Brincadeira deixa de ser inocente
No último Natal, comprei dois bebês reborn para minha filha, hoje com 4 anos. Acreditei estar diante de brinquedos comuns, destinados a alimentar a fantasia infantil. No entanto, percebo agora que o fenômeno ultrapassou os limites da ludicidade. O que era para ser um brinquedo virou um fenômeno com impactos na saúde mental, no bom senso coletivo e até na segurança pública. Estamos roubando a inocência das crianças, infantilizando adultos e banalizando a vida real.
Projeto de lei...
A Câmara dos Deputados registrou na quinta-feira (15) três projetos de lei voltados ao universo das bonecas reborn — réplicas hiper-realistas de bebês que se tornaram febre entre adultos e viraram negócio lucrativo.
Proibição
Uma das propostas, do deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP), busca proibir que unidades de saúde públicas ou privadas participem de simulações com bonecas, prática comum em lojas especializadas que imitam maternidades. A lei prevê punições administrativas a funcionários e instituições, com multas que podem chegar a R$50 mil.
Vínculo afetivo excessivo
Outro projeto propõe criar critérios para o acolhimento psicossocial de pessoas que desenvolvem laços emocionais intensos com bonecas reborn ou objetos de representação humana. O objetivo é oferecer suporte sem estimular a substituição da convivência humana por vínculos fictícios.
O bilhete prioritário
O deputado Zacharias Calil (União-GO) protocolou um projeto de lei que aplica multas de até R$30 mil para quem tentar usar bonecas reborn com a finalidade de obter privilégios em filas, atendimentos hospitalares, descontos ou assentos preferenciais. A sanção será aplicada mesmo que a tentativa não tenha êxito — e pode dobrar em caso de reincidência.
Creche para reborns
Inaugurada neste ano, a “Hollow Head Daycare” é a primeira creche do Brasil dedicada exclusivamente a bonecas reborn. Com vagas esgotadas e fila de espera permanente, o local oferece alimentação, troca de fraldas e salas especiais para bonecas que “mamam” e “fazem xixi”. Como os bebês não crescem, não há rotatividade. Uma segunda unidade já está prevista.
Na Justiça...
Em um caso que ilustra os exageros da reborn mania, um casal está na Justiça pela guarda de uma boneca. A disputa envolve não só o vínculo emocional, mas também o custo do enxoval e os rendimentos obtidos com o perfil da “criança” nas redes sociais. A advogada do caso destaca que seu cliente se recusa a abrir mão da boneca, por apego, afirmando que “uma nova não resolveria”.
O dia da cegonha reborn
No Rio de Janeiro, vereadores aprovaram o “Dia da Cegonha Reborn”, uma homenagem às artesãs que confeccionam as bonecas. A data entra para o calendário oficial da cidade — mais um reflexo do espaço que a prática vem conquistando na vida adulta.
Entre arte e alienação
O crescimento desse universo expõe um fenômeno social mais profundo. O apego extremo a objetos inanimados, os simulacros de maternidade e os conflitos judiciais envolvendo bonecas revelam uma sociedade que mistura fantasia e realidade até limites preocupantes. O Congresso agora tenta agir para que a arte não vire alienação — e a brincadeira não se torne distorção.
Uso indevido de identidade
Um jovem de 22 anos se surpreendeu ao descobrir que seu nome foi utilizado de forma indevida pelo próprio irmão em ao menos três ocorrências policiais relacionadas ao tráfico de drogas. A situação veio à tona durante o processo de contratação por uma empresa terceirizada que presta serviços à Cemig. Ao emitir a certidão de antecedentes criminais, o jovem encontrou registros que ele desconhecia completamente.
Folha de ponto
Em uma das ocorrências, registrada no dia 27 de dezembro de 2023, o jovem alega ter provas de que não poderia ter participado do crime. Segundo ele, estava trabalhando no momento da prisão atribuída a seu nome e possui folha de ponto que confirma sua presença no serviço. O caso foi encaminhado à Polícia Civil para apuração e eventual retificação dos registros criminais.
Padrões de energia
Um representante da empresa Uberaba S.A., responsável pela iluminação pública, registrou na tarde de ontem o furto de padrões de energia elétrica e fiação em três residências de Uberaba. Os casos ocorreram entre março e maio deste ano.
Endereços afetados
Os imóveis afetados estão localizados na rua Maria Ferreira Teles, no Parque São José, com dois furtos, registrados em 25 de março e 14 de abril; na rua Professora Edite França, no Parque São Geraldo, em 23 de abril, e na avenida Mei Mei, novamente no Parque São José, no dia 13 de maio. A empresa acompanha o andamento das ocorrências junto às autoridades.
Armário de clube
Pistola calibre 380 foi encontrada em armário feminino de um clube em Uberaba, onde não há controle de identificação. A arma foi entregue à Polícia Militar e encaminhada à Polícia Civil, que investiga o caso. Suspeita-se que o dono seja um homem de Arapiraca (AL) que teria acessado o local como visitante.
Sequência de acidentes
A noite de sexta-feira (16) em Uberaba foi marcada por uma sequência de acidentes graves, corroborando mais uma vez a fragilidade da segurança no trânsito da cidade. Entre as ocorrências, houve o atropelamento de um idoso no Conjunto Margarida Rosa de Azevedo (Volta Grande), além de múltiplas colisões entre veículos.
Feridos e um morto
O cenário mais preocupante, no entanto, foi o elevado número de acidentes envolvendo motociclistas. Em pelo menos um dos casos o piloto morreu no local. Outros motociclistas foram socorridos em estado gravíssimo e encaminhados ao pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM.