REGINALDO LEITE

Turma do energético se destacava

A Red Bull é mesmo uma máquina do Marketing, na época que não tinha seus carros

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 24/04/2013 às 11:11Atualizado em 19/12/2022 às 13:26
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A quarta etapa da F1 foi de disputas e com boas emoções: muitas ultrapassagens marcaram o GP. Apesar do clima competitivo, essa corrida pareceu uma reedição da realizada na China. Houve disputa pela ponta nas três voltas iniciais. Vettel, depois de assumir a ponta, abriu e venceu fácil, culminando com uma vitória pra cima até dos que fizeram uma parada a menos. Passando a ser o primeiro piloto a ter duas vitórias em 2013.

Troco. Se Alonso venceu com autoridade em Xangai, Vettel fez o mesmo no Bahrein, com um pouco mais de vigor. Engraçado é que o pódio deste ano repetiu o de 2012. Por outro lado, o temor das ameaças terroristas não deu em nada. E, pelo que se sabe, ninguém da F1 sofreu qualquer tipo de agressão ou perseguição. Ponto para a família real e para o “Verme”, que peitou todos quando as ameaças estavam em curso antes da prova.

Iceman. Kimi Räikönein é um ser à parte no universo da F1. Todos sabem que ele não é de dizer giz na hora das fotos e também não gosta de participar dos eventos  realizados pelos patrocinadores nos dias que antecedem as etapas. Imaginem vocês se a Lotus conseguir realizar classificações mais eficientes em pistas como esta. Nesta etapa, ele largou em nono e cavou um segundo. Neste traçado, se largasse em segundo o resultado seria mais apertado. Kimi tem sido regular e competitivo e isso pode ser a chave no final do campeonato. A Lotus precisa melhorar na classificação, principalmente  na Hungria e EUA, pistas onde o carro foi bem em 2012.

Destaques. Não foi só Vettel que brilhou no deserto. Paul Di Resta foi ótimo e conquistou um quarto posto. Di Resta foi outro que se valeu de um carro equilibrado conseguindo fazer apenas duas paradas. Lotus e Force India se destacaram neste quesit equilíbrio e economia de pneus.

A dupla da Mercedes também se destacou: Rosberg pela zebra da pole e Hamilton pela corrida apagada que fez nos dois primeiros terços da corrida. Porém, o inglesinho apareceu no fim com excelente quinto posto. Excelente  em relação a seu início de prova. Mas, no geral, a Mercedes está melhor do que esperávamos. É quase uma zebra.

Sergio Perez foi outro destaque e, até que enfim, fez alguma coisa com a McLaren. Aquela ultrapassagem em cima de Alonso valeu o ingresso. Foi na garra. E isso deixou o asturiano furioso. A fila anda... Se bem que o mexicano acordou só agora para o campeonato. Observando que o patrão de Perez, Carlos Slin, estava presente no Bahrein.

Inferno Rosso. O fim de semana dos italianos não foi o esperado. De favorita passou a coadjuvante. Entrou areia na corrida do espanhol, faltou um WD  40 nas mãos dos mecânicos italianos. Sua asa traseira travou aberta e isso atrapalhou seu plano de corrida. Não apenas o plano como também o fez adotar uma pilotagem diferente do qual seria habitual. Sua habilidade de se adaptar às condições inesperadas ainda o levou aos pontos.

Inferno Rosso II. Se Alonso teve um dia ruim, imaginem o Massa. Quando tudo está bem para o espanhol, para o brasileiro nunca está 100%. Mas uma situação está me incomodando. Na China, Massa andou mal e colocou a culpa na borracha da Pirelli. E agora, de novo, ele se deu mal com os compostos italianos. Acho que a falha não é dos pneus. Essa novela é velha, ano passado o discurso era quase o mesmo.  Era a maneira que Massa entrava nas curvas que fazia a borracha deteriorar. Como o espanhol pilota diferente, com ele acontecia o contrário. Agora começa  algo parecido. Na verdade, Massa e seu engenheiro não estão conseguindo ser eficientes no acerto do carro. O melhor seria copiar o mesmo acerto do carro da ala de Alonso. Se é que isso é possível no caldeirão italiano.

Na frente de novo. A Red Bull é mesmo uma máquina do Marketing. Na época que ainda não tinha seus carros ocupando a primeira fila do Grid, a turma do energético se destacava como a melhor equipe na parte detrás dos boxes com senhor moto home e com festas e agrados para a maioria dos frequentadores dessa parte dos circuitos. Depois que passaram a liderar a tabela, ficaram um pouco mais discretos. No entanto, no pódio do Bahrein eles voltaram a marcar um tento. Colocaram uma mulher  no pódio para representar a equipe. Nada de  Newey ou Horner,  uma engenheira foi a representante da equipe, marcando pontos com o universo feminino e com direito a um bom gole de champagne.

Felicidades!

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