SENTINELA

Abordagens usadas pela polícia são assunto em pauta

Busca pessoal ou abordagem policial ajudam a inibir o crime

Carlos Paiva
Publicado em 21/07/2015 às 09:22Atualizado em 16/12/2022 às 23:11
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 Divulgação

Veículo roubado, recuperado graças a abordagem de rotina do Tático Móvel da Polícia Militar

Abordagem

Recentemente tratamos aqui da importância das blitze e o perigo de usar as redes sociais, principalmente Whatsapp, como ferramenta de alerta para informações deste importante meio de combate ao crime. Hoje, por sugestão de um leitor, pretendo abordar um tema mais simples, porém de muita importância, justamente por se tratar de procedimento também de combate ao crime: a abordagem policial ou busca pessoal. É muito comum o cidadão esbravejar durante as abordagens: “sou trabalhador”, “não sou bandido”, mas se esquece de que a abordagem é também para a segurança dele e que polícia não tem bola de cristal e bandido não usa crachá.

Poder de polícia

E por outro lado, a legislação prevê a abordagem e busca pessoal, senão vejamos: Artigo 78 do Código Tributário Nacional regulamenta que: “Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos”.

Busca pessoal

E tem mais: o Artigo 244 do Código de Processo Penal é clar “A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca domiciliar”. O Artigo 249 do mesmo Código de Processo Penal esclarece que: a busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento ou prejuízo da diligência. Ou seja, em casos excepcionais a busca pessoal poderá ser realizada por homem.

Legalidade

Como se vê, não há de se falar em ilegalidade, muito pelo contrário. Sendo assim, se recusar a submeter-se a busca pessoal, resistindo, desacatando ou desobedecendo policial, o cidadão está incorrendo em crime e o que era para ser um procedimento de rotina, simples e rápido, vai parar na delegacia. É claro que o policial também pode responder pelos excessos. A abordagem policial ou busca pessoal são ferramentas importantíssimas, principalmente na prevenção de crimes. É durante as abordagens que acaba se apreendendo substâncias ilícitas, armas de fogo e objetos usados para prática de delitos, evitando crimes.

Importância

E semelhante ao que acontece nas blitze, se o crime já foi cometido, a abordagem também é de suma importância, pois de posse das características do autor, como, por exemplo, porte físico, roupas, cor de veículo e etc., os policiais iniciam o patrulhamento abordando as pessoas ou veículos que coincidem com as informações e, muitas vezes, acabam obtendo sucesso nas abordagens e prendendo em flagrante autor de crime. Espero ter colaborado e esclarecido.

Casa de Deus

A bandidagem resolveu atacar as igrejas. No conjunto Volta Grande o ladrão entrou na Paróquia Cristo Bom Pastor e furtou um crucifixo e dois castiçais de bronze. E na Paróquia Santa Bárbara, no bairro Valim de Melo, foram furtados cem metros de fios elétricos e um aparelho de som. Neste último caso existe até um suspeito. Agora é com a Polícia Civil.

Golpe da Saúde

Homens se passando por agentes de Saúde, usando um carro branco, bateram na casa da aposentada D.L.J., 83 anos, no Recreio dos Bandeirantes, e depois de aferir sua pressão a convenceram a entregar o cartão de receber aposentadoria, a senha e R$ 1 mil em dinheiro. Familiares devem orientar seus idosos para este tipo de abordagem/crime. Agentes de Saúde não precisam ter acesso a cartões bancários dos pacientes.

Alerta a comerciantes

A proprietária de um comércio de tijolos no Parque das Américas contratou da empresa Vivo alguns serviços há mais de um ano. E de lá para cá assinou contratos por duas vezes. Agora recebeu algumas contas de valores altíssimos (acima de R$ 2 mil cada) sendo que dos 27 chips que recebeu só usava quatro. Ela acredita que usaram de má-fé contra sua pessoa, portanto, cuidado e não assine nada sem antes ler e se for o caso consulte seu advogado. A prevenção ainda é o melhor remédio.

Assalto ou emprego

O aposentado A.C.S., 60 anos, ficou assustado quando atendeu a campainha da pizzaria onde trabalha, na avenida General Osório, e um homem perguntou se precisava de entregador. Ao dizer que no momento não estava contratando, o homem de posse de um revólver, possivelmente calibre 32, disparou um tiro para o alto e saiu. Ainda não se sabe se a intenção do autor era acertar o aposentado ou assaltar a empresa. O mais provável é o assalto, afinal ninguém procura emprego armado de revólver.

Unhas e dentes

Com unhas e dentes, foi assim que o gerente J.A.S., 26 anos, segurou sua motocicleta Yamaha Factor de cor preta ao ser derrubado por dois homens que utilizavam uma Honda Biz e tentaram roubar o seu veículo. O gerente caiu com a moto, foi agredido com socos e chutes, mas não largou sua motocicleta. Fato que não é recomendável, pois se os autores estivessem armados poderiam atirar e matar a vítima. Vizinhos escutaram o barulho e ao sair de suas casas os bandidos correram.

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