PM vem desencadea operações na tentativa de coibir ações de marginais

Fernanda Borges

Comandante do 4º BPM tenente coronel Waldimir Soares Ferreira diz que só endurecer as penas não basta, tem que haver investimentos pesado na Segurança, Educação e Saúde

Operações policiais

Em entrevista ao Programa Sentinela, levado ao ar de segunda a sexta-feira, às 6h, pela Rádio JM 730kHz, o comandante do 4º BPM Waldimir Soares Ferreira, disse que a PM vem desencadeando operações, principalmente nas quintas e sextas-feiras, na tentativa de coibir ações de marginais: “As estatísticas mostram que são nestes dias que infratores contumazes nas práticas criminais, useiros e vezeiros do sistema penitenciário, saem para as práticas criminosas”. De quinta para sexta-feira (30), 31 pessoas foram presas, sendo sete por mandados de prisões que estavam em aberto.

Mudança de cultura

O tenente coronel também diz que, “Espera uma revisão no Código Penal, nas Políticas Criminais e principalmente nas áreas sociais”. E ressalta: “Só o endurecimento das penas não vai resolver. É necessário investimentos pesados na área da Segurança, Saúde e Educação”. Para o oficial da PM existe também a necessidade de mudança de cultura do brasileir “Muitos se acham cidadãos de bem porque não cometem crimes, mas são useiros e vezeiros em desrespeitar, por exemplo, regras de trânsito, como estacionar em fila dupla, parar em cima de calçadas e etc.”.

Andorinha solitária

O comandante do 4º BPM fala da falta de parcerias: “No dia 11próximo será realizada a formatura do Proerd de 1.500 alunos que foram preparados para resistir ao uso de drogas. Sempre temos dificuldade de encontrar parceiros. Apesar de sermos andorinhas solitárias, que não faz verão, mas fazemos a nossa parte”. E conclui: “Sabe-se que o governo federal disponibilizou R$ 4 bilhões para o programa ‘Crack é possível vencer’, mas somente R$ 380 milhões foram empregados em todo o País”. Uberaba não está entre as cidades que recebeu parte dos R$ 4 bilhões.

Morte precoce

A Polícia Militar tem pistas de autoria do latrocínio tentado (objetivo era roubar e acabou matando sem levar nada), onde foi vítima a comerciante Rosângela Maria Matias Monte, 48 anos, esposa do também comerciante Antônio Carlos Monte, o “Tonho”. O crime aconteceu na madrugada de sexta-feira (30). O exame de necropsia no corpo da vítima levou cerca de duas horas e o médico legista no plantão, apesar do empenho, não conseguiu localizar o projétil, possivelmente alojado em uma das vértebras cervicais.

Estupidamente covarde

Ao contrário do que alguns acreditam e propagam, não houve reação tanto da Rosângela como também de seu marido. O marginal atirou sem o menor motivo. Foi estupidamente covarde. Quando o “Tonho” virou para atender o chamado de sua esposa, ouviu o disparo e presenciou a sua companheira cair já morta. Em seguida, segundo vizinhos e policiais, o “Tonho” abraçou sua esposa no chão da garagem de sua casa e chorava muito e não soltava o corpo. Uma cena que jamais será esquecida por quem presenciou.

Coincidência?

A coluna lembra que em 27 de dezembro de 2011, aos 0h50, na rua Silon, mesmo local onde foi morta a comerciante Rosângela, seu marido “Tonho” foi abordado e assaltado enquanto fechava o portão de casa. Exatamente como aconteceu na sexta-feira. Um homem de jaqueta preta, de capacete e armado de revólver ordenou que entregasse o dinheiro, sendo roubada a quantia de R$ 350. “Tonho” não reagiu e entregou todo o dinheiro ao ladrão. Pode ser coincidência, mas também pode não ser.

Golpe do carro com defeito

Na manhã de ontem, a dona de casa M.A.A.,40 anos, residente rua Rosa Manzan, no bairro Fabrício, caiu na lábia de golpista que se passou por um sobrinho pedindo ajuda financeira devido a problemas no carro. O golpista conseguiu convencer a dona de casa comprar R$ 650 em créditos para dois telefones celulares com DDD 062(Goiás). Ela só desconfiou se tratar de golpe depois que vigarista ligou pedindo mais créditos. Só aí teve a ideia de ligar para o sobrinho que estava em casa, tranquilo, tranquilo.

Doença venérea

Na madrugada de ontem, o motorista A.P., 41 anos, estacionou seu caminhão no pátio de um posto de combustível na Vila São Cristovão. Ele disse que ia dormir, mas antes resolveu dar uma “voltinha” pela região (onde prostitutas e travestis fazem ponto). Pouco tempo depois acionou a Polícia Militar para informar que foi assaltado por uma mulher e dois homens. Levaram R$ 3,5 mil. Dica para motorista: procure por urologista, pois os “ladrões” podem ter deixado uma dolorosa lembrançinha.

Assassinado com linha de cerol

Com a morte, na noite de sábado, do vendedor Bruno Alves Ferreira, de 20 anos, que teve o pescoço cortado por linha de cerol, Uberaba registra seu 29º homicídio. No entanto, também foram registrados um latrocínio e um latrocínio tentado, totalizando assim, 31 assassinatos. A morte do vendedor deve ser considerada homicídio e esperamos que a Polícia Civil trate como tal, afinal todos sabem que linhas de cerol cortam e matam. Este é o segundo caso em Uberaba que termina em morte. Até quando?

Assalto com hora marcada

Nas últimas horas foram registrados mais quatro assaltos a ônibus que fazem o transporte coletivo urbano em Uberaba. O caso requer uma atenção especial das polícias Civil e Militar, até porque vem se mostrando atípico e no mínimo estranho. Os assaltantes têm hora, local e data para assaltar. São mais pontuais que os próprios ônibus. E nem assim são presos. Daqui a pouco os ladrões vão reclamar do atraso dos coletivos, afinal estão atrasando os assaltos. Pelo menos os assaltos acontecem na hora certa.

Brincando de assaltar

Dos quatro assaltos, dois chamaram minha atenção. No sábado, às 11h30, o motorista A.C., 28 anos, dirigia o ônibus da Líder que faz a linha Jardim Alvorada/Maracanã, foi assaltado na rua Joaquim Tomaz Silva. No domingo, o motorista N.T.M., 45, dirigia o ônibus da mesma empresa e linha, foi assaltado no mesmo horário e local do roubo registrado no dia anterior. E pelo mesmo autor. Os assaltantes não estão brincando de gato e rato, mas não duvido que estejam dando gargalhadas à custa das polícias.