REGINALDO LEITE

Reginaldo Leite

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 07/05/2016 às 17:28Atualizado em 16/12/2022 às 19:00
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# 4 - GP DA RÚSSIA – UMA ETAPA EM SLOW MOTION  

O final de semana passado nos presenteou com a quarta etapa do calendário da F1. Depois do GP da China, em que houve mais de cento e sessenta ultrapassagens, a etapa russa foi um brinde com vodca de péssima qualidade. De cara, ganhou a posição de pior etapa até aqui, em 2016.

De novo. Rosberg e sua Mercedes mais uma vez se deram bem. Para falar a verdade, o alemão não disputou a quarta etapa, simplesmente fez um desfile. Pole, líder da etapa desde os primeiros metros e, para ressaltar, fez ainda a volta mais rápida. Enfim, uma etapa sem adversários.

Mais do mesmo. O motivo de tanta tranquilidade para o alemão da Mercedes foi novamente uma falha técnica no carro de Lewis Hamilton. No final do Q2, o motor (UF) perdeu potência. E ele nem disputou o Q3. Resultad largou em décimo e terminou em segundo.   Porém, na corrida ele vinha tirando uma grande diferença que tinha de Nico. Aí vem o rádio e diz: “Diminua seu ritmo, pois temos um problema técnico”.

Manobra de guerra. A Mercedes comunicou que para Lewis correr no domingo, sem sofrer uma punição, fez uma senhora ginástica ao trazer as peças da fábrica na Inglaterra, da manhã de sábado para a noite do mesmo dia. Foi uma manobra de logística extrema, que contou até com o apoio do Verme para liberar o material na alfândega russa.

Marasmo. Essa etapa começou quente. Na primeira volta, aconteceram vários lances inusitados. Vettel largou como um míssil, até parecia que só tinha ele na pista. Logo na primeira curva, ele levou um toque de Kvyat e após o alemão diminuir a velocidade da Ferrari levou outro toque do russo e acabou na barreira. Depois disso, a corrida virou um desfile.

Politicagem. Vettel pode ser considerado como uma versão atual de Prost, pois falou muita bobagem no rádio e depois gastou o tempo que tinha livre, para trabalhar politicamente nos bastidores a fim de minar seu novo desafeto. Tadinho do Kvyat, depois de muita politicagem, tanto do piloto quanto da Ferrari pode ser que o russo tenha selado seu passaporte para deixar a F1.

*Para azar do russo, depois do segundo toque, Ricciardo foi atingido por Vettel e a Red Bull não marcou pontos na etapa. Então Kvyat foi escolhido como a razão de todos problemas.

Melhora. O melhor tempo de troca de pneus na etapa “smirnoffiana” foi da Williams, e com Massa. Realizaram uma troca em apenas 2,3 segundos. Nesse quesito, a equipe evoluiu 300%. Também a manobra de calçar Massa com supermacios no final mereceu aplausos, pois a equipe nunca foi de se arriscar, sempre usando de táticas conservadoras.

*Vai que naquelas voltas finais tivesse acontecido um Safetty Car. Massa iria se dar muito bem. Mas aconteceu e se acontecesse: ninguém pensou nisso e a tradicionalista Williams arriscou. Evoluiu bem neste quesito.

No principal. A Williams vem tentando diminuir sua deficiência perante as grandes, porém, no carro, evoluiu pouco já que ainda sofre nas curvas de baixa, falta aderência nas saídas de curva em circuitos travados. E a próxima etapa é justamente o tipo de circuito que os Williams não vão bem. Sendo assim, os resultados não devem ser como foram na Rússia.

Surpresa. Enfim, os carros da McLaren foram bem. Alonso não teve problemas no enrosco de Vettel e ganhou várias posições. Button veio lá detrás e no final ainda conseguiu marcar um ponto. Portanto, os dois carros marcando pontos. Algo raro na era Honda.

Castigo. A Red Bull foi muito dura com Kvyat. Simplesmente promoveu Verstappen para a equipe principal já no próximo GP. Já Kvyat, volta para Toro Rosso. Uma medida injusta. Na verdade, cruel. Mas na verdade mesmo, o lobby do rapazinho é muito forte. A F1 nunca foi justa e racional. A palavra de ordem é money.

Uma ótima semana!

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