SENTINELA

O que pode ser feito para pôr fim à insegurança pública?

Em curto prazo precisamos de mudanças na (Leia mais...)

Carlos Paiva
Publicado em 29/09/2013 às 00:18Atualizado em 19/12/2022 às 10:50
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Carlos Paiva

O número de veículos para vistoria de veículos na Delegacia de Trânsito diminuiu e em certos horários a espera é por poucos minutos

Insegurança pública

Na sexta-feira um ouvinte do Sentinela, programa que apresento às 6h de segunda a sexta-feira na Rádio JM 730, perguntou o que pode ser feito para pôr fim à insegurança? Respondi que em curto prazo precisamos de mudanças na Constituição (principalmente quando se fala na mudança da maior idade dos atuais 18 para 16), Estatuto da Criança e Adolescente, Código Penal, Código de Processo Penal e Lei de Execuções Penais. Não podemos ignorar a necessidade de mais policiais, promotores de Justiça, juízes de Direito, presídios (detentos provisórios), penitenciárias (presos com sentença transitada em julgado) e claro estrutura para que as autoridades e seus agentes possam exercer suas funções com dignidade.

Medidas paliativas

Também expliquei ao ouvinte do Programa Sentinela que essas são medidas emergenciais e paliativas pelo fato de nossos governantes terem negligenciado a educação, saúde, moradia, trabalho, enfim tudo que é previsto na Constituição como direitos constitucionais do cidadão e que não existem na prática. A insegurança de hoje é reflexo do descaso de ontem. E essa realidade só vai mudar o dia em que entenderem que precisamos de escolas bem estruturadas e professores bem remunerados, hospitais bem equipados (tanto em aparelhos como em medicamentos e exames) e profissionais da saúde motivados. Precisamos de empresas lucrando, gerando emprego e pagando menos impostos.

Investir para não gastar

A Segurança Pública só vai melhorar o dia que começarem a entender o que gera a insegurança e investir em políticas sociais e preventivas. Quanto mais se investe em políticas sociais, menos teremos que gastar na Segurança Pública. O que estamos fazendo, em palavras de fácil entendimento, é enxugando gelo. E para cada gota de água que escorre por não alcançarmos para enxugar, é mais uma pedra de gelo no futuro.

Mistério em Delta

A Polícia Civil vai investigar o desaparecimento misterioso de pelo menos 18 declarações de óbitos do posto de saúde em Delta (MG). Durante uma visita surpresa do secretário municipal de Saúde foi constatado que as declarações que deveriam estar arquivadas para ser repassadas à Secretaria Regional de Saúde simplesmente sumiram.

Alerta

Sempre prestando bons serviços, o Álvaro Despachante informa que amanhã é o último dia para que veículos com placas de finais 8, 9 e 0, circulem sem o devido licenciamento 2013. Dia 1º começa a fiscalização destes veículos. Álvaro Despachante fica na rua Luis Próspero, bem de frente à Delegacia de Trânsito, no Parque das Américas. Telefone: 3311-1500.

O “Olho Vivo”

Agora parece que o “Olho Vivo” sai do papel. Os funcionários que vão trabalhar na instalação das câmeras sentiram na pele a dor de serem furtados e o quanto o monitoramento é importante para nós. No dia em que chegaram a Uberaba, tiveram 120 camisetas e 80 calças furtadas. O “Olho Vivo” já está sendo instalado na avenida Prudente Morais e é claro que causa alguns transtornos. E, por incrível que pareça, têm comerciantes achando ruim, talvez queiram continuar tendo como “sócios”, assaltantes covardes e até ladrões que agora usam carros para invadir lojas.

Indenização à vista

Uma aposentada de 75 anos deverá acionar o banco Bradesco na Justiça. Ela registrou queixa na polícia depois de ter ficado caída ao solo após tropeçar em um obstáculo pintado na cor do carpete da agência. Ela contou que chegou a ficar sem fala e se sentiu extremamente humilhada e constrangida pela falta de apoio humanitário das pessoas que ali trabalham. Ela também diz que os clientes chegaram a passar por cima dela como se ela não estivesse ali. A aposentada foi socorrida pelo Samu.

Drogas nas escolas

Diretora de uma escola municipal flagrou na semana passada, dois alunos dividindo um frasco de uma substância alucinógena chamada de “loló”. Através da janela da sala de aula, ela viu quando os adolescentes de 14 anos dividiam o produto usado para cheirar. E sexta-feira, em outra escola, a diretora localizou um vidro de acetona no banheiro. A suspeita é que os alunos estavam cheirando e ao notarem que seriam flagrados largaram o produto.

Travestidos

Algumas centrais que oferecem serviços de mototáxi devem ficar atentas às pessoas que contratam. Na quinta-feira um homem foi preso pela Polícia Militar após denúncia de que estaria vendendo drogas pelo delivery (entrega rápida). Ele trabalhava como mototaxista e não tinha nem mesmo habilitação. A motocicleta era dele, mas o colete e rádio comunicação eram da empresa. A mesma dica vale para proprietários de empresas de táxi.

Bicicleta com motor

Algumas empresas que vendem bicicletas motorizadas (cicloelétrico) estão enganando seus clientes ao informarem que não precisam de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e muito menos capacete. Conforme o delegado de Polícia Civil, titular da Delegacia de Trânsito, Luiz Fernando de Paula Bernardes, é necessária autorização ou CNH categoria “A” e o capacete com viseira ou óculos especiais são indispensáveis. Em síntese: tem cara de bicicleta, jeito de bicicleta, mas é considerada uma moto.

Delegacia de Trânsito

Na semana que passou fui à Delegacia de Trânsito na quarta, quinta e sexta-feira, em horários alternados, conferir a fila para vistoria de veículos. Em duas vezes tinha uma fila de no máximo 15 carros e na terceira os vistoriadores estavam quase que sem serviço. Conforme o delegado de Trânsito, Luiz Fernando de Paula Bernardes, “o atendimento continua normalmente. Fixou-se uma equipe (selecionada entre os vistoriadores que passaram pelo curso de vistoria promovido nesta 1ºDRPC/5ºDEPPC); fluxo próprio para motocicletas e emplacamentos”.

Vistoria veicular

O delegado PC Luiz Fernando de Paula Bernardes explica também que graças a esta nova modalidade de vistoria pelo menos três veículos com irregularidades, principalmente número de motor, são retirados de circulação por semana. A autoridade policial de Trânsito ressalta que a “população pode contribuir com a agilidade do serviço retirando o decalque do numero do chassi (VIN) e do motor”. E conclui: “Em Uberlândia os vistoriadores não colhem os decalques, ou seja, o interessado obrigatoriamente tem que providenciar. Em Uberaba é opcional”.

Recorde

Da 0h de quinta-feira até as 21h30 de sexta, a Polícia Militar registrou 16 assaltos. Os mais comuns são aos transeuntes e as principais vítimas são as mulheres que andam com bolsas a tiracolo e falando ao celular. Nesta modalidade de crime, a vítima é a melhor arma de prevenção. Evite ostentar celular, carteiras, joias. Vivemos dias de total discrição.

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