A diretora executiva de exploração e produção da Petrobras, Sylvia Anjos, em entrevista ao estúdio eixos, da Agência Eixos, disse que a empresa fará novos poços na grande reserva de gás descoberta na Colômbia (Foto//Tomaz Silva/Agência Brasil)
Cashback
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sergio Bandeira de Mello, falou à coluna Monitor Mercantil sobre proposta que prevê cashback para o botijão de GLP. A medida consta no projeto de Reforma Tributária que o governo Lula enviou ao Congresso.
Ampliação
O Projeto de Lei (PL) prevê ampliação do acesso ao Auxílio Gás para mais de 20 milhões de famílias até o final de 2025 – atualmente, cerca de 5,5 milhões têm o benefício. Segundo o Monitor Mercantil, o PL segue no Congresso e as verbas para o programa esbarram na falta de aprovação do Orçamento de 2025. Como alcançar a meta é outro ponto em discussão.
Sucesso
Sergio Bandeira de Mello defendeu o cashback para o botijão de GLP. Ele cita o sucesso do Programa Luz para Todos, que já beneficiou 17,2 milhões de pessoas em 3,6 milhões de domicílios, assegurando energia elétrica a 99,8% da população brasileira.
2026
Para o Monitor Mercantil, Bandeira de Mello destacou que o cashback (sistema de reembolso) para o botijão de GLP foi incluído na Reforma Tributária e, portanto, deverá ser praticado a partir de 2026. Seria uma boa razão para começar a implementar o sistema agora, até mesmo para fazer testes.
Sugestão
O presidente do Sindigás acredita que o cashback deveria ser realizado através do Drex (o real em formato digital, segundo o Banco Central). Com o pagamento direto na carteira digital do Drex, vinculado à emissão da nota fiscal ao consumidor, haveria agilidade e capacidade de rastrear os valores, reduzindo muito a possibilidade de fraudes.
Liberação
Outro assunto tratado com o Monitor Mercantil foi sobre a liberação de usos do GLP em caldeiras, saunas, piscinas e motores, atualmente proibidos por norma da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O assunto está de volta para análise regulatória na agência.
Novos poços
Em entrevista ao estúdio eixos durante a CERAWeek 2025, organizada pela S&P Global, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos, disse que a empresa fará novos poços na grande reserva de gás descoberta na Colômbia e já avalia a possibilidade de exportação via GNL.
Autossuficiência
Conforme Sylvia Anjos, a descoberta pode garantir a autossuficiência energética da Colômbia por pelo menos uma década e abre novas perspectivas para a expansão internacional da companhia. O projeto colombiano adota um sistema subsea to shore, dispensando plataformas de produção.
Alta produtividade
Segundo Anjos, os testes de formação mostraram alta produtividade, reforçando o potencial da reserva, estimada em 6 trilhões de pés cúbicos (TCF). “Esse gás seco, puro metano, está pronto para consumo e pode abastecer a Colômbia por pelo menos 10 anos”, disse.
Expansão
Ainda na entrevista, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras disse que, além da Colômbia, a empresa está expandindo sua atuação internacional, com novas perfurações previstas em São Tomé e Príncipe e na África do Sul.
Oportunidades
A empresa também avalia oportunidades na Namíbia, consolidando sua presença no continente africano. “Nossa prioridade é sempre o Brasil, mas não podemos restringir nossa expertise apenas ao país”, afirmou Anjos.
Golfo do México
A estatal não descarta nem o Golfo do México, mas considera que as áreas disponíveis atualmente não são tão atrativas. “Se houver uma boa oportunidade, a gente não fecha as portas”, disse.