bull. Segundo o fabricante de pneus, o feeling dos pilotos, aliado à maneira como transmitiram as informações aos engenheiros da Pirelli, foi e será essencial para desenvolver os novos compostos.As equipes. As escuderias que aceitaram participar do teste foram a Ferrari e Red Bull, que escalaram seus pilotos titulares, e a McLaren correu com o reserva, Stoffel Vandoorne.

Sem vantagem. Essas equipes foram obrigadas a participar com carros modelo 2015 para que as demais não sofressem desvantagem em desenvolvimento, pois os testes da pré-temporada só serão realizados em Barcelona, com início em 22 de fevereiro.

Jeitinho. Quem é do meio sabe da possibilidade de as equipes terem corrido com algumas partes do carro de 2016, o que é proibido e fiscalizado pela FIA. Mas os engenheiros de equipes com grandes orçamentos sempre estão à frente dos fiscais da entidade fiscalizadora.Maaass... oficialmente, todos que andaram e testaram em Paul Ricard usaram os modelos de 2015. E usaram, mesmo. No entanto, a FIA não tem como fiscalizar certos tipos de testes, como os eletrônicos. A turma com pouco dinheiro não participou do ensaio.

Futuro. Visando 2017, quando a categoria deve viver uma grande mudança no regulamento técnico, uma das muitas alterações previstas diz respeito aos pneus. Os pilotos, por meio de sua associação, a GPDA, expressaram o desejo de contar com um composto que explore ao máximo o limite de cada um, ou seja, pneus mais duráveis e que permitam mais velocidade no contorno das curvas.Verme. De cara, o manda chuva Verme Ecclestone apoiou os pilotos e, de quebra, marcou uma reunião com o presidente da Pirelli. E desta vez poderão participar os pilotos e as equipes que quiserem. É um convite aberto a todos. E ainda arrematou com essa: “É o presidente da Pirelli quem vai estar lá, não é um mensageiro”.

Controvérsia. Alonso viveu sua pior temporada desde que se tornou campeão. Foi a primeira vez que perdeu para um companheiro de equipe ao final do campeonato. Porém, na questão salarial ele é o líder absoluto. Esse ano vai receber míseros 36,5 milhões de euros, ou seja, um pouco mais de 163 milhões de reais.

Outros. O segundo, em termos de recebimentos, é o atual campeão Lewis Hamilton, com 28,5 milhões de euros ou 127,7 milhões reais - mesmo tendo vencido os dois últimos campeonatos em sequência. Depois, vem Vettel, com 27,5 milhões de euros ou 123,5 milhões de reais.

Os Felipes. Massa, na Williams, recebe 4 milhões de euros, uns 17,6 milhões de reais. E Nash recebe apenas 170 mil euros ou algo em torno de 766 mil reais, via Banco do Brasil.

Uma ótima semana!

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