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A imagem mostra alguns dos 16 quilos de maconha sendo incinerados em caldeira no frigorífico no bairro Abadia
Disputa ou acerto de contas?
A morte do ex-presidiário Odílio Garcia Silva, 33 anos, vulgo “Netão”, com 11 tiros, na noite de sábado (7), em uma chácara no bairro rural Santa Fé, pode estar ligada a uma disputa de pontos de drogas ou acerto de contas relacionado também a entorpecentes. A polícia quer saber o que “Netão” estava fazendo naquela chácara, pois não tinha o hábito de frequentar o local, a não ser que estivesse escondendo de alguma situação ou de alguém. E a história fica ainda mais intrigante quando lembramos que na madrugada do mesmo sábado, no Jardim Triângulo, foi morto com nove tiros o também ex-presidiário Kennedy Luiz Meireles da Silva, 25, vulgo “Kirch”. Esse não vendia drogas, mas usava como louco e não media consequências para saciar o maldito vício. E segundo uma fonte, o “Netão”, apesar de morar no bairro Santa Marta, também comandava algumas “bocas de venda de drogas” na Vila Arquelau e Jardim Triângulo. Uma coisa os dois mortos tinham em comum: já prejudicaram muita gente, inclusive seus familiares. A Polícia Civil investiga os dois casos.
Antecedentes
O usuário de drogas e ladrão, Kennedy Luiz Meireles da Silva, 25, vulgo “Kirch”, em 5 de novembro de 2011 foi vítima de tentativa de homicídio. Foi alvejado com dois tiros e sobreviveu para contar que o autor era uma de suas vítimas de furto. No dia 12/06/ 2012 foi preso em flagrante por furto e liberado no dia 12/02 deste ano. Do dia 1º/01/ ao dia 12/02 de 2015, dentro da penitenciária de Uberaba, ele foi flagrado quatro vezes com drogas.
Antecedentes II
O caso mais grave envolvendo Kennedy Luiz Meireles da Silva, em 2015, aconteceu em 02/03 na rua Doutor Vasco Andrade. Ele invadiu uma casa pra furtar e se deparou com o dono e resolveu pedir esmola. O entregador C.M.D.C., 57 anos, entregou R$ 2. Ao invés de agradecer, Kennedy disse: “Seu mão de vaca, vou te matar, estourar seus miolos”. Ele chegou a ser preso, mas, por força de lei, foi liberado pra ser morto cinco dias depois.
Sistema inoperante
O governo de Minas vem fazendo mudanças no sistema operacional da Polícia Militar. Até aí normal, toda mudança é bem-vinda, desde que seja para melhorar. Infelizmente, não é bem o que vem ocorrendo. Não é raro depararmos com policiais militares tendo dificuldades para confeccionar um Registro de Defesa Social devido à “queda no sistema”. Fica pior ainda quando é necessário fazer consultas de nomes ou placas de veículos.
Comprometimento
No sábado, uma guarnição policial teve que se desdobrar para apurar se um suspeito tinha mandado de prisão. A astúcia dos militares em consultar o CNJ confirmou que o desocupado Jonathan Henrique Assis dos Santos era procurado e deveria ser preso. A sociedade ficou livre de um marginal, pelo menos por enquanto, graças o comprometimento e profissionalismo de uma das equipes do Tático Móvel prefixo 18222 da Companhia 147/4ºBPM.
Subtração de maconha
O delegado chefe do 5º DPC/MG, Ramon Tadeu Carvalho Bucci, informou à coluna que determinou a instauração, preliminarmente uma sindicância administrativa, para apuração de suposta subtração de um tablete de maconha de uma caldeira, no dia 27 passado, em frigorífico no bairro Abadia, durante incinerarão de 16 quilos da droga. Dois menores já foram ouvidos, como também o responsável pelo frigorífico e outras testemunhas. O delegado não acredita na versão dos menores, mas quer esclarecer o caso. Um funcionário do frigorífico confessou a subtração e também que mandou o enteado (menor vender). Ele está preso após ser autuado por tráfico de drogas. A bem da verdade, se realmente houve a subtração, foi depois que a droga estava dentro da caldeira/forno. Existe uma espécie de protocolo a ser seguido e tudo foi cumprido à risca, inclusive tendo colegas da imprensa como testemunhas. Não é impossível, mas também não é fácil.
Atestado suspeito
Um funcionário de uma marmoraria e outro de um hotel vão ter que explicar como conseguiram atestados médicos apresentados nas empresas em nome do médico L.P.C. Os funcionários não contavam com a amizade do profissional da Saúde e os patrões, que foram confirmar a veracidade dos atestados e receberam a notícia de que não foi assinado pelo médico. O funcionário do hotel apresentou outros dois atestados igualmente falsos.
Furto ou apropriação
O comerciante D.A.S.B., 37 anos, teve R$ 20 mil em suplementos alimentares e acessórios furtados de sua loja na avenida Guilherme Ferreira. No registro policial, a vítima relata que não houve arrombamento da loja que inclusive possui até mesmo tranca tetrachave. Ele disse que possui uma suspeita do furto, porém, como envolve questões familiares, preferiu registrar o crime e deixar por conta da Polícia Civil.
Fraude do recém-nascido
A dona de casa M.P.S., 41 anos, e seu marido, servidor geral J.N.S., 30, vieram de Fronteira (MG) e acabaram presos nas dependências do Hospital de Clínicas da UFTM. O casal chegou ao hospital com um bebê de seis dias e uma história pra lá de esquisita. Ela reclamava de dor de um parto, mas não queria ser atendida por um médico. Eles acabaram contando a verdade: a recém-nascida (menina) era fruto de um relacionamento extraconjugal do servidor geral e uma prima em Brasília (DF) e estavam ali em busca de um documento de nascido vivo da criança para registrá-la no nome deles. O casal foi para a delegacia de Polícia Civil e o bebê para o Conselho Tutelar. Eles já haviam tentado a mesma coisa na cidade de Fronteira.