Rubinho com o filho e o chequinho no pódio
Plagiando um comentarista do Plim Plim no fiasco do GP da Áustria de 2002 - na ocasião Rubinho liderava a corrida até a última volta, quando a Ferrari deu uma ordem para que o piloto cedesse o primeiro lugar ao companheiro de equipe, o alemão Michael Schumacher. Tornou célebre a frase ‘HOJE SIM e a terminou com um HOJE NÃÃO!”. Desta feita, agora foi dia do “Hoje sim” e Rubens Barrichello finalmente venceu na Stock Car e na etapa mais importante ($$$$$$$) do campeonato.
A categoria de maior visibilidade na mídia nacional recomeçou depois de dois meses ausente. E a volta foi logo com a corrida de maior importância do calendário, a Corrida do Milhão. E, Barrichello, além de vencer, quebrou um tabu, desde a primeira Corrida do Milhão, o de que o pole nunca havia conseguido ser vencedor.
Bonito. A vitória de Rubinho até parecia fácil. Largou na pole e ficou na frente boa parte da corrida, e ganhou. Mas Tiago Camilo, que no final tinha um carro mais equilibrado, judiou de Barrichello nas voltas finais. Chegou a tomar a ponta em duas ocasiões. Rubinho abriu bem no início e tinha mais botões e ultrapassagens no finzinho.
Gato e rato. A disputa no final foi um joginho de push to pass. Camilo largou mal e usou o botão mais vezes para alcançar o ponteiro. Rubinho deu a tacada final depois da curva um, ao fazê-la ao lado do Camilo, por dentro, e deixou o concorrente na parte suja. E a disputa só acabou na linha de chegada com os carros cruzando lado a lado, com uma pequena vantagem para o Rubens. Foi demais. Os dois estão de parabéns.
Nota dez. Essa etapa foi das mais emocionantes. Pois assistimos a uma das melhores batalhas pela ponta nos últimos tempos nesta categoria. E o palco escolhido foi o melhor autódromo do país atualmente, o Autódromo Internacional Ayrton Senna.
Completo. O Ayrton Senna é assim considerado devido à segurança e à adversidade que oferece. Tem curvas de alta, de média e de baixa, ou seja, é uma pista completa que exige tudo do equipamento e do piloto. E o mais interessante, o traçado é o mesmo desde a inauguração (1974). Ele oferece uma segurança ímpar. Com grandes áreas de escape. E pensar que a F1 nunca cogitou andar por lá...
Logística. Logicamente por questões econômicas. Se o universo do cirquinho conhecesse o belo circuito goiano e a vida noturna da cidade nunca mais deixariam de ir para a capital goiana O lado bom disso é voltarmos a contar com um circuito de nível máximo de segurança. Sem querer desprezar o ótimo e tradicional Interlagos.
Comparando. A diferença é gritante entre os dois autódromos, tanto que o Mundial de Motos não pode ser realizado em São Paulo devido às poucas áreas de escape para as corridas de duas rodas. O pessoal do Mundial não corre em Interlagos, porém o circuito recebe provas de campeonatos nacionais.
Reforma.
Para monopostos, ela ainda é suportável. Tanto que a trupe da F1 só reclama das instalações dos boxes e da imprensa. Na verdade, a turma do cirquinho da F1 quer mesmo é conforto e mordomia para receber os grandes patrocinadores que se aventuram a comparecer ou são obrigados a ir às corridas. Por isso, esse ano Interlagos vai receber uma grande reforma na área nos boxes e logicamente no espaço reservado para a mídia especializada.
Felicidades!