A sétima etapa do Mundial de F-1 foi uma corrida que mesclou momentos de chatice com situações de boas emoções. Bem no estilo do que são as etapas canadenses. É raro ver uma etapa com resultado previsível e sem tropeços. Lewis Hamilton venceu, e sem a ajuda das horríveis táticas de boxes. Sua grande tática foi acelerar, do começo ao fim. Isto sim é a maneira certa de se disputar uma corrida, sem aquelas manhas das equipes com sua computação avançada, onde vence quem economiza o pedal da direita.
Azarões
Do outro lado da ponta, alguns pilotos usaram da tática adversa para se colocar melhor no final. E quem se deu bem com essa manobra foram Grosjean e Perez. Os dois com carros de menores chances de pódio. Se bem que a Lotus é apontada como uma promessa de vitória nesta temporada e, se a Sauber é apenas uma azarona, este ano, por pouco não venceu na segunda etapa, quando deu Alonso. Duas zebras do molhado.
Irreconhecível
Mas um piloto de equipe de ponta largou com pneus duros, como os dois mencionados, e não conseguiu nada na etapa. E esse foi Jenson Button. Mais uma etapa onde o campeão de 2009 não conseguiu nada e, para piorar seu companheiro de equipe, foi o vencedor. Esta situação já lembra a do Massa, só que Button venceu uma e muitos pontos na temporada, mas seus últimos resultados são fracos.
7 x 7
Hamilton foi o velho Hamilton de tempos atrás, aquele piloto que luta e usa o braço e o pedal da direita como poucos hoje em dia. Essa foi a sétima etapa e com sétimo vencedor diferente. Algo inédito na F-1. Nesta etapa a velocidade pura falou mais. É que o automobilismo de hoje está se tornando um esporte onde acelerar está ficando em segundo plano. São tantas as informações que as equipes recebem nos boxes, que é fácil interferirem no desempenho do piloto. Mas, no Canadá, Hamilton desmontou essa mania e venceu usando a velha tática de acelerar e acelerar tudo para vencer.
Copiando
Essa mania de táticas mirabolantes ganhou espaço no automobilismo norte-americano, onde a tecnologia é ínfima perto da que é usada na F-1. Aparentemente, por não contarem com tantos dados dos carros, os americanos partiram para essa mania, que a turma da F-Indy introduziu no mundo dos carros de fórmulas e que, na verdade, surgiu nas equipes da Nascar. Porém, começaram com isso por suas etapas serem longas e os europeus acabaram adotando essa mania em suas corridas. A F-1 copiou muitas das manias americanas: carro madrinha, pit stop, marketing e outras regras no geral.
Irreconhecíveis
Mark Webber foi apenas o sétimo. Depois de ter vencido a última etapa, esperávamos que ele seria mais combativo. Kimi e Kobayashi foram oitavo e nono, respectivamente, mesmo usando da tática de apenas uma parada. Mas seus companheiros de equipe foram mais eficazes com a mesma tática, enquanto o normal seria que eles chegassem mais à frente. O japa é o piloto mais combativo do grid, porém seu companheiro, com o apoio incondicional da equipe, fez dois pódios nesta temporada. Por outro lado, Di Resta vinha fazendo uma ótima corrida, mas se perdeu depois da primeira rodada de pit stop.
Massa
Nosso representante vinha fazendo seu melhor fim de semana em 2012 até que se perdeu na curva 1 e caiu do quinto para o décimo segundo posto. Antes, Massa passou Rosberg e vinha iniciando um ataque para cima do Webber, quando rodou. Nosso representante foi o piloto que mais tocou dependurado desde os treinos. Não foram poucas as imagens dele brigando com o carro na prova. Pelo menos agora ele tem atacado e vem pilotando agressivamente. Melhor que aquelas corridas bucólicas que ele vinha realizando até Mônaco. Sobre Senna não há o que falar. Ele foi nulo nesta etapa.
Felicidades a todos!