Divulgação
O mototaxista Lucas Ribeiro de Paula foi preso por militares da Rotam em uma pensão no momento em que se preparava para dormir
Não me permito ser manipulado
Ainda este mês vou completar mais um ano de experiência de vida. Depois dos 40 anos, você tem maturidade suficiente para não cometer os mesmos erros dos 20 e até corrigir alguns erros dos 30. Se tem uma coisa que a experiência de vida ou a idade, como preferem alguns, te oferece gratuitamente é ter o discernimento de detectar quando querem e o que querem de você. Hoje eu posso garantir que não me deixo ser usado ou manipulado. Hoje, graças a minha experiência de vida ou idade, até me permito ser manipulado, porém de forma consciente, lúcida e intencional. Permito-me ser usado de forma conivente e conveniente. Não me fazem de otário. Graças aos anos que vão se acumulando, sei bem diferenciar os interesses mais obscuros. A verdade é que a vida, a experiência de vida, me ensinou que mesmo com dificuldades para enxergar na claridade consigo ver nitidamente no escuro.
Tragédia anunciada
Para os que conviviam com mototaxista Lucas Ribeiro de Paula, 26 anos, era questão de tempo para que cometesse tamanha atrocidade. Ele é tido como homem muito violento e possessivo. É acostumado a resolver tudo com agressividade. O mototaxista viveu uma relação marital com a monitora Mayara Gomes Lamounier, 28, e há nove meses estavam separados. Desde então as famílias das duas partes passaram a conviver com uma espécie de terrorismo.
As ameaças
Em 18 de maio deste ano o mototaxista foi preso portando uma faca e fazendo ameaças de morte a sua ex-companheira e também familiares dela. E em 26 de agosto ele novamente ameaçou dizendo que iria cortar as pernas da ex-mulher e deixá-la sangrando até a morte. Já no dia 24, o mototaxista ameaçou a mulher de novo. Na noite de quarta-feira passada ele partiu para cumprir as ameaças e colocar seu plano de exterminar sua ex-companheira e parte da família dela, exatamente como prometia fazer.
Premeditação
Inicialmente, na mesma quarta-feira passada, ele tentou matar a esposa, mas deu de cara com o pai dela e fugiu depois de tomar conhecimento que a Polícia Militar havia sido acionada. A mulher saiu, acompanhada pelo pai, para registrar a ocorrência policial. Neste exato momento, o mototaxista estava em uma das lojas do Bretas comprando uma faca. Já com a faca na cintura, parou sua motocicleta nas proximidades da casa da ex-mulher sem saber que ela não estava, e passou a pôr em prática o que havia premeditado.
5-horizontal Jovem corajosa
O mototaxista Lucas Ribeiro de Paula pulou o portão da casa e, de imediato, sem falar nada, esfaqueou a irmã de sua ex-companheira, a dona de casa Tais Viviane Gomes, 37. Em seguida, foi em direção à filha de sua ex-mulher, uma garotinha de quatro anos. A intenção, conforme testemunhas, era matar a menina e em seguida a exterminar sua ex-companheira. Foi neste momento que o assassino encontrou em sua frente a corajosa atendente das lojas Riachuelo Talys Aparecida Lamounier, 21.
Desespero
A jovem Talys Aparecida se colocou na frente para impedir que o assassino chegasse até a criança. Ela foi esfaqueada no abdômen, o que provocou uma lesão no coração e horas depois veio a óbito. O mototaxista só não deu prosseguimento ao seu plano demoníaco pelo fato das duas mulheres (mãe e filha) gritarem de dor e de desespero. Ele também foi surpreendido pelo namorado de Talys. O rapaz estava no banho no momento em que as duas mulheres estavam sendo esfaqueadas.
A promessa
O mototaxista Lucas Ribeiro de Paula é um homem dado à violência. No dia 4 de setembro passado ele agrediu com socos uma mulher, colega de trabalho. Ele teria feito uma corrida e cobrado valor além do normal. Ele não gostou de ter sido chamado a atenção pela colega e agrediu a moça com soco, chutes e depois fugiu para não ser preso. Como se denota, ele precisa ser isolado da sociedade. E lembro que ele ainda tem a promessa de matar no mínimo mais uma pessoa: sua ex-companheira Mayara Gomes.
Reincidente
O Brasil é mesmo o país da impunidade, o que acaba estimulando o crime e fortalecendo criminosos. Na quinta-feira (8), o soldador Wagner Vonker Carvalho, 45 anos, foi assassinado a golpes de pedra. O crime aconteceu próximo a Comunidade Santa Fé. Até aí nenhuma novidade, infelizmente o crime está banalizado. Acontece que o assassino, o servidor geral, P.C.R.F.S., 29 anos, que até o momento não foi preso, é condenado justamente por, em 2007, ter esmagado, com golpes de pedra, a cabeça de Benevides Francisco Alves Venâncio, na época com 44 anos, que ficou internado e morreu depois de 60 dias.
Em liberdade
Como se vê, o assassino (P.C.R.F.S.) voltou a cometer o mesmo crime e com os mesmos requintes de crueldade e se utilizando dos mesmos meios (pedra). E tem mais: em fevereiro de 2012 ele estava em uma casa de recuperação para dependentes químicos e tentou matar outro interno a golpes de madeira na cabeça. Ele também passagens por furto e roubo e ficou preso, por furto qualificado, na penitenciária de Uberaba, de setembro de 2013 a setembro de 2014. Agora o assassino está solto pelas ruas. Alguém duvida que ele ainda tenha disposição para continuar matando?