SENTINELA

Aposentada que esquartejou marido deixa a cadeia

Joseli foi diagnosticada com câncer de mama (Leia mais...)

Carlos Paiva
Publicado em 26/03/2015 às 10:08Atualizado em 17/12/2022 às 00:50
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Divulgação

A aposentada Odete Maria de Oliveira, acusada de matar, esquartejar, descarnar e ocultar partes do corpo do companheiro, deixa a cadeia para cumprir prisão domiciliar

Desabafo de esposa

A comerciante Joseli Elias Serafim, 40 anos, esposa do falecido Eurípedes Aparecido Valadão, também comerciante e assassinado em 27 de fevereiro deste ano, retirou o projétil que atingiu e quebrou sua clavícula. Ela conta à coluna que está tendo dificuldade financeira, uma vez que seus bens eram agregados aos do companheiro. Relata que viviam uma união estável e trabalhavam juntos há mais de 10 anos na loja, localizada na avenida Nossa Senhora do Desterro, e que agora está com seus bens impedidos e até cartões de crédito e débito bloqueados pela Justiça, a pedido de um filho de Valadão de outro relacionamento. A comerciante também conta que a filha de apenas quatro aninhos “está precisando de um psicólogo, pois presenciou a morte do pai e chegou a rezar em cima do corpo e pedir para o papai do céu não o deixar morrer”. Em um relato emocionado, a mulher diz que, na hora do crime, a garotinha, chorando, implorou: “Mamãe, tá matando o papai, faz alguma coisa”. E que não pôde fazer nada, pois entrou em estado de choque. Emocionada, a comerciante e dona de casa informa que o assassino portava duas armas, uma em cada mão, e que estava em cima de seu marido e que, desesperada, pegou a filhinha no colo e saiu correndo, momento em que foi alvejada pelas costas. No final, a mulher, que viu o companheiro de 10 anos ser executado sem o mínimo de dó e piedade, conclui: “Estou sem chão, sem direção”. O delegado PC Ciro Outeiro, presidente do inquérito policial, disse à coluna que as investigações estão avançadas, mas não pode dar detalhes, pois teme que possa prejudicar o bom andamento das investigações.

Investigação

Deverá ser apurado pela Polícia Civil como um pedaço de cateter ficou “alojado no átrio direito” do coração (cavidade) de um bebê de 26 dias. A criança estava internada em um hospital da cidade quando tal fato ocorreu. O pai do bebê procurou a polícia e deve recorrer à Justiça, afinal, com vidas não se admite erro, principalmente quando é a vida de um indefeso bebezinho. O recém-nascido saiu de um hospital para ocupar leito na UTI infantil do HC da UFTM, isso depois de passar por cirurgia.

Soldados do tráfico

A advogada A.L.B., 51 anos, não teve outra opção a não ser acionar a Polícia Militar para prender dois “soldados do tráfico de drogas” da Vila Planalto, os quais estavam na porta de sua casa, ameaçando e exigindo documento de um carro. O veículo em questão, um Audi, foi penhorado e estava na casa de um traficante conhecido como “Douglas”. O traficante não foi localizado, mas os seus dois “soldados”, que faziam a cobrança, foram presos por ameaça. Já o filho da advogada, de 30 anos, foi internado para tratamento, mais uma vez, por dependência química.

Vovó açougueira

A aposentada Odete Maria de Oliveira, 69 anos, acusada de matar, esquartejar, descarnar e ocultar o corpo do companheiro, o servidor-geral Milton Honório, 51, conhecido como “Cabaça”, em 11 de setembro de 2014, em Conceição das Alagoas, deixou o presídio e vai cumprir prisão domiciliar. A justificativa para o benefício é um câncer de mama. Ela alegou que matou o companheiro por estar cansada de ser agredida, mas precisava esquartejar e descarnar? A mulher é sangue ruim. Ela conta como cometeu o crime com muita simplicidade, como se tivesse matado uma galinha no quintal. A vovó é do mal.

Tempo é vida

Guardas municipais e policiais militares reivindicam melhor atenção por parte do Conselho Tutelar quando da apreensão de menores. Há casos em que a espera chegou a ser de mais de três horas. Na apreensão de menores em uma escola municipal por ameaças, os guardas municipais ficaram das 12h às 18h na Polícia Civil aguardando para ser atendidos. Sem representante, os menores não são aceitos pela autoridade policial. É a lei. E em tempos de guerra civil não declarada, não podemos nos dar ao luxo de deixar equipes inteiras da GM e PM paradas. O crime não espera, não tem hora e nem lugar para acontecer. Precisamos dos agentes da Segurança Pública nas ruas. Na Segurança, tempo é vida.

Servidor público

A cabeleireira A.M.S.S., 43 anos, se sentindo indignada, registrou queixa na polícia devido à falta de cuidados do motorista de uma ambulância de Uberaba com seu sogro, de 80 anos. Na manhã de ontem, o idoso foi retirado da UPA São Benedito e, ao ser colocado com “brutalidade” dentro do veículo, chegou a bater o braço na porta. A cabeleireira também destaca a alta velocidade e o não-uso de cinto de segurança por parte do condutor da ambulância. Ao reclamar, a cabeleireira ouviu: “Sou apenas o motorista”. Ele só se esqueceu de dizer que é motorista pago com dinheiro do contribuinte. Pago com dinheiro do aposentado que estava transportando.

Morre um bom combatente

Termino a coluna de hoje com muito pesar, pois morreu ontem, depois de 45 dias internado, o velho amigo e advogado José Ribeiro dos Santos, 75 anos. Muito querido, sempre espalhafatoso, “Zé Ribeiro” dedicava parte de seu tempo à Doutrina Espírita e em ajudar os mais necessitados. Ele deixou o filho, o também advogado Marco Aurélio Nunes dos Santos, a filha Ana Laura Nunes dos Santos e a esposa Leda de Freitas Nunes Ribeiro. O corpo está sendo velado na sede da OAB, na rua Lauro Borges, e deverá ser sepultado ainda hoje. O bom combatente vai deixar saudades.

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