No próximo fim de semana começa a temporada 2013 da F1. Não sei se pensa assim quem acompanha esse esporte, mas acho que ficar sem corridas de novembro a março é muito tempo. Se eu tivesse 1/4 do poder do Verme faria um campeonato de férias. Neste período, as equipes poderiam desenvolver seus equipamentos e não teríamos treinos falsos de pré-temporada.
Dim-dim. Essa ideia poderia ser facilmente derrubada pela frase “Temos de cortar custos”. E também alguém poderia argumentar que uma minitemporada custaria caro para as equipes. Porém, achamos que um campeonato de verão poderia ser realizado em lugares que pagariam as despesas, ou seja, no mundo do petróleo. Abu Dhabi e Bahrain, onde ainda não existe crise financeira!
Sonhando mais. Esse campeonato seria realizado entre os meses de janeiro, depois da primeira quinzena, e fevereiro, com as sedes bancando todas as despesas das equipes. Desta forma as escuderias desenvolveriam seus equipamentos como deveria ser, ou seja, competindo e não usando de prerrogativas especiais para mascarar seu verdadeiro potencial e desenvolvimento.
Reforço. E mais importante: as equipes vencedoras receberiam um bom prêmio em dinheiro e também o piloto campeão teria de repassar seu prêmio para o time. Reforçando assim o orçamento da escuderia para o campeonato verdadeiro. A ideia central é não ficarmos de dezembro a março sem corridas e ainda forçar o desenvolvimento dos carros em competição e não em treinos planejados pelas equipes em que muitas das vezes o resultado é apenas para agradar ou enganar seus patrocinadores
Voltando. Encarando a realidade de frente e esquecendo os devaneios da mente, vemos que as quatro grandes ou as mais endinheiradas continuam na dianteira em 2013, o que é normal em automobilismo de ponta. Quem tem mais, desenvolve mais, pesquisa mais e contrata o que há de melhor no mundo para ganhar poucos décimos de segundo que no final fazem uma grande diferença. No quesito das mais endinheiradas a Mercedes deveria estar entre as quatro grandes, mas ficou atrás da Lotus em 2012, que tem um orçamento bem menor.
Partida. Na última segunda-feira, o Brasil perdeu um dos grandes ícones do automobilismo. O grande Wilson Fittipaldi nos deixou. O Barão, como era chamado carinhosamente pelos mais íntimos. Pai de Emerson e Wilsinho, ele foi um dos seres que mais realizaram pelo esporte a motor neste país. Não como piloto, mas como organizador, narrador e incentivador, e o mais importante, como o homem que criou, educou e ensinou o pai de todos numa carreira no exterior, Emerson Fittipaldi. Sem os ensinamentos do pai, Emerson certamente não seria o que foi no automobilismo.
Inovador. O Barão dava tudo de si pelo esporte e pela sua família. Uma vez até conseguiu que sua esposa participasse de algumas provas, e isso numa época em que mulher em corridas era sinônimo de piadas. Só para medir, depois que os filhos foram para Europa, ela simplesmente não assistia as provas, apenas esperava o resultado final e com um tercinho nas mãos. Mesmo estando dentro dos boxes.
Austrália. Domingo é o grande dia. Porém tudo começa na quinta-feira, dia 14, e como acontece há tempos vamos ver os treinos no Sportv e a classificação e corrida no Plim-Plim. Agora é pra valer, não tem mais encenação e todos terão de dar o melhor de si para começar bem o longo campeonato. Ano passado vencedor foi Button com a McLaren. Se depender das estatísticas do ano passado, não é bom vencer a prova de estreia: o vencedor da primeira prova de 2012 demorou para reencontrar a vitória em 2012.Depois da Austrália, só conseguiu vencer seis meses depois na Bélgica e venceu a última etapa no Brasil.
Programação do GP da Austrália
1º - Treino - Quinta-Feira - 22h30 – SporTv
2º - Treino - Sexta-Feira - 2h30 - SporTv
3º - Treino - Sábado - 0h - SporTv
Classificaçã Sábado - 3h - Globo
Corrida: Domingo - 3h - Globo e Rádio JM
Felicidades!