SEMANA DO GÁS

Governo adia lançamento do programa Gás para Empregar após reunião sobre tarifas dos EUA

Marconi Lima
Marconi Lima
Publicado em 02/08/2025 às 11:19
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Ao lado de Lula, Silveira inaugura a maior usina termelétrica a gás do Brasil, a UTE GNA II, no Porto do Açu (RJ), com geração de 1,7GW e financiamento de R$3,9 bilhões pelo BNDES (Foto/Tauan Alencar/MME)

Ao lado de Lula, Silveira inaugura a maior usina termelétrica a gás do Brasil, a UTE GNA II, no Porto do Açu (RJ), com geração de 1,7GW e financiamento de R$3,9 bilhões pelo BNDES (Foto/Tauan Alencar/MME)

Reunião
Na terça-feira (5), estava agendada a reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), com a presença do presidente Lula. O evento marcaria o lançamento do programa Gás para Empregar.

Tarifaço
A justificativa é que, em função dos reflexos da recente imposição de tarifas pelos Estados Unidos na indústria brasileira será realizada, na terça-feira (5), uma reunião em Brasília, razão pela qual o evento de Lançamento do Programa do Gás precisou ser remarcado, e a nova data será divulgada em outro momento.

Gasoduto
No plano de construção de gasodutos de transporte, a TBG (controlada pela Petrobras) já incluiu a rota Iacanga-Uberaba, 300 quilômetros para atender a uma demanda de uma fábrica de fertilizantes e indústrias químicas, com potencial de demanda de 6 milhões de metros cúbicos por dia.

Operação
De acordo com o documento, o projeto tem previsão de entrar em operação em 30 de dezembro de 2030, com capex estimado em R$5 bilhões. A EPE, por sua vez, estima esse mesmo traçado, ligando Iacanga (SP) a Uberaba (MG), em R$2,9 bilhões.

Inauguração
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, inauguraram, no Porto do Açu, no Rio de Janeiro, a UTE GNA II — a maior usina termelétrica a gás natural do Brasil. Com 1,7 gigawatts (GW) de capacidade instalada, a planta é capaz de abastecer oito milhões de residências, reforçando a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico nacional.

Investimentos
A construção da usina contou com R$7 bilhões em investimentos, sendo R$3,9 bilhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e está enquadrada no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Social
“A partir de agora, neste país, quem consumir até 80kWh de energia não pagará mais nada de energia elétrica. E quem consumir até 120kWh vai pagar pela diferença. Vamos garantir que 17 milhões de famílias mais pobres tenham o gás de graça para poderem cozinhar o seu feijão, o seu arroz. Elas vão comprar o que comer. E quando elas compram o que comem, quem vai ganhar é quem produz”, disse Lula, durante a cerimônia de inauguração.

Empregos
Na ocasião, o ministro Alexandre Silveira destacou que o empreendimento impulsiona o desenvolvimento regional e promove inclusão social. “Dez mil empregos diretos foram gerados só na construção dessa nova usina. Isso sem falar nos dois programas de qualificação profissional oferecidos: 750 trabalhadores já capacitados, e 25% das vagas do último programa foram destinadas para mulheres. Isso é equidade de gênero no setor elétrico”, afirmou.

Estratégia
O ministro ressaltou ainda o impacto estratégico da usina para o sistema elétrico nacional. “Teremos ainda mais musculatura ao Sistema Interligado Nacional. Energia firme, capaz de atender à demanda dos estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Espírito Santo. Isso representa 10% de toda a geração termelétrica a gás do país”, finalizou.

Carta
Durante o evento, Silveira e o diretor-presidente da GNA, Emmanuel Delfosse, assinaram uma Carta de Intenções da empresa para investir no desenvolvimento de projetos estruturantes nas áreas de energia e gás natural, com potencial de atrair até R$20 bilhões. 

Programa
A iniciativa é parte do Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural, criado pelo programa Gás para Empregar, e reforça a estratégia do governo federal para a transição energética. A medida contribui ainda para a consolidação do Porto do Açu como um dos principais hubs de gás e energia do país.

Tecnologia
A UTE GNA II opera com tecnologia de ciclo combinado — três turbinas a gás e uma a vapor —, o que proporciona eficiência energética recorde de 62%, a maior do mercado brasileiro. Além disso, a planta já está preparada para utilizar até 50% de hidrogênio em sua operação, o que a posiciona como referência para a transição energética justa e sustentável.

Integração
Integrada ao terminal de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL) do Porto do Açu, a usina se soma à UTE GNA I, já em operação, elevando a capacidade instalada do complexo para 3GW — o maior da América Latina no segmento de termelétricas a gás natural.

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