Com o cirquinho do Verme de férias e a Moto GP também, assim como outras categorias europeias, na América do Norte, o automobilismo e motociclismo estão em alta. A Nascar continua com seu campeonatinho de 36 etapas e a F-Indy também segue sua rotina. O ótimo e supercompetitivo circuito AMA Motocross anda firme. Isso sem comentar as inúmeras competições regionais e as subcategorias da Nascar.
Watkins Glen. Esse nome é marcante para os brasileiros porque foi nesta pista que o grande Emerson Fittipalddi venceu pela primeira vez na F1. E essa vitória marcou de várias maneiras. Foi a primeira vitória de um brasileiro na F1, que culminou com uma trajetória vencedora de pilotos brasileiros na maior categoria das quatro rodas. Depois de mostrar o caminho vieram inúmeros talentos brasileiros. E essa vitória também deu ou marcou o primeiro e único campeonato post mortem da F1, o de Jochen Rindt em 1970.
Bandeirante. Foi Emerson quem desbravou o desconhecido assim como os bandeirantes na odisseia de desbravar os sertões brasileiros, mostrando que era possível ser campeão e ter uma carreira de sucesso no maior campeonato do mundo. Emerson é o pai de todos. Sem ele sabe-se lá quando teríamos outro brasileiro vencendo no Velho Mundo. E depois de desbravar a Europa, ele ainda mostrou como ser campeão nos EUA. Outra via de acesso para vários pilotos brasileiros: Raul Boesel, Gugelmin, Giu de Ferran, Cristhian, Helinho, Kanaan e companhia agradecem.
E foi lá. Watkins Glen foi o palco da última etapa da Splint Cup, a série principal da Nascar. Uma das raras etapas da série que é realizada em circuitos mistos, pois a grande maioria é realizada em ovais. E o vencedor foi Kyle Busch. Kyle vinha batendo na trave há dois anos. Nestes últimos dois anos ele sempre estava liderando e nas voltas finais era superado por Marcos Ambrose.
Repeteco. E neste ano tudo conspirava novamente a favor de Ambrose, pois ele comandava a corrida tranquilamente. Era um repeteco das edições anteriores. Até que uma bandeirada amarela, que culminou com uma entrada nos boxes na hora errada, fez com que Ambrose fosse guindado ao pelotão intermediário. Após essa parada, Montoya e Ambrose estavam juntos, porém, no decorrer da etapa, Montoya conseguiu evoluir e Ambrose ficou pelo caminho. E assim vimos o fim do domínio ambrosiano.
Finalmente. Depois de ficar pelo caminho por dois anos, Kyle Busch finalmente acabou conseguindo o caminho da vitória, após amargar derrotas sucessivas nesta etapa. Kily quebrou mais um tabu na sua controversa carreira da Nascar ao conseguir o primeiro posto em Watkins Glen.
Campeonato de dois. O Moto Cross profissional americano de 2013 vê uma disputa particular, na 450, entre dois Ryans, Ryan Dungey e Ryan Villopoto. A liderança está nas mãos de Villopoto. Dungey tem como diferencial a regularidade e uma pilotagem limpa. Já Villopoto tem uma pilotagem agressiva e muito rápida. Para quem o assiste até parece que ele vai cair a todo momento de tanto que é agressivo.
The flash. Villopoto é o piloto mais rápido do momento. Faltando duas etapas para o término do campeonato, Villopoto tem 44 de vantagem sobre Dungey. São quatro baterias sendo que cada uma vale 25 pontos para o vencedor. Para Dungey virar o jogo, será preciso dois resultados ruins do Villopoto, quer dizer, sem pontuar em duas baterias. E quatro vitórias seguidas para conseguir repetir a de 2012. Dungey venceu em 2012, mas Villopoto não competiu ano passado, estava recuperando-se de fraturas do Super Cross.
Pena. Nos dias 28 e 29 de setembro vai acontecer o Mundial das Nações, na Alemanha. Esse campeonato reúne os melhores do mundo. E a notícia ruim será a ausência de Villopoto que vai se submeter a mais uma cirurgia após a última etapa do AMA em 24 de agosto. Imagino que todos gostariam de ver o multicampeão europeu Cairoli disputando com Villopoto. Mas não vai acontecer neste ano, para sorte do Cairoli.
Felicidades!
