SENTINELA

Operação conjunta desarticula grupo suspeito de desviar verbas públicas em Campo Florido

Carlos Paiva
Carlos Paiva
Publicado em 29/10/2025 às 18:38Atualizado em 30/10/2025 às 20:59
Compartilhar

Operação ExpoCampo
Uma das maiores ações dos últimos anos contra a corrupção na região. A Operação ExpoCampo, deflagrada na terça-feira (28) pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com o Ministério Público, investiga fraudes milionárias em contratos públicos no município de Campo Florido (MG). A apuração aponta que a estrutura criminosa atuava dentro do poder público para desviar recursos e manipular licitações em benefício de políticos e empresários locais.

Organização criminosa
As investigações revelaram uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e direcionar contratos públicos. O grupo criava empresas de fachada para simular concorrência e vencer pregões da Prefeitura. Segundo a PC, um vereador com formação em Ciências Contábeis é apontado como o mentor do esquema. Ele utilizava seu conhecimento técnico para registrar empresas fictícias, que logo eram contratadas pelo Executivo municipal e assinavam contratos milionários.

Empresas de fachada
O que mais chamou a atenção dos investigadores foi a rapidez das negociações. Empresas recém-constituídas, com menos de 20 dias de existência, já estavam habilitadas para prestarem serviços à Prefeitura. Todas tinham ligação com o mesmo escritório de contabilidade, responsável por cuidar da parte burocrática e dar suporte para o funcionamento do esquema. A movimentação financeira dessas empresas, segundo a PC, era totalmente incompatível com o capital social declarado.

Esquema milionário
O trabalho de inteligência da PC e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro também da PC revelou um esquema milionário de corrupção e superfaturamento. As empresas de fachada eram usadas para dar aparência de legalidade aos contratos fraudulentos. Documentos analisados mostram que o grupo movimentou grandes valores, mascarando o desvio de verbas públicas e beneficiando diretamente agentes políticos e empresários da cidade.

Denúncia e provas
As investigações começaram depois que um morador procurou a Polícia Civil, apresentando documentos que mostravam gastos quatro vezes maiores na festa tradicional deste ano em comparação com o ano anterior. A partir dessa denúncia, a PC encontrou pagamentos duplicados, contratos suspeitos e indícios de superfaturamento. O caso ganhou força quando se descobriu que várias empresas envolvidas tinham endereços falsos e atividades incompatíveis com os serviços contratados.

Apreensão e buscas
Durante o cumprimento de 26 mandados de busca e apreensão, sendo 24 em Campo Florido e dois em Uberaba, os policiais apreenderam dinheiro vivo, cheques e documentos contábeis. Nas casas dos investigados, inclusive do vice-prefeito e do presidente da Câmara Municipal, foram recolhidos materiais que podem comprovar as fraudes. Na residência do vice, os agentes encontraram cerca de R$30 mil em espécie e mídias eletrônicas com dados de movimentações financeiras suspeitas.

Segunda etapa
A Polícia Civil não descarta, para breve, uma segunda fase da Operação ExpoCampo, que deve resultar em mandados de prisão contra investigados, incluindo figuras conhecidas da região. Fontes ligadas ao caso afirmam que esta é uma das maiores operações já conduzidas pelo 5º Departamento de Polícia Civil, sediado em Uberaba, e marca um avanço importante no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro no Triângulo Mineiro.

Assalto planejado
A Polícia Militar prendeu dois suspeitos de envolvimento em assalto a residência no bairro Ilha de Marajó 3, em Uberaba. O crime ocorreu na rua Ângela Maria Natália, onde criminosos armados invadiram uma casa, renderam um adolescente de 15 anos e roubaram cerca de R$10 mil, além de um televisor e outros objetos. Segundo a polícia, os assaltantes entraram pelos fundos do imóvel e exigiram o dinheiro, afirmando saber que se tratava de um acerto trabalhista do pai do jovem. Após ameaçar a vítima e revirar a casa, a dupla fugiu em um Gol cinza, modelo G2.

Prisão de envolvidos
Com base em imagens de câmeras de segurança e no rastreamento das equipes, os policiais localizaram o veículo em uma casa na rua Henriqueta Collenghi, no Jardim Alvorada. O motorista tentou fugir, mas foi contido, e dentro do imóvel foram encontrados o televisor roubado e porções de crack, cocaína e maconha. O homem confessou o crime e revelou que a ex-companheira do dono da casa repassou as informações sobre o dinheiro e o horário em que o filho estaria sozinho. A mulher foi presa e admitiu ter orientado os autores. Ambos foram levados à Delegacia de Plantão da Polícia Civil, onde o flagrante foi ratificado. Os dois estão na penitenciária. 

Polícia democrática
E um dia depois de balançar a estrutura de um esquema criminoso envolvendo políticos e empresários em Campo Florido, a mesma Polícia Civil, agora em ação conjunta com as polícias Militar e Penal, deflagrou mais uma grande operação. Batizada de “Sem Sinal”, a ofensiva teve como alvo 46 criminosos condenados por roubos, furtos, tráfico e homicídios que descumpriam decisões judiciais, especialmente no uso irregular das tornozeleiras eletrônicas. Como se diz no popular: o pau que bate em Francisco bate em Chico.

Briga na penitenciária
Detenta de 27 anos foi mordida na perna por outra presa, de 18, durante um desentendimento na cela 2 da ala feminina da penitenciária de Uberaba. A agressão causou ferimentos leves e a direção da unidade instaurou Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a falta grave. Conforme o regulamento prisional, a agressora pode perder benefícios, como visitas e remição de pena. A vítima foi levada para exame de corpo de delito.

Exposição íntima
Um jovem de 22 anos procurou a Polícia Civil após ter fotos e vídeos íntimos divulgados por sua ex-namorada, de 18. Segundo o relato, o casal manteve relacionamento entre agosto de 2023 e outubro de 2024 e as imagens foram compartilhadas por aplicativo de mensagens. O rapaz apresentou capturas de tela e disse ter sido alertado por familiares sobre a circulação do conteúdo.

Ameaça no trabalho
Jovem de 22 anos procurou a polícia em Uberaba após ser ameaçada pelo ex-patrão, de 43, dono de lava jato. Segundo o registro, ao cobrar o pagamento de diárias trabalhadas, ela recebeu áudios em tom intimidatório, nos quais o homem teria dito “eu vou te pegar”. A vítima relatou ainda que o autor é conhecido na região e possui arma de fogo, o que aumentou seu medo. Ela foi orientada a buscar medidas protetivas e formalizar o caso na Delegacia de Atendimento à Mulher.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por