SEMANA DO GÁS

Expansão e competitividade no Triângulo Mineiro

Marconi Lima
Marconi Lima
Publicado em 04/08/2024 às 10:44Atualizado em 19/08/2024 às 10:49
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Programa
Conforme os idealizadores, o programa Gás para Empregar surgiu para usar o gás do pré-sal e, posteriormente, estudos mostraram que o programa deveria atender as indústrias. Com isso, o entendimento é que, para que as indústrias sentissem confiança em investir, seria fundamental que tivessem mais de uma fonte de suprimento de gás.

Opções
O ex-ministro Anderson Adauto, que atua no Gás para Empregar, pontua que as opções, que são o gás do pré-sal, o da Bolívia, que já abastece o Brasil há muitos anos e já tem uma infraestrutura toda pronta para ser utilizada, além do Vaca Muerta e do convencional, que está no interior do Brasil.

Argentina
Por falar no gás de Vaca Muerta, a Total Austral, braço da TotalEnergies que atua na área de exploração e produção de óleo e gás na Argentina, obteve autorização do governo local para exportar gás natural ao Brasil.

Aval
O governo argentino deu aval para que a petroleira francesa exporte até 1 milhão de m3/dia dos campos operados pela companhia no offshore da Terra do Fogo e até 1 milhão de m3/dia de gás não-convencional da formação onshore de Vaca Muerta.

Preço
O preço na fronteira com a Bolívia é de US$9,18 o milhão de BTUs (British Thermal Unit), segundo dados apresentados no pedido de autorização para exportação. 

Assinatura
A expectativa é que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, estará no dia 6 ou 7 de agosto, na Argentina, para assinar este convênio.

Gasmig
Como já noticiou o Jornal da Manhã, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) abriu um edital de chamada pública conjunta para fornecer gás natural para o Triângulo Mineiro. Segundo a Gasmig, a solução, além de aumentar a competitividade na região, promete beneficiar a transição energética no Estado.

Tubo Gasmig (Foto/Reprodução)

Tubo Gasmig (Foto/Reprodução)

Competitividade
Para o presidente da Gasmig, Gilberto Valle, levar o gás natural até o Triângulo Mineiro, significa impulsionar ainda mais a economia da região. “Estamos investindo no desenvolvimento da sociedade ao direcionar esforços para ampliar a rede de gasoduto”, afirma.

O que tem
O engenheiro Paulo Kazuo, que atua no Gás para Empregar, diz que a Gasmig recebe 4 milhões de metros cúbicos de gás pelo gasoduto que vem do Rio até Betim. É o volume máximo que se consegue transportar. Para ele, não tem como trazer 6 milhões de m3 para o Triângulo Mineiro.

O que precisa
Kazuo diz ainda que o polo gás-químico e de biocarburantes terá que trazer só para Uberaba 4,5 milhões de m3 e mais 1,5 milhão para o restante das indústrias já instaladas na região e para a população uberabense.

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