SENTINELA

Jovem que destruiu placa eleitoral poderá ser punido

O desrespeito e erro de alguns candidatos não (Leia mais...)

Carlos Paiva
Publicado em 25/08/2014 às 09:07Atualizado em 19/12/2022 às 06:17
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O condenado por latrocínio, Fagner Flausino da Silva (camiseta amarela e à frente), deixando a antiga cadeia no Parque das Américas

Erro não justifica outro

A legislação eleitoral é uma piada sem a menor graça. Um jovem destruiu uma placa de um candidato a deputado estadual e agora corre o risco de ser punido. ’Tá cert ele errou. O desrespeito e erro de alguns candidatos não nos dá o direito de também errar. Um erro não justifica outro. O fato de não respeitarem nossos sagrados direitos, não nos permite fazer o mesmo. Estaríamos nos igualando a uma classe tão suja e que a cada dia nos causa mais repulsa e revolta. É claro que existem exceções, poucas, mas existem.

Vontade não é crime

Deixe a hipocrisia de lado e diga bem baixinho se também não lhe deu vontade de sair chutando essa porcariada esparramada pela cidade e que está impedindo nosso sagrado direito de ir e vir? Não te passou pela cabeça a intenção de sair pegando esse lixo em forma de propaganda eleitoral, que está sujando nosso meio ambiente e poluindo visualmente nossa cidade, podendo causar acidentes e até mortes? Eu confesso que me deu vontade e sentir vontade não é crime, desde que fique só na vontade.

Outdoors em canteiros centrais

Conforme informações do TRE-MG, foram registradas eletronicamente, desde 6 julho de 2014, 488 denúncias de possíveis irregularidades em propagandas eleitorais. Destas, 105 estão relacionadas a placas e faixas e 92 a cavaletes. Em Uberaba, onde o lixo da publicidade eleitoral toma conta das principais ruas e avenidas, ninguém reclamou. E olha que tem candidato exibindo mini-outdoor em canteiro central e em cima do jardim protegido por muretas, o que acaba se tornando verdadeiros outdoors.

Cegos de conveniência

Político não vai reclamar de publicidades irregularidades, pois se já não faz, pretende fazer. A prefeitura fecha os olhos, até porque os candidatos que mais poluem e desrespeitam o eleitor são os que estão sendo apoiados pelo chefe do Executivo. Câmara Municipal vai pelo mesmo caminho. Aí eu pergunt por que o eleitor tem que denunciar? E denunciar uma coisa que está escancarada? Não tem sentido. É nos penalizar duas vezes. E afinal, votamos pra que? Elegemos representantes pra que?

Assalto milionário

Os sete acusados do assalto milionário a casa de comerciantes de joias, em 14 de março deste ano, na rua Tristão de Castro, de onde roubaram R$ 10 milhões em joias, estão mais juntos do que nunca. Os sete estão recolhidos na penitenciária de Uberaba. O primeiro a ser preso, no dia seguinte ao roubo, foi Carlos Eduardo Costa Nogueira Júnior, vulgo “Coxinha”. Ele delatou sua mãe, empregada da casa, e outros cinco. A diarista Rosangela de Nazaré Morais foi presa por ordem judicial, no dia 25 do mesmo mês.

 Eles voltaram

Os outros cinco homens delatados foram presos no dia 20 de março, em Teófilo Otoni (MG), onde também respondem por tráfico de drogas. Eles são suspeitos de vários assaltos em Uberaba e tidos como perigosos. Agora é esperar por condenação pesada nas duas comarcas. Foram audaciosos e covardes. São eles: Jefferson Luiz Rocha Borges, vulgo “Jefim”; Alef Lopes Venâncio, vulgo “Lelê”; Warley Morais dos Reis Santos; Maikon André Nunes, vulgo “Da Lua” e Rafael Rodrigues da Silva, vulgo “Peru”.

Preso pela Interpol

O latrocida Fagner Flausino da Silva, 33 anos, condenado a mais de 20 anos de reclusão por roubar e matar o arquiteto e decorador Marco Antonio Nascimento, então com 36 anos, foi preso na Inglaterra, quando procurava por socorro em hospital psiquiátrico. É a primeira vez que um foragido da Justiça Estadual em Uberaba é preso pela Interpol, pelo menos que me lembre. E isso graças a um alerta de “Difusão Vermelha”, expedido pela 1ª Vara Criminal, por ordem do juiz de Direito Ricardo Cavalcante Motta.

Processo de extradição

O processo de extradição do uberabense Fagner Flausino da Silva deve ser concluído pelo Ministério da Justiça no Brasil, através do Departamento de Estrangeiros, e ainda este mês e deve ser encaminhado à Inglaterra com a documentação prevista no Tratado de Extradição entre Brasil e o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte. Só então, o preso deve ser recambiado ao Brasil. O processo de extradição está tramitando com urgência e a Polícia Federal em Uberaba está ajudando no trâmite.

Comoção pública

O latrocínio do arquiteto e decorador Marco Antonio Nascimento foi de grande repercussão na cidade. O autor aproveitou de um relacionamento homoafetivo que mantinha com a vítima. O crime aconteceu na casa da vítima, na rua Senador Feijó, em 4 de abril de 2005. O criminoso chegou a ser preso, mas foi liberado por ordem de soltura do TJMG. Ainda não se sabe o que Fagner Flausino da Silva estava fazendo na Inglaterra, no entanto, sua prisão mostra que a Justiça é cega, mas pode enxergar longe.

Chantagem virtual

Uma modelo fotográfica de 36 anos registrou queixa na polícia informando que recebeu proposta de trabalho pelo Facebook, com salário de R$ 2,5 mil. A moça deveria posar para redes de lojas de departamentos famosas e com filiais em Uberaba. Ela chegou a mandar quatro fotos nuas, mas foram solicitadas novas fotos em poses mais ousadas. Ao se recusar, foi ameaçada de ter sua imagem espalhada na internet. Situação totalmente previsível, do outro lado do monitor, quem diz que é, nem sempre é. Duvidar sempre!

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