REGINALDO LEITE

Ponta é comparada a alegria de pobre

Para a alegria dos milhares de tifoses presentes, Alonso conseguiu a ponta ...

Reginaldo Baleia Leite
Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 14/09/2011 às 09:50Atualizado em 19/12/2022 às 22:21
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O GP de Monza é um dos mais tradicionais do calendário. Junto com Mônaco, Silverstone e Spa. Mônaco e Monza acontecem pela tradição. Mônaco é uma pista totalmente imprópria para os carros atuais da F1. Mas é lá, na capital do glamour e do luxo, que tudo acontece. É o lugar onde todos mandantes preferem se encontrar e, assim, se torna o requente da categoria. Monza segue a receita de Mônaco, não é uma pista ideal para os bólidos de hoje, porém, existe desde o início e é marcante, e ainda é GP oficial dos macarrônicos.

SPA e Silverstone são as pistas que existem desde os primórdios, mas que realmente nos dão uma boa disputa. Silverstone foi muito retocado e Spa, com seu traçado mágico, conseguiu ser ótimo e com poucas mudanças. Essas mudanças sempre existem, mas Spa.  conseguiu se manter quase como era e ainda ser o melhor de todos, depois das pistas construídas por Tilk, e a moda agora é ampliar e arejar a sala da imprensa e fazer  a mesma coisa com os boxes, principalmente se a pista não pertencer ao circuito europeu e ainda há aqueles que Tilk projetou. Um autódromo que não faz graça para a turma da mídia logo cai em desgraça.

Mas como o assunto é o GP de 2011, vimos cair um tabu que existia dentro da equipe do touro vermelho. Os carros de Newey, sempre eficientes em pistas onde exige aerodinâmica próxima do perfeito. Mas Monza é o contrário, e um carro quase sem efeito aerodinâmico pode se dar bem.

Coisa que  Piquet inventou e sempre utilizou quando não tinha um carro de ponta e, ainda assim, conseguia ser competitivo. E não é que o Barão Vermelho se lembrou da fórmula e foi justamente ele quem fez dessa etapa algo interessante de se ver. Os carros de Newey, apesar de sua eficiência aerodinâmica, se deram mal nos últimos dois anos. O motor Renault sabidamente não é o mais eficiente e a aderência mecânica era um ponto menos explorado pelo mago.

Impossível. Se a aderência mecânica e um motor canhão são uma bela receita em Monza, o melhor é a combinação de um piloto de bem com sua pilotagem e um carro que tem boa eficiência aerodinâmica, acompanhado de uma boa aderência  mecânica. Concluind Tiãozinho está em uma ótima fase de pilotagem e tem como aliado um carro bem nascido e bem desenvolvido durante o campeonato. Ou seja, juntaram-se tudo de bom e ficou impossível para os demais.

Piada. Liuzzi o causador do strick na primeira chicane, foi punido com a perda de cinco posições no grid da próxima etapa. O engraçado é que ele sempre larga na última fila, sendo assim, essa punição foi simbólica. Não acho justo punir um piloto por tentar ganhar posições na largada. Quando o italiano foi para grama já tinha ultrapassado cinco carros.

Politicagem. Schumacher foi quem fez dessa etapa uma corrida boa de assistir. Sua batalha com Hamilton foi o melhor da corrida. Mas o que deixa agente sem graça é que depois de Hamilton reclamar via rádio do alemão, minutos depois vem o Ross Brow e fala para seu piloto, tenha certeza de que você está deixando espaço para seu oponente. Depois de ouvir esta, o alemão simplesmente abriu para o piloto da Mc Larem passar. E aí tudo voltou ao marasmo.

Alegria de pobre... Para a alegria dos milhares de tifoses presentes, Alonso conseguiu a ponta depois da largada. Mas foi só o safety car sair, para Vettel botar ordem na casa. Sua ultrapassagem sobre o espanhol foi demais. Uma mistura de arrojo com perícia ao volante. Não para qualquer um colocar por fora, e pra cima do espanhol, e ainda com duas rodas na grama naquele local, a curva Biassono faz parte de um dos trechos mais rápidos daquela pista.

Respeito. Pelo jeito o inglesinho tem muito respeito para com o alemão, pois ele não tentou nenhuma de suas manobras afoitas e o mais estranho e nunca visto em Hamilton: Ele teve paciência. O Maldonado deve estar achando que quem pilotava aquela Mc Larem, não era o Hamilton.

Os primeiros. Bruno Senna, desta feita, conseguiu levar seu carro até o fim. E para alegria geral conseguiu chegar aos pontos. A vítima de Bruno no GP passado, Alguersuari, também terminou bem, desta feita, em sétimo lugar. Alguersuari vem conseguindo bons resultados ultimamente. Curiosamente, depois que a rádio paddock começou a arrumar pilotos para sua vaga na equipe italiana.

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