REGINALDO LEITE

Rombo no cofrinho

Se a Red Bull realmente sair de cena poderá ter que arcar com multa astronômica de R$ 1,9 bilhão

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/10/2015 às 10:11Atualizado em 16/12/2022 às 21:59
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 #14 - GP do Japão - Sushi de Xuxu

Mais uma corrida que não vimos uma disputa pela ponta, a não ser na largada entre os pilotos da Mercedes e, novamente, Rosberg se deu mal. O alemãozinho se perdeu nesta temporada. Pelo jeito ele está muito pra baixo e nem consegue mais oferecer alguma dificuldade para seu maior algoz. E, para piorar, tem Vettel no vácuo.

E assim vimos mais uma etapa que o piloto que completou a primeira volta na liderança não foi atacado em nenhum momento da corrida. Isso é deprimente e vergonhoso para o esporte. E indigerível pelos grandes aficionados por essa decadente categoria.

Chato. Isso soa quase como desrespeito para aqueles que são apaixonados pela categoria. Imagine acordar ou ficar acordado até às 4h da madrugada para ver uma corridinha destas. Muitos, penso eu, fazem isto por mania e respeito aos bons tempos. Mas, atualmente, é dolorido fazer isto.

Pudera. Já na largada dois pilotos, Ricciardo e Massa, que poderiam dar emoção à corrida, ficaram de fora. Perez também ficou na primeira curva. Porém voltou antes de Massa e Ricciardo e até lutou para chegar à zona de pontuação. Rosberg também se deu mal logo nos metros iniciais. Mas ainda salvou o segundo posto e nem de longe tem a pilotagem da temporada passada. Está mais para segundo piloto no momento e vê Vettel apenas com onze pontos de desvantagem.

O outro. Felipe Nash também não foi bem na etapa japonesa. E novamente viu seu companheiro de equipe se classificar melhor. De bom para Nash foi a ultrapassagem que realizou sobre Button na reta principal ultrapassagem e defesa do ataque de Verstappen. A manobra mais bonita da corrida.

Raridade. A boa notícia da etapa japonesa foi ver Maldonado terminar uma corrida e ainda na zona de pontuação.

Marasmo. De resto, a corrida foi fraca, ou melhor, chata. O mais incrível foi ver que nas principais notícias da segunda-feira, onde normalmente aparecem os bastidores da etapa de domingo, dominavam os graves problemas de algumas equipes. E o epicentro é a outrora dominadora Red Bull. E de quebra a

Lotus. De quebra e não da quebra.

Rabugenta. A outrora equipe mais alegre do grid se transformou numa chatíssima equipe. Acabaram-se as grandes festas e ficaram só lamentações e ameaças. A parceria de sucesso com os franceses da Renault morreu.

Divórcio. Red Bull e Renault dominaram a F1 por quatro temporadas seguidas, mas bastou uma temporada e meia de resultados ruins para acabar com o casamento. Os franceses não conseguiram a eficiência dos chucrutes nesta nova configuração de motorização. Se bem que os alemães foram apadrinhados pela FIA que criou um regulamento em cima da tecnologia deles. Hoje isso já não é desculpa, pois os italianos correram atrás e melhoraram muito nesta temporada.

Incrível. A situação da Lotus aparentemente está quase resolvida. A equipe vem sofrendo com a falta de dinheiro e, por isso, passando por situações vexatórias. Ficou na chuva em Suzuki no primeiro treino, teve equipamentos retidos na Bélgica e Itália. E essa melancólica situação comoveu até o avarento Bernie Ecclestone. O cacique pagou os salários dos funcionários da equipe. E tudo deve acabar bem para a Enstone depois que a Renault assinou uma carta de intenção de compra, podendo assim facilitar as negociações de pendências da equipe.

Tsunami. A situação da Red Bull é bem complexa. Está até este momento sem unidade de força para 2016. A Mercedes não quis ceder seu equipamento para a equipe. Os italianos até se sujeitaram a fornecer a sua, porém seriam as unidades de 2015. A saída era uma parceria com a Audi. No entanto, depois do escândalo da VW parece que isso não é mais possível. Sobra só a unidade italiana e os austríacos querem as unidades de 2016 e acenaram que se não conseguirem devem abandonar a categoria.

Caro. Caso a Red Bull venha mesmo sair de cena, a multa milionária é de R$ 1,9 bilhão, trazendo consequências ruins para a categoria. De cara, teríamos quatro carros a menos no grid. E o pior, quatro bons pilotos sem montaria para 2016. Caso a Toro Rosso permaneça, o tempo está conspirando contra ela, pois sem unidade de força definida a equipe não tem como desenvolver o carro de 2016, sendo que nas outras equipes está em desenvolvimento há tempos.

Uma ótima semana!

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