SENTINELA

Morte do taxista ainda repercute e suspeitos se contradizem

Juninho e Pajé discordam sobre autoria no crime de ontem (Leia mais...)

Carlos Paiva
Publicado em 07/04/2015 às 09:46Atualizado em 17/12/2022 às 00:41
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Divulgação

Os desocupados Ângelo Gabriel Inácio dos Santos, vulgo “Pajé”, e Cleverton Lopes de Melo, vulgo “Juninho”, confessaram o latrocínio do taxista José dos Santos Marques Barbosa

A morte do taxista José dos Santos

Os dois desocupados que mataram para roubar o taxista da Ubertáxi, José dos Santos Marques Barbosa, 62 anos, na sexta-feira Santa (3), tentaram desesperadamente culpar um ao outro. Conforme relatos dos marginais aos policiais militares, os dois latrocidas (não são mais suspeitos) pretendiam vender o carro que o taxista trabalhava (GM Classic) na cidade paulista de Guaíra. Ainda conforme os militares, Ângelo Gabriel Inácio dos Santos, 18 anos, vulgo “Pajé”, contou uma história que contradiz com o que foi contado pelo segundo envolvido, Cleverton Lopes de Melo, vulgo “Juninho”, de 20 anos. Na versão do primeiro (Pajé), foi o segundo quem anunciou o assalto, enforcou (com cinto de segurança), jogou para fora do carro o motorista de táxi, passou uma vez por cima do corpo e retirou os adesivos de táxi do veículo. Ele assistiu a tudo e não fez absolutamente nada. Já na versão do segundo (Juninho), foi Pajé quem enforcou o taxista com cinto de segurança e ao ver a cena saiu correndo não sabendo dizer o que teria ocorrido posteriormente. Ele contou aos militares que encontrou “Pajé” depois com o táxi sem os adesivos. Em síntese: usaram e abusaram do “direito” de mentir, mas, felizmente, mesmo um jogando para outro, nada muda o fato de que estavam juntos no latrocínio. Outra informação é de que os dois latrocidas acionaram a Central de Táxi da Ubertáxi por telefone público no aeroporto, conforme foi dito a um dos militares. O taxista (carro número 50) José dos Santos Marques Barbosa foi atender ao chamado por ser o próximo da fila. Ainda conforme policiais militares, o “Pajé” ficou com o celular Samsung Duo e o Juninho com outros dois aparelhos e a carteira com dinheiro da vítima. Os dois marginais não usaram armas, mas abusaram da agressão física e psicológica. Foram de uma crueldade poucas vezes vista. A título de ilustração, o desocupado Ângelo Gabriel Inácio dos Santos, vulgo “Pajé”, é velho conhecido nos meios policiais. Apesar de sua pouca idade, já tem carreira no crime. Em janeiro deste ano foi apreendido graças a um mandado de busca e apreensão, expedido pela Secretaria da Infância e Juventude, por ato infracional cometido ainda quando menor. Já no dia 17 de março deste ano, “Pajé” foi preso por furto e, depois de autuado em flagrante pelo delegado de Polícia Civil, no plantão da 1ªDRPC/5ºDPC-MG, foi levado para penitenciária local. Porém, como ainda é réu primário (o que aconteceu como menor não conta), no dia 25 do mesmo mês de março ganhou liberdade para, no dia 3 de abril, em plena Sexta-Feira Santa, matar um homem que apenas tentava ganhar o pão de cada dia honestamente transportando pessoas.

Maior idade penal

É necessário mudar nossa legislação. Policiais militares, civis, federais, rodoviários e juízes de Direito cumprem as leis, enquanto os promotores de Justiça fiscalizam a aplicação e a execução da lei. Nenhum destes profissionais elabora e sanciona leis, apenas cumpre a legislação elaborada e sancionada por políticos. Estes mesmos políticos que ainda estão pensando se realmente vão atender o clamor da sociedade e baixar dos atuais 18 para 16 anos a maior idade penal.

Injustificável

É bom lembrar que as leis são feitas para proteger as pessoas de bem e só serão penalizados os que descumprirem a legislação. Portanto, a meu ver, a justificativa de que com a mudança da maioridade penal as cadeias ficarão lotadas, não procede, pois, se não cometerem crime, não há que se falar em prisão. O caso do ex-menor Ângelo Gabriel Inácio dos Santos é o exemplo mais recente de que o sistema prisional seja para maior ou menor não funciona. A pergunta é: até quando trabalhadores vão pagar com suas vidas a omissão de políticos?

Ladrões de Uberaba presos em Uberlândia

Um dos dois homens que assaltaram residência em Uberaba às 5h30 do último dia 3, na avenida Amazonas, no bairro Santa Maria, foi preso em Uberlândia. Ele, com um comparsa, invadiu a casa e roubou um Hyundai HB 20, cor preta, placas PVO-3118, um computador, celular e R$ 100 em dinheiro. Depois, os dois fugiram para a cidade de Uberlândia, onde por volta das 11h se envolveram em acidente de trânsito. Foi preso William Pereira, 29 anos, e Arislene Catarina Rodrigues, 27, suspeita de estar dentro do carro no momento do assalto em Uberaba. Já o terceiro envolvido, identificado como Wesley, conseguiu fugir. A Polícia Militar daquela cidade precisou usar munição de borracha para parar os acusados. O carro foi apreendido. O casal foi preso e encaminhado ao presídio Professor Jacy de Assis.

Socorro rápido

Um pão de queijo foi o motivo do engasgo de um idoso de 65 anos em um asilo no bairro São Bento. Ele entrou em parada cardiorrespiratória na manhã de domingo e graças à agilidade dos funcionários em aplicar manobras de reanimação e acionamento do Corpo de Bombeiros teve um final feliz. Depois de retirado o pedaço de pão de queijo, o idoso foi levado a UPA São Benedito para o término do atendimento.

Trote no Samu

Inacreditável, mas foram registradas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) em Uberaba mais de 585 ligações recebidas somente do número (67)9671-1815, conforme documentos nas polícias Militar e Civil, onde um homem ficou ligando para o telefone de emergência 192, dizendo palavras de baixo calão e obscenas (impublicáveis) às atendentes. Tal fato teve início às 12h50 de domingo (5), e seguiu por toda a tarde e também no dia de ontem. Os trotes causam transtornos no serviço prestado e acabam constrangendo as funcionárias da unidade. As polícias devem fazer uma “força tarefa” no dia de hoje para pôr fim aos absurdos.

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