Carlos Paiva
O assassino confesso André Inácio de Albuquerque (dentro do carro) pode ter assassinado a universitária Jaquelaine Arruda por ter sido rejeitado.
Balcão das horas extras
Alguns dos 85 guardas municipais em Uberaba envolvidos no esquema das horas extras ou dos abonos (pacote fechado com 60 ou 80 horas extras) estão se fazendo de bobos e alegando que os benefícios eram legais. Ninguém falou de ilegalidade. O problema são as horas extras pagas pela Prefeitura de Uberaba e que não foram trabalhadas. Foi implantada na Guarda Municipal uma espécie de balcão de negócios, onde a principal moeda de troca eram as horas extras. Para se ter uma ideia, alguns GMs pediram empréstimos (antecipação) de horas extras para serem trabalhadas no futuro. Chefes e diretores sabiam e sem qualquer cerimônia “emprestavam” as horas extras e, consequentemente, o dinheiro público.
Negociatas
Conforme um GM ouvido pela coluna, os adiantamentos ou empréstimos de horas extras eram quitados com mais horas extras não trabalhadas. O esquema já havia incorporado à rotina da Guarda Municipal. As negociatas com dinheiro público eram feitas às claras. Aliás, um ex-diretor vai ser investigado por suspeita de ter pegado dinheiro emprestado com um guarda municipal (agiotagem) e pagou com horas extras e abonos. Não precisa nem dizer que o agiota (guarda municipal) nunca apareceu para fazer as horas extras. Alguns GMs emprestaram seus nomes e falsificaram a folha de ponto para também receberem horas extras indevidas e depois repassar o dinheiro recebido ao colega e em troca recebiam um percentual.
Delação premiada
Um guarda municipal procurou a coluna para dizer que constituiu advogado e vai se apresentar ao Ministério Público e contar detalhes do esquema que fez um rombo nos cofres públicos. Para tanto, vai pedir os benefícios da deleção premiada. Esse mesmo guarda municipal garante que tem como provar que guardas municipais que ocupavam cargos de confiança na Guarda Municipal agraciaram subordinados com horas extras e abonos mesmo quando estavam de férias, mas exigiam o retorno de parte do dinheiro. E para quem apostou que tudo terminaria em uma grande, bela e suculenta pizza à moda, vai ter que adiar a comemoração. O Ministério Público já instaurou procedimento investigativo. Agora é esperar pra ver.
Profissão de risco
Uma estudante de 11 anos, acreditando que teria sido prejudicada por uma professora de uma escola particular no bairro São Benedito, ao receber nota de um trabalho escolar, colocou erva na garrafa de água da educadora. Depois de beber e sentir o gosto ruim, a professora foi avisada por outros alunos da substância esverdeada colocada na água pela criança.
Grito de socorro
A substância colocada na garrafa de água da professora era erva usada pela avó da menina para tratamento de diabetes. Essa história que acabou em suspensão de três dias esconde um sonoro pedido de socorro. A menina está com problemas e precisa imediatamente de ajuda de profissional especializado. Ficou evidente a intenção da garota que tem apenas 11 anos.
Rejeitado
Particularmente não acredito que o assassino André Inácio de Albuquerque tenha matado a Jaquelaine Arruda Mamede por vingança e ódio. Não acredito que tenha quitado sua dívida com a moça. Sem a dívida Jaquelaine não precisaria cobrá-lo ou ameaçá-lo. Acredito que se trata de uma paixão não correspondida. Acredito que sua paixão tenha sido rejeitada.
Buraco causa acidente
O pedreiro C.B.S., 35 anos, foi parar dentro de um buraco ao trafegar com sua motocicleta na avenida Mei Mei, no Parque São José. Segundo ele, havia uma manilha no meio da rua e não conseguiu desviar, chegando a cair dentro de um buraco aberto pela Prefeitura de Uberaba para realização de obras. Além da moto danificada, o
Hipócritas
Algumas pessoas ainda se sentem incomodadas com o fato de a imprensa noticiar que a estudante de jornalismo Jaquelaine Arruda ganhava a vida como garota de programa. Trata-se de uma verdade, e o bom jornalismo não esconde fatos, mostra. Que a morte da estudante sirva para alertar outros profissionais do sexo para os perigos da profissão. São presas vulneráveis.
Dois pesos e uma...
A estudante de jornalismo Jaquelaine Arruda Mamede não foi assassinada em um banco da universidade participando de uma aula do curso de jornalismo. Ela foi morta atendendo um cliente em busca de sexo. O pior de tudo é saber que se fosse uma garota de programa da avenida Deputado José Marcus Cherém tudo bem. Muitas foram mortas e não vi polêmica sobre o fato.
Assalto nas alturas
O reparador de redes de TV e Internet a cabo R.G.A., 20 anos, foi assaltado durante a madrugada enquanto estava em cima de uma escada na avenida Coronel Joaquim de Oliveira Prata. Segundo ele, por volta das 3h, um motociclista passou e gritou que era um assalto e mandou que jogasse o celular. Dito e feito. Isso é que chamo de assalto nas alturas.
Hora marcada
Todos os dias, no mesmo horário, um homem usando bicicleta vermelha ficava de frente a um prédio na rua Floriano Peixoto observando as janelas de moradores e se masturbando. Uma estudante de 19 anos o denunciou e dois policiais, um da PC e outro da PM, flagraram o tarado na madrugada de sexta-feira. O desocupado C.B.N., 39 anos, foi pontual e acabou preso.