SENTINELA

Insegurança pública?

Segurança em Minas virou caso de polícia! As pessoas pagam pela segurança com a própria vida ou seus patrimônios

Carlos Paiva
Publicado em 14/08/2015 às 10:21Atualizado em 16/12/2022 às 22:48
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Sensação de insegurança?

A Segurança Pública em Minas Gerais virou caso de polícia. O governo simplesmente negligencia e muitos contribuintes estão pagando com suas vidas ou com seus patrimônios. Fala-se muito em sensação de segurança ou de insegurança. Nunca entendi o significado desta expressão. Não existe sensação. Existe uma realidade gritante de insegurança. O número de crimes aumentou de forma assustadora e não vislumbro melhoras.

Polícia Civil

Não vou entrar no mérito de se combater a insegurança na raiz com investimentos na escolaridade e conhecimento, pois quem dá educação é a família. Hoje quero chamar sua atenção para a precariedade das nossas forças de segurança do Estado. Observe a Polícia Civil: as viaturas, na sua maioria, estão sucateadas (caracterizadas e descaracterizadas) e com defeitos que dificilmente passariam por uma vistoria feita pela própria PC.

Precariedade

Faltam investigadores, peritos criminais, auxiliares de necropsia, auxiliares administrativos, escrivães e delegados e até auxiliares de limpeza. O mais preocupante é o número excessivo de inquéritos para cada delegad cerca de 1.500. E olha que nem todo registro policial é transformado em inquérito! E mesmo com toda essa deficiência, a Polícia Civil em Uberaba tem investigado e desmantelado quadrilhas, mas poderia ser bem melhor.

Polícia Militar

Já na Polícia Militar a situação é muito mais grave, por mais que seus comandantes tentem tapar o sol com peneira. A frota de viaturas está quase que na sua totalidade um lixo. Não oferece segurança nem mesmo para os policiais militares. E como esses policiais vão fazer nossa segurança se eles próprios não possuem segurança?! Isso sem falar que Fiat Palio não é carro para polícia. Não tem nem cofre para guardar o preso.

Motopatrulhamento

E quando existe a necessidade de perseguição e a PM está em Fiat Palio, aí, meu amigo, parece desenho animado. Isso sem falar que se o pelotão de trânsito parar para fiscalizar as viaturas da PM, com certeza muitas seriam recolhidas. E as motocicletas (motopatrulhas)? Além de bastante usadas, estão distantes da realidade, e olha que temos excelentes pilotos(as)! E mesmo com excelentes militares/pilotos (as), ainda sim é difícil.

Proteger e servir

Bandidos estão usando motos de 400 ou 600cc. E até as motos de 125 ou 150cc dão trabalho, pois os marginais não temem pela própria vida e muito menos de terceiros, o contrário dos militares que estão nas motopatrulhas. Existe eficiência comprovada neste tipo de policiamento motorizado, e por que o Estado não investe em motos mais potentes? Ainda bem que existem homens e mulheres que honram o juramento de proteger e servir.

Rádio HT

Não vou nem entrar no mérito do efetivo, pois estaria prestando um desserviço à população. Estamos em pleno século XXI e a frequência de rádio da PM é mais ouvida de que muitas rádios na cidade. Hoje temos telefones com mensagens instantâneas e a frequência da PM é ouvida até em alguns televisores e radinhos de pilha. E esse problema seria facilmente resolvido com o sistema de rádio digital, mas o Estado não quer investir.

Questão de política

Investir em segurança não dá voto, mas se esquecem de que tira voto. E todo esse descaso com a Segurança Pública não é culpa dos comandantes, que muitas vezes se veem na obrigação de mentir, pois estão subordinados a um governo falido, negligente e um governador que insiste em “vender” uma imagem que na verdade está bem distante. Só o interesse político pode mudar essa situação. Polícia não administra o dinheiro dos impostos.

Poezine-se

Amanhã (sábado 15) acontece o “Poezine-se”, um projeto sazonal para disseminar as expressões e que promete surpreender aqueles que gostam de uma boa leitura. Na ocasião vai ser lançado o 2º volume com poemas de Jamila Costa. O evento vai contar também com exposição literária de vários autores e acontece a partir de 14h no espaço cultural da “Lá Escuta”, na rua Presidente Vargas, 77. A entrada é gratuita.

Espetáculo

O espetáculo “De Tempo Somos – um sarau do Grupo Galpão” estará em cartaz em Uberaba hoje, às 20h, no Teatro Sesi, integrando a Turnê Minas 2015, com direção de Lydia Del Picchia e Simone Ordones. Paralelamente, os integrantes do Galpão ministrarão workshop para a comunidade artística local, com inscrições gratuitas, na secretaria do Centro de Cultura José Maria Barra, até as 12h de hoje. Mais informações: 3322-2021.

Dia de fúria

A biomédica M.F.S., 33 anos, teve o seu dia de fúria e acabou presa depois de se envolver em acidente de trânsito na avenida Guilherme Ferreira. Ao ser cobrada a documentação do carro, a mulher passou a agredir verbalmente o soldado da PM. Como não portava documento de porte obrigatório, foi multada. Visivelmente transtornada, a mulher passou a proferir impropérios ao militar. Ela ainda ameaçou esbofetear uma oficial da PM. Coisa feia!

Notas falsas

Homem aparentando 35 anos, branco, cerca de 1,65m de altura, cabelos pretos e sotaque espanhol, repassou uma nota de R$100 falsa a uma comerciante no camelódromo de Uberaba. Ele comprou um carregador de telefone e recebeu R$85 em troco. O suposto estrangeiro foi filmado pelo circuito interno de segurança do local. O cidadão deve se ater não só ao derrame de notas falsas nesta época do ano, mas também aos batedores de carteira.

A insegurança

Conhecido e querido comerciante uberabense deixou o comércio para se dedicar a palestras. A mudança não aconteceu por ser mais lucrativa, mas sim por ter se cansado de assaltos em sua loja especializada em relógios e joias. E ele não é o único e nem vai ser o último. Comerciantes estão cansados de pagar impostos e ainda terem que entregar seu já minguado lucro a ladrões. Quando não é o governo, são os assaltantes levando o que muitas vezes nem foi pago.

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