Bandido cara de pau
Um dos três homens que foram presos na noite de domingo (19) por uma equipe do Tático Móvel da Polícia Militar é velho conhecido do leitor desta coluna, apesar da pouca idade. Trata-se de Bryan Washington da Silva Vieira, 20 anos, vulgo “Queixada”. Talvez só pelo nome e apelido você não se lembre, mas basta acessar o site do Jornal da Manhã/coluna Sentinela de 22/12/2013 e vai ver que ele é o bandido que, mesmo de dentro da penitenciária, em uma demonstração de deboche com a legislação, com as autoridades e principalmente com as pessoas de bem que pagam impostos, postava fotos e atualizava seu Facebook diariamente. Ele também foi notícia nesta coluna (neste caso, sem citar seu nome) no dia 29 passado por ser um dos beneficiados do semiaberto e não estar trabalhando como deveria e, ainda, postar fotos em diferentes pontos da cidade usando roupas de grife, óculos de sol e tirando onda postando “#sonabrisa”, uma alusão de estar fazendo uso de maconha. E pior: este ladrão estava em liberdade e só nos últimos 15 dias fez no mínimo mais 10 vítimas/roubos. Isso porque os militares do Tático Móvel mostraram imagens de circuito interno de segurança dos roubos em empresas onde ele aparece empunhando arma de fogo e anunciando o assalto. Desta forma, não teve como negar. Mas a polícia suspeita que existam pelo menos mais umas 10 vítimas entre comércios e transeuntes. Assim fica fácil entender as fotos postadas em seu perfil no Facebook, onde aparece com roupas caras, frequentando festas badaladas, fazendo compras em shopping, pagando bebidas para os amigos e sempre com celular de última geração e um tablet da Apple. Na noite de domingo, foi preso com alguns objetos provenientes de roubos e acabou sendo novamente levado a uma das celas da penitenciária. Outro fato que também chama a atenção, mas também não é novidade para o leitor desta coluna, são os funcionários de empresas que passavam informações para “Queixada” e seu bando. O que reforça mais uma vez os cuidados que o empregador deve ter ao contratar um funcionário. O inimigo pode estar dentro de casa. Com a publicação da foto de Bryan Washington da Silva Vieira, a polícia espera que outras vítimas apareçam e, assim, possam aumentar o número de inquéritos para que fique um bom tempo na cadeia, claro, sem celular e sem internet.
A Justiça é cega, mas...
Está cada vez mais difícil falar de segurança, ou melhor, insegurança pública. Você vai a uma choperia, olha para os lados e o bandido que foi notícia no dia anterior está sentado pertinho de você e fazendo festa. Uma evidente provocação. Refiro-me ao acusado de ser dono de bocas de venda de cocaína “escama de peixe” ou “droga da euforia” (com alto poder viciante e muitas vezes fatal) no bairro Abadia. Ele ganhou liberdade no dia 18 passado. Se de dentro da cadeia já comandava o tráfico no bairro Abadia, imagine solto! Definitivamente, as polícias estão enxugando gelo.
Justificável
Populares não entenderam o cerco da Polícia Militar na avenida Abel Reis e adjacências na noite de quinta-feira (16). Várias viaturas foram vistas no local cercando uma extensa área entre mata e casas. Dois suspeitos de assaltar uma padaria, armados com espingarda calibre 12, foram perseguidos por militares e, depois de caírem de uma motocicleta Yamaha XT 660cc, de cor branca, se embrenharam no mato.
Poder de fogo
O cerco na avenida Abel Reis foi necessário para preservar o local até a chegada dos cães farejadores. Infelizmente, conseguiram fugir, mas um deles terá que buscar a motocicleta apreendida. E, segundo consta, o dono da moto não é flor que se cheire. Por outro lado, a Polícia Militar mostrou força e reagiu à altura. Bandidos têm ciência de que também podem morrer, pois já estão cansados de saber que podem matar.
Na calada
A loja do comerciante Eurípedes Aparecido Valadão, 51 anos, assassinado no dia 27 de fevereiro deste ano, está em funcionamento. Segundo a viúva J.E.S., 40, que também foi atingida com um tiro no braço, durante o período em que esteve hospitalizada para cirurgia de retirada do projétil, dois filhos do falecido aproveitaram e trocaram as fechaduras das portas da loja/residência e desde então vêm tocando o negócio. O inventário está na Justiça e a briga é entre a viúva, que tem uma filha de quatro anos, e os outros filhos de Valadão, de relacionamentos anteriores.
Notas falsas
Comerciantes devem ficar atentos a falsificações de notas de R$50 e R$100. A qualidade das falsificações tem enganado comerciantes experientes. No domingo à noite, um adolescente foi ao cinema no Shopping Uberaba e pagou com nota de R$100. Segundo ele, a nota de R$50 que recebeu de troco era falsa. Tal fato só foi detectado quando foi repassá-la. Os comércios devem se armar de todos os mecanismos para identificação de notas, pois a olho nu e no tato está cada dia mais difícil. Só para lembrar: repassar nota falsa é crime e a pena é de três a 12 anos de cadeia.
Deus escreve certo...
Traficante de drogas pode ter conseguido liberdade por estar com Aids, pelo menos foi o que deixou a entender advogado criminalista. Ele teria contraído a doença (nome preservado a pedido do advogado) na ocasião de uma de suas primeiras prisões, pois obrigava colegas de cela (os mais fracos) a manter relacionamento sexual sem preservativo. O advogado pretende pedir a extinção do processo, alegando que seu cliente, que não parece doente, precisa se manter em hospital e assistido pela família. Então, tá! Só nos resta acreditar na Justiça Divina, pois na dos homens está cada vez mais difícil.