3#GP DA CHINA - Uma evidência chinesa
A terceira etapa do Mundial de 2015 foi como quase todos os produtos chineses que existem no mercado. São baratos, porém, sem muita qualidade, ou seja, você acredita que resolve um problema no momento, mas depois percebe que não foi solucionado.
Assim foi o GP chinês: sem qualidade, sem emoções. E só foi possível assistir a esta etapa devido à turma do fundão, pois as seis primeiras posições estão claramente definidas e evidentes antes mesmo da largada. Mercedes, Ferrari e Williams. Salvo meras causalidades. Kimi, que desta feita não se envolveu em acidentes e fez uma ótima largada.
Surpresa. Depois do susto malasiano, a Mercedes voltou a demonstrar seu real potencial. Mas vimos que os italianos têm condições de surpreender em condições de corrida, pois Vettel chegou a marcar melhores voltas no meio da disputa. O que não acontecia em 2014. As flechas de prata só não ganharam todas as etapas em três ocasiões, onde se deram mal por erros e falhas deles mesmos. Simplesmente não tinham adversários, apesar das estocadas da Williams nas últimas etapas.
Realidade. Como havia dito antes, os italianos estão perto, mas não no mesmo nível dos rivais. No entanto, tenho plena convicção de que os italianos vão dar tudo que podem para encostar nos alemães. E o que parecia impossível tem potencial para acontecer, pra nossa sorte. A fase europeia tem tudo para ser muito disputada.
Detalhes. Um detalhe que se percebe desde a pré-temporada, e não tinha sido comentado antes, é quanto ao som dos motores que, nesta temporada, tem um mínimo de decibéis. Agora existe um sonzinho, meio que acanhado, porém dá mais emoção à corrida. Competição sem a melodia é chata. Saudade dos motores dois tempos do motocross que além da melodia ainda traziam o cheiro característico do óleo M50. Na China, voltamos a ver a finada farofa que marcou época no início da era Pirelli na F1.
Felipes. Nasr conseguiu mais uma corrida boa em vista do equipamento que tem nas mãos. A Sauber de vez em quando consegue o que é quase impossível na F1: um bom carro com um baixo orçamento. O que não aconteceu em 2014, quando a equipe errou no chassi e a Ferrari na unidade de força (motorização) e, assim, a temporada passada foi um grande fiasco para a equipe. Zero ponto.
Agora, 2015 se mostra mais promissor. Um chassi melhor e uma unidade de força mais eficiente. E assim, a equipe suíça volta a ser uma equipe mediana que, de vez em quando, consegue um resultado razoável. O que aconteceu na Austrália.
Massa. Nosso representante na Williams fez uma bela corrida. Estranhamente, não foi bem na largada, mas se recuperou e soube administrar muito bem o consumo de pneus e terminou no melhor lugar que seu carro poderia conseguir. Parece que a ficha da Williams caiu, já admite que está atrás dos carros italianos.
Finalmente. A Lotus vinha sofrendo do mesmo mal do Kimi e não se deu bem nas duas primeiras etapas. Porém, na China, obtiveram um bom resultado, mas apenas com Grosjean, pois Maldonado tem um azar constante e sempre acontece algo com ele. Apesar de não ter chegado ao Q3, o piloto fazia uma boa prova até sofrer um problema na entrada dos boxes devido a uma falha nos freios.
Depois disso, vinha em recuperação e sofreu um toque de Button e acabou, mais uma vez, fora dos pontos. Ele é mesmo azarado. É raro ver Button cometer esse tipo de erro.
Estranhamente. Os carros do Touro Vermelho da equipe júnior que haviam sido melhores que os da matriz, desta feita estavam irreconhecíveis. Largaram lá de trás. Já na matriz, a situação também não foi das melhores. Ricciardo, que tinha uma boa posição de largada, saiu mal e foi lá pra trás. Seu companheiro sofreu mais uma falha técnica.
Programação do GP do Bahrein
SporTV - 3º - Treino livre
SporTV - Classificação - sábado - 12h
Corrida - domingo - 12h logo da globo
Moto GP - GP da Argentina - 16h logo do sportv
Band Sports - F Inddy - GP Long Beach - 17h