SENTINELA

Comando fonado

Para combater o crime é preciso acabar com o uso de smartphones na cadeia

Carlos Paiva
Carlos Paiva
carlospaiva@globo.com
Publicado em 21/11/2015 às 18:45Atualizado em 16/12/2022 às 21:12
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O sistema prisional e o crime

Não dá para falar em combater o crime sem antes acabar de uma vez por todas com o uso de smartphones na penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, onde um simples aparelho é vendido por até R$ 2,5 mil. Marginais estão comandando assassinatos, assaltos, furtos, extorsões (através de golpes, como, por exemplo, falso sequestro, pedido de pagamento de fiança e sequestro de veículos), compra (até no exterior), venda e distribuição de drogas de dentro das confortáveis e vigiadas celas da penitenciária de Uberaba. É de lá e por smartphones que também saem ordens de execução, como possivelmente aconteceu com a agente penitenciária Vivian Cristina Medeiros, assassinada com 11 tiros em 31 de julho passado. Também é de dentro da penitenciária que saem ordens para ataques a policiais e agentes penitenciários. A história mostra que só as revistas, por mais que sejam rigorosas, não bastam e não funcionam. E isso não é um problema de polícia e sim de política. Falta interesse político. Bandidos com um simples aparelho “jammer”, também conhecido como “capeta” ou “capetinha”, bloqueiam sinais de celular, GPS e wifi em uma área de até 20 metros quadrados. Os marginais usam a engenhoca, adquirida facilmente pela internet por menos de R$ 300, no roubo de caminhões, carga e veículos de luxo. Então por que não instalar uma série destes aparelhos ao redor da penitenciária? É claro que pode interferir na comunicação de pessoas que moram na região, mas isso pode ser facilmente resolvido com telefones fixos. Como já acontece em vários locais da cidade, precisamos fazer a região da penitenciária uma área onde aparelhos celulares, smartphone, internet wifi não funcionem. É uma questão de Segurança Pública, onde o interesse principal é da coletividade, que sempre deve sobrepor aos interesses individuais. O que falta não é ação policial, e sim ação política.

Assassinato

A Polícia Civil vai investigar o assassinato do usuário de drogas William Castro Paiva, 35 anos. Ele foi agredido com golpes de madeira no último dia 11, na rua Iguatama, bairro Abadia, por um homem. Segundo o próprio William, nos seus últimos momentos de vida disse que as agressões partiram de um homem conhecido como "Neguim".

Traficante

O usuário de drogas teria ido ao local para comprar crack e começou a ser agredido pelo traficante "Neguim" até ficar desacordado e socorrido pelos militares do Corpo de Bombeiros que inicialmente o levaram para a UPA do Mirante. Devido a gravidade dos ferimentos foi transferido para o HC da UFTM, onde no último dia 16, faleceu.

Falha ou golpe?

A auxiliar de contabilidade C.S.F., 31 anos, está com dificuldade de provar que não vendeu seu veículo. Ela conta que viajou do dia 31 de outubro a dia 2 de novembro, e quando retornou a sua casa constatou o furto de vários objetos e documentos de um Fiat Palio. Ao solicitar 2ª via do documento do carro junto ao Detran, descobriu que o carro já tinha sido vendido.

Firma reconhecida

No cartório, onde sua assinatura foi reconhecida como verdadeira, a auxiliar foi informada que o documento foi apresentado por um despachante, o qual disse que simplesmente pegou o documento que estava em sua mesa e deu entrada no Detran e não conhece a pessoa que consta como comprador.

Investigação

No Detran também informaram que a documentação da venda deu entrada dia 26/10, data anterior do furto, e que o funcionário não teve acesso ao documento original, pois o procedimento pode ser concluído com cópia autenticada. Agora a vítima vai gastar tempo e dinheiro para regularizar a situação e a PC deve investigar e descobrir o que realmente aconteceu.

Constrangimento

Três clientes do Walmart se sentiram constrangidos depois que foram forçados a acionar a presença da polícia devido a um “mal-entendido” com ofertas anunciadas pelo sistema de som interno do hipermercado. As vítimas compraram várias peças de picanha acreditando terem ouvido um preço, porém no caixa o valor era outro.

Pegadinha da picanha

Os consumidores disseram que se sentiram constrangidos, pois os funcionários ficaram rindo. O gerente esclareceu o equívoco nos preços da picanha, mas risadinhas podem custar caro. Quem presenciou a cena e não havia caído na “pegadinha da picanha”, garante que foi constrangedor assistir os funcionários do Walmart rindo dos clientes.

CM de Veríssimo

O vereador da Câmara Municipal de Veríssimo (MG) registrou queixa na polícia dando conta que lhe foi negado cópia da ata de reunião da comissão processante ocorrida no último dia 12. Segundo o vereador, requereu o documento, porém foi negado e ainda ouviu: "Não entra nisso".

Prefeito cassado

Ainda conforme o edil da cidade de Veríssimo, sentiu seu direito de parlamentar cerceado não só pela negativa do documento, mas também por não ter sido avisado do início dos trabalhos da comissão, da qual também faz parte. Neste dia, o prefeito daquela cidade foi cassado.

Sem perdão

Os assaltantes não estão perdoando nada e ninguém. Esta semana assaltaram uma deficiente visual e funcionários do cemitério Medalha Milagrosa. Da primeira levaram, entre outras coisas, a bengala e celulares próprios para a deficiência da vítima. Já dos funcionários levaram a caixinha com moedas, cerca de R$ 250.

Sem maca

A precariedade no sistema de saúde pública fez com que uma enfermeira registrasse queixa na polícia devido à maca em que trabalhava ter ficado retida no pronto-socorro do HC da UFTM. Ela conta que trabalha em uma unidade de resgate da concessionária Triunfo Conceba e que auxiliou na condução de uma vítima de acidente na BR-262, no último dia 16, às 6h45, até o pronto-socorro e ficou até as 9h esperando pela devolução da maca.

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