Gás natural terá demanda aumentada em 37,5% nos próximos dez anos, segundo estudo (Foto/Getty Imagens)
Interrupção
Nesta semana, o fornecimento de gás natural da Bolívia para a Argentina deverá ser interrompido devido ao término do contrato de fornecimento de gás entre os dois países.
Brasil
Como esse suprimento representa um volume médio diário de 5 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente, volume este que deverá ter o Brasil como destino final, uma vez que a Argentina não mais necessitará de importação do gás natural para atender à demanda daquele país.
Produção
A produção de gás natural no campo de Vaca Muerta, na Argentina, vem crescendo dia a dia e a infraestrutura de tratamento e de transporte já é suficiente para atender às suas necessidades internas.
Mais gás
Como o consumidor brasileiro poderá contar com mais esse volume de gás natural diariamente e a cada dia mais a oferta deverá crescer, certamente a Agência Nacional de Petróleo, Gás e de Biocombustíveis (ANP) deverá ser aparelhada para evitar a “fuga” ao cumprimento do decreto que foi estabelecido para o Programa Nacional “Gás para Empregar”, onde o Projeto Piloto de Uberaba está inserido e que deverá ser suprido com volume equivalente a esse “novo gás natural” que a Bolívia estará disponibilizando a partir do mês que vem.
Atende à necessidade
Então, somando os volumes a serem acrescidos de gás natural pela Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Itaboraí (RJ) e pela Bolívia, certamente terá as quantidades necessárias para se atender ao programa Gás para Empregar e ao Projeto Piloto de Uberaba.
Redução de custos
A partir deste momento, o “Gás para Empregar” deverá concentrar seu esforço nacional para reduzir os custos de escoamento, tratamento e transporte do gás natural, sem perder de vista a margem de custos da distribuição do gás natural que impacta significativamente no preço do gás natural.
Aprovado
Todo esforço empreendido pelos colaboradores, associações empresariais, entidades públicas e privadas, coordenadas pelo técnico Paulo Kazuo, foi coroado pela aprovação do Programa Gás para Empregar no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
Engajamento
Agora, resta à sociedade civil organizada, ao poder público e aos consumidores de gás natural atuarem na motivação para a agilização dos processos para a adequação da infraestrutura de produção, escoamento, tratamento, transporte e de distribuição do gás natural, do etano e do gás de botijão a preços que atendam às premissas do Programa Nacional “Gás para Empregar” para a concretização do Projeto Piloto de Uberaba.
Missão cumprida
Para Paulo Kazuo, a missão está concluída, com a certeza de que a sociedade está aparelhada para implantar e gerir a iniciativa. Ele parabenizou a todos que atuaram para o sucesso na criação e aprovação deste Programa Nacional.
Crescimento
A demanda projetada de gás natural para segmentos residencial, comercial e industrial aumentará 37,5% no horizonte dos próximos dez anos. A demanda de gás para geração termelétrica, por outro lado, acompanha a dinâmica de expansão da matriz elétrica, sobretudo os requisitos de energia e de potência.
Favorável
Outros fatores que puxam o crescimento da demanda de gás natural são o GNV e o “downstream”. É o que apresenta o caderno sobre gás natural do Plano Decenal de Expansão de Energia 2024 (PDE 2024), publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Tal panorama de oferta e demanda no horizonte de 2024 a 2034 resulta em um balanço favorável em todo o período.
