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Bang-bang

Mais de 30 tiros foram disparados por Policiais Militares em perseguição a bandidos

Carlos Paiva
Publicado em 12/11/2015 às 09:17Atualizado em 16/12/2022 às 21:21
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Procedimento de rotina

De imediato, ficou difícil afirmar qual dos policiais militares do Tático Móvel foi o autor do disparo que causou a morte do acusado de furto das baterias da Algar Telecom, Admilson Justino de Oliveira, 41 anos, com inúmeras passagens pela polícia paulista. Segundo uma fonte na PM, um sargento efetuou 23 disparos, um soldado disparou dois tiros e outro soldado efetuou outros seis disparos, todos de pistola ponto40. Conforme determina o Código Penal Militar, os três policiais militares tiveram as armas recolhidas para perícia técnica da Polícia Civil e, infelizmente, receberam voz de prisão em flagrante por homicídio e estão à disposição do comandante do 4º BPM. Procedimento normal em se tratando de uma instituição militar, mesmo os policiais tendo agido de forma legítima e no cumprimento do dever legal, pois os marginais descumpriram uma ordem de parada e tentaram contra a vida dos policiais militares do Tático Móvel efetuando vários disparos de arma fogo. Este ano, três marginais morreram durante troca de tiros com a Polícia Militar.

Intimidando

Para parentes de bandidos mortos durante ação criminosa ou em virtudes de crimes (34 até ontem) é mais importante crucificar o jornalista que simplesmente deu a notícia, pautada em verdades e documentos, do que achar os culpados dos assassinatos. Preocupam-se e tentam intimidar e “limpar” a lista de crimes deixada por aqueles que morreram e se esquecem de pedir elucidação dos casos. Muitos falam em vingança e não clamam por Justiça, o que também não deixa de ser crime. Alguns familiares sabem quem e por que seus parentes foram mortos, mas não falam para a polícia.

O outro lado

Para familiares de marginais mortos, a imprensa deve respeitar a dor da família. A mesma dor que não foi respeitada por bandidos mortos durante seus cruéis e covardes crimes. Bandido comigo não tem espaço, nem depois de morto. E se você acha que estou errado, converse com as vítimas. Converse com as mães, pais, filhos e esposas daqueles que tiveram suas casas ou comércio invadidos, que tiveram armas de fogo apontadas para suas cabeças ou que perderam seus entes queridos para o tráfico de drogas ou que foram mortos por bandidos sem a menor justificativa.

Apropriação indébita

O proprietário do Fiat Palio Weekend, cor cinza, placas DBF-8988/Uberaba, R.B.S., 52 anos, ficou surpreso ao chegar a oficina na rua Gabriel Junqueira, bairro Boa Vista, na última segunda-feira (9), para buscar seu veículo. Inicialmente, a surpresa foi encontrar a oficina fechada e, em seguida, ser informado de que o mecânico J.C.F., 56, se envolveu em um acidente no domingo (8), quando dirigia seu carro (Fiat Palio Weekend, cor cinza, placas DBF-8988) pela BR-262 e que teve como vítima fatal o funileiro Hermínio Rosa Júnior, 52. O veículo foi deixado no dia 6, para trocar a junta do cabeçote do motor e uma bobina. Ainda segundo o proprietário do Fiat Palio Weekend, ele não autorizou a saída do mecânico em seu veículo e que devido ao acidente seu carro teve perda total.

Tráfico na cadeia

Alguns traficantes recolhidos na penitenciária de Uberaba estão faturando muito mais do que se estivessem do lado de fora. Mesmo à distância, as grades não atrapalham as negociações, pelo contrário, estão colaborando com o repugnante comércio de compra, venda e distribuição de drogas, em Uberaba e cidades da região. Eles negociam através de smartphones e tudo isso no conforto de uma cela e com a segurança de que não serão presos (pois já estão), não vão perder dinheiro e patrimônio e muito menos as drogas.

Feira de negócios

Tem conhecido narcotraficante do bairro Abadia comprando pasta base de cocaína, através de intermediários na Bolívia, e distribuindo na região de Uberaba. Até mesmo dentro da penitenciária tem feito negócios com outros traficantes e incentivando assaltantes a também comercializar drogas para ele com o discurso de lucro fácil. O que deveria ser uma punição por traficar drogas, acaba sendo uma espécie de feira onde se conhece novos fornecedores, distribuidores e compradores. E isso está escancarado.

Burocracia burra

É inadmissível que o setor de marcação de consultas e exames da Prefeitura de Uberaba, em alguns casos, somente aceite pedidos de exames (principalmente proctologista/oncologista) feitos por médicos especialistas no tratamento da doença. É o que chamo de burocracia burra, afinal todo especialista antes é um clínico geral. Essa burocracia só faz com que o paciente espere por meses pelo atendimento do tão sonhado e esperado médico especialista e só então recebe o pedido de exame já feito por outros médicos. E depois do exame pronto e contando com a felicidade do resultado rápido, o paciente entra novamente em uma fila de espera que pode levar outros vários meses para ser chamado e assim mostrar o resultado do exame. Isso claro, se o paciente teve a paciência de esperar com vida, pois muitos morrem tentando descobrir seu problema de saúde. O exame poderia muito bem ser feito a pedido de um clínico geral, afinal também é medico e só depois do resultado positivo ou duvidoso ser apresentado ao especialista. Em alguns casos não dá para esperar um médico especialista e que atenda pelo SUS. Enquanto isso o paciente fica na fila da morte.

Abuso sexual

O motorista Ulisses Rodrigues, 48 anos, encontrado morto dentro de seu carro na segunda-feira (9) no pátio do posto de combustível Graal, tinha saído de casa no dia 7, depois que sua companheira, com a qual viveu por 13 anos, ficou sabendo que sua filha de 15, enteada de Ulisses, era abusada sexualmente por ele, chegando inclusive a estuprá-la no dia 29 de outubro passado, tudo conforme consta em documento encaminhado à Polícia Civil. O motorista, segundo a viúva, não negou e nem confirmou a versão dos abusos sexuais e estupro, apenas se calou e saiu de casa, sendo encontrado morto na segunda-feira (9). A Polícia Civil instaurou inquérito policial.

TV recheada 2

A dona de casa C.S.F.C., 24 anos, deixou um aparelho de televisão para ser entregue ao marido, o detento Wagner Costa, da cela 52 do pavilhão 1, na penitenciária de Uberaba. O que ela não contava é que os agentes penitenciários já estão espertos com esse tipo de tramoia. Afinal, na semana passada teve caso semelhante. Depois de passar pela revista, foi retirada uma massa plástica envolta ao aparelho, onde foram localizados sete celulares. A mulher, que já ficou presa por 10 dias naquela unidade, pelo crime (tráfico de drogas), não quis esperar a revista, mas vai ser intimada pela Polícia Civil e vai responder a mais um inquérito policial.

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