MME destaca papel do biometano como alternativa sustentável para o transporte público durante seminário em SP (Foto/Edson Lopes Jr./Secom SP)
Biometano
Ministério de Minas e Energia (MME) reforçou a importância do biometano para a transição energética durante o Seminário Mobilidade Sustentável, que debateu o papel do biocombustível na descarbonização do transporte urbano.
Soluções
O evento, promovido pela Prefeitura de São Paulo, reuniu especialistas, representantes do setor e autoridades para discutir soluções para a renovação da frota de ônibus da maior cidade do Brasil com combustíveis de baixo carbono.
Pilar
O biometano é um dos pilares da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que incentiva a ampliação do uso de biocombustíveis para descarbonizar a matriz de transportes, promovendo ganhos ambientais e econômicos. Representando o ministro Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia Substituto, Pietro Mendes, destacou o compromisso do governo federal com o desenvolvimento de combustíveis renováveis.
Alternativa
“Não existe alternativa melhor para substituir o diesel de forma renovável e com escala que não seja o biometano. E a cidade de São Paulo é decisiva nesse aspecto. Considerando que a distribuição do gás é monopólio dos estados, se tivermos uma regulação bem estruturada, poderemos ter um aumento significativo da utilização do biometano e zerar a importação de diesel no Brasil, além de garantir todos os benefícios ambientais”, afirmou Mendes.
Regulamentação
O ministro substituto destacou ainda a importância de iniciativas do MME para a regulamentação do biocombustível, como o Certificado de Garantia de Origem de Biometano (CGOB), que comprova a origem e a comercialização do gás renovável.
Redução
Produzido a partir de resíduos orgânicos, o biometano representa redução de 90% nas emissões de gases de efeito estufa em comparação com o diesel. Além disso, os ônibus movidos a biometano custam três vezes menos que os elétricos.
Alinhamento
A participação do MME no debate reforça o alinhamento das políticas nacionais com as ações de descarbonização a serem adotadas por estados e municípios para garantir a efetividade desses esforços. O evento abordou temas como segurança energética, infraestrutura e tecnologias para reduzir a poluição na cidade.
Reinjeção
A Petrobras reinjetou 14,2 milhões de toneladas de CO2 nos reservatórios do pré-sal da Bacia de Santos, no ano passado, superando o volume de 13 milhões de tCO2 reinjetado em 2023. Além de pioneiro em águas ultraprofundas, o programa é o maior em operação no mundo, considerando a quantidade de CO2 reinjetada anualmente.
Capacidade
De acordo com o último relatório da Global CCS Institute (GCCSI, 2024) a capacidade de injeção anual dos projetos de CCUS (captura, utilização e armazenamento de carbono, na sigla em inglês) em operação no mundo alcançou 51 milhões de tCO2 em 2024.
Tecnologia
Assim, a injeção nos reservatórios do pré-sal corresponde a mais de um quarto (28%) da capacidade global reportada para o ano de 2024. Tecnologias pioneiras contribuíram para volume acumulado de injeção de 67,9 milhões de toneladas de CO2 entre 2008 e 2024.