A F1 realizou o último teste pré-temporada neste final de semana. E também foram apresentados os modelos das equipes Murussia e HRT. Com orçamentos apertados, essas equipes não conseguiram apresentar seus modelos no tempo ideal e não testaram seus bólidos na pré-temporada. Há pouco o que dizer dessas equipes que usaram o primeiro GP do ano como teste, sendo que as demais já rodaram muito ao alinharem na primeira prova. São as duas equipes que nasceram em 2010 e sempre brigaram para ver quem não era a última da turma.
Novidade. O carro da Murussia é o segundo do grid que não usa o bico em degrau, o primeiro é da McLaren. HRT e Murussia usaram carros obsoletos nas duas temporadas (2010 e 2011), agora apresentam alguma novidade, já que a Murussia vem com uma parceria com a McLaren. Isso deve fazer alguma diferença no rendimento da equipe, mas não deve ser o suficiente para tirá-la das últimas filas do pelotão.
Fazendo uma pequena análise depois dos testes:
Lotus. A ex-Renault poderia ser considerada a equipe que mais chamou atenção, pois dominou o primeiro teste em Jerez e o último em Barcelona. E com um ingrediente incomum: logo no primeiro teste em Barcelona retirou seus carros, alegando uma falha grave no projeto do chassi. E ainda pressionou a Fia para ter alguns dias extras de testes, porque não treinou no primeiro teste de Barcelona. E já no segundo teste voltou com o carro e fez o melhor tempo da série. Para ser sincero, acho que os problemas não foram tão sérios e seus tempos são irreais.
Red Bull. A turma do energético é novamente a bola da vez, apesar de alguns problemas de confiabilidade no primeiro teste. Mais uma vez Newey faz a diferença. Quando mudam o regulamento, ele sempre acha uma maneira diferente de interpretar as regras. Nos três testes sempre andaram bem e nunca procuraram o melhor tempo do dia. O objetivo deles sempre foi a confiabilidade.
McLaren. Foi outra que se preocupou apenas em realizar o que tinha em seu cronograma e no último teste testou elementos aerodinâmicos que seriam utilizados na Austrália. Hora nenhuma se preocupou com os tempos. Essa hora nenhuma é do tip testaram sua velocidade em momentos distintos para não chamar a atenção de todos. Pelo visto estão bem na fita, muito diferente da mesma época do ano passado, quando tinham um carro ruim e fizeram uma cópia da RB7 em duas semanas e se deram bem na primeira corrida e no resto da temporada, isso em relação aos italianos, pois a matriz foi imbatível.
Ferrari. Os italianos também estão escondendo o jogo. Porém, ao contrário de Red Bull e McLaren. Nuvens cinzentas cobrem os boxes italianos. Pelo jeito, o F 2012 foi mal concebido e a equipe tenta de tudo para achar o caminho das pedras. E até que conseguiram melhorar o balanço do carro, mas o desespero é reinante no box vermelho. Torço para que eles consigam algum milagre, como a McLaren conseguiu ano passado. A declaração de Pet Fly de que “acho difícil conquistarmos um pódio na corrida de estreia”, é o maior indicador que os vermelhos estão numa nau sem rumo.
Mercedes. A gigante alemã está demorando para decolar e não vai neste ano. Vai continuar atrás das três maiores. O problema é se não vão perder para a Lotus. Aí a casa vai cair, mas a lógica diz que isso não deve acontecer.
Toro Rosso – Sauber – Force Índia. Da turma do meio para o final do grid é difícil fazer prognósticos. Houve dias em que Force India, Sauber e Toro Rosso realizaram um bom papel, porém em situações adversas e diferentes. Pois há treinos em que as equipes andam com pneus macios e tanques vazios e outros onde preferem realmente testar diferentes compostos para avaliar equilíbrio e comportamento do carro de acordo com os níveis de desgaste. Sendo assim, nunca sabemos quem realmente é capaz de ser o mais veloz.
Ex-nanica. A Caterham, ex Lotus verde, até parece que vai surpreender. E deve deixar para trás a turma com quem estreou com motores Cosworth (HRT, Virgim e Lotus Verde). Usando motores Renault e com alguma evolução aerodinâmica parece que foi a equipe que melhor evoluiu e chega agora para ameaçar a Williams.
A Williams, aparentemente fez um carro melhor que o ano passado. Ainda não deu para perceber, pois pelo menos tem um conjunto propulsor bem mais eficiente. Sendo assim, obrigatoriamente esse carro de 2012 tem que ser melhor que o de 2011. Mesmo não tendo evoluído nada em termos de aerodinâmica ou chassi, só de ter um motor melhor os resultados tendem a ser melhores. É lógico que houve dias em que o carro de Glove fez tempos lá na frente, mas todas as equipes do meio conseguem tempos magistrais em treinos da pré-temporada.
Felicidades a todos!