SENTINELA

Decepção com a 2ª edição do “Minas Tchê”

As surpresas começaram logo na entrada, com a cobrança de R$ 3 pelo ingresso (Leia mais...)

Carlos Paiva
Publicado em 16/06/2014 às 09:54Atualizado em 19/12/2022 às 07:17
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divulgação

Objetos que foram tomados de assalto na rua São Paulo, no Santa Maria, e recuperados pela Polícia Militar, no Parque das Primaveras

 Decepção

No sábado fui à 2ª edição do “Minas Tchê” e as surpresas começaram logo na entrada, com a cobrança de R$ 3 pelo ingresso. Mas até aí tudo bem, afinal estava certo que conheceria um pouco mais da bela cultura gaúcha. Que decepção. O que presenciei foi uma feira onde tudo é vendido e caro. Comerciantes que vieram para Uberaba vender churrasco, chocolate, roupas (de couro e malhas para frio), sapatos, bijuterias e artesanatos comuns e móveis, enfim, nada que não exista no comércio de Uberaba.

 Feira de malhas

Na verdade, a “Minas Tchê” é uma espécie da polêmica “Feira de Malhas” que todos os anos passa por Uberaba, justamente no período de inverno, e deixa um rastro de prejuízo aos nossos comerciantes que pagam pesados impostos, geram empregos e cumprem leis de proteção aos consumidores. Até parece que mudaram o nome só para evitar a polêmica de todos os anos. O local escolhido desta vez não poderia ser pior. Muito pequeno para tal evento. As barracas funcionavam em uma espécie de labirinto.

 Gato por lebre

Passei cerca de 10 minutos na “2ª Minas Tchê” e foram suficientes para concluir que a área era inadequada e oferecia risco de vida aos visitantes. A feira estava lotada e no caso de incêndio estava feita a tragédia. Presenciei garçons fazendo abordagens irônicas e nenhum segurança. Espero que nossos vereadores revejam a legislação local e a torne mais rigorosa para esse tipo de feira, que desta vez se apresentou como evento cultural. Também espero que levem em consideração e priorizem o comércio local.

 Tráfico de humanos

A Polícia Federal investiga possível crime de tráfico de humanos em Uberaba. Uma mulher de 56 anos, residente na rua Ronaldo Cunha Campos, bairro Abadia, é acusada de “comprar” uma menina de 11 anos para trabalhos domésticos. O caso só veio à tona depois que a criança deu entrada na UPA do Mirante, após tentar contra a própria vida. A pequena e visivelmente frágil criança disse que não queria mais viver, não suportava mais a vida de humilhações, torturas psicológicas e até agressões.

 Proteção do Estado

A Polícia Militar foi chamada na UPA e os militares acionaram o Conselho Tutelar. Conforme apurado inicialmente, a avó da menina, que mora na cidade de Porteirinha (MG), teria recebido dinheiro para que a pequena viesse morar em Uberaba e trabalhar como doméstica para a mulher que pagou. A irmã da pequena confirmou o envio de dinheiro para a avó. Esse é o exemplo de uma criança que merece toda a proteção do Estado. Tem que ser protegida da “traficante” e principalmente da própria família.

Atestado falso

Um funcionário de 24 anos que trabalha em uma caldeiraria na BR-050 apresentou um atestado médico de 14 dias de afastamento. O documento é assinado por um médico da UPA São Benedito. O que ele não contava era que o setor de Recursos Humanos da empresa fosse conferir o documento. Bingo! O carimbo do médico confere, mas a assinatura e letra não. Agora é saber como isso aconteceu e quantos já fizeram uso da fraude. Que a notícia sirva de alerta para possível derrame de atestados falsos.

 Restos mortais

O cadáver encontrado na segunda-feira (9), às margens da BR-262, próximo à “Fazenda Entre Rios”, devido ao estado de putrefação, foi enterrado como indigente. O sepultamento aconteceu no dia seguinte, no Cemitério Medalha Milagrosa. Os restos mortais são de homem negro aparentando ter entre 35 e 40 anos. Ele foi executado com quatro tiros de pistola 380. Dos quatro projeteis, três acertaram a cabeça e um o tórax. O IML e Perícia Técnica da PC em Uberaba possuem imagens para ajudar na identificação.

 Acidente trabalho

O pedreiro Cícero Ferreira, 55 anos, morreu na tarde de sexta-feira (13), depois de quatro dias internado no Hospital de Clínicas da UFTM. Ele teria caído de um telhado de uma residência na rua Latifa Dib, no Conjunto Volta Grande, enquanto trabalhava. O pedreiro sofreu um corte na testa, sendo socorrido pelos Bombeiros Militares. A causa da morte, segundo Hospital de Clínicas, foi “Traumatismo Crânio Encefálico”. Resta saber se o profissional usava os equipamentos de segurança exigidos por lei.

 Acidente de trânsito

Morreu na madrugada de ontem, também no Hospital de Clínicas da UFTM, o servidor geral Wanderson Clemente Martins Souza, 30 anos, conhecido como “Pato”. Ele capotou sua caminhonete GM Silverado, cor branca, placas JTQ-4966/Uberaba, na avenida Presidente Juscelino Kubitschek, região central de Frutal (MG). Inicialmente foi levado para hospital daquela cidade, devido seu estado clínico foi transferido para pronto-socorro do HC em Uberaba, onde morreu por politraumatismo.

 Cega de conveniência

A mãe do homem acusado (H.A.G. 29 anos) de envolvimento em assaltos a residências em Uberaba, disse aos policiais militares que seu filho não faz “rolo” e “nem tem envolvimento com crimes”. Queria até acreditar que essa mãe estivesse sendo enganada, não fosse o fato de no dia 12 passado, após assalto à residência na rua São Paulo, no Santa Maria, ter sido encontrado na garagem de sua casa, no Parque das Primaveras, um veículo roubado cheio de pertences das vítimas.

 Ostentação

E como se não bastasse, no quarto do bom homem, trabalhador e honesto, só aos olhos da mãe, os policiais encontraram uma caixa de joias, relógios, máscaras e roupas usadas nos assaltos e também maconha. Queria mesmo que essa mãe tivesse sendo enganada... O homem honesto e trabalhador, conforme esbraveja a mamãe, posta em sua página no Facebook, fotografia de seu carro de luxo. Só as rodas dariam para comprar um carro seminovo. Mas tudo adquirido com muito suor, claro, das vítimas dos assaltos.

A falta de investigação abastece a impunidade e impulsiona a criminalidade. Uma boa semana a todos.

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