O DHPP de São Paulo descartou a possibilidade de que alguém tenha entrado no apartamento da uberabense e ex-modelo Dalliene de Cássia Brito Pereira (Foto/Reprodução)
Descartada a possibilidade
O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado de São Paulo descartou a possibilidade de que alguém tenha entrado no apartamento da uberabense e ex-modelo Dalliene de Cássia Brito Pereira, de 21 anos, antes de ela ser encontrada morta pela amiga com quem dividia o aluguel no local, no último dia 1º, no bairro de Santo Amaro, na zona sul de São Paulo. As circunstâncias em que o corpo da ex-modelo foi encontrado levantaram suspeitas de que ela poderia ter sido vítima de violência sexual e, em seguida, assassinada.
Pedidos de ajuda abafados
Antes de ser encontrada já sem vida sobre sua cama, nua, com um travesseiro sobre o rosto, vizinhos afirmaram ter ouvido a ex-modelo pedir ajuda, com a voz "abafada". Um destes vizinhos chegou a gravar, mas não acionou a polícia. Eles também relataram que a cama rangeu por cerca de 20 minutos. A análise da cena da morte, no entanto, fez com que a polícia descartasse, por ora, a suspeita de estupro no apartamento. Até o momento, as investigações indicam que ninguém entrou no local. Quando a ex-modelo foi encontrada, ela usava um roupão vinho escuro, que estava aberto, deixando seu corpo à mostra. Dois curativos também podem ser vistos na parte de baixo dos seios, por causa de uma cirurgia recente.
Uso incessante do celular
Conforme o DHPP paulista, após retirarem o travesseiro azul-marinho que estava sobre a cabeça dela, foi possível ver sua face coberta por cabelo, quase “grudados” à pele. Há a suspeita de que ela possa ter vomitado, provocando a aderência dos fios ao rosto. Ao lado do corpo, estava o celular. No dia de sua morte, imagens de câmeras de monitoramento mostram Dalliene enviando e recebendo mensagens sem parar pelo celular, tanto no momento em que chegou ao prédio, na noite do dia 30 de junho, como quando foi até um posto de combustíveis para comprar cigarros.
Policiais civis de São Paulo encontram uma nota de dólar enrolada de forma para facilitar o uso de cocaína no quarto da ex-modelo e uberabense (Foto/Divulgação)
Troca de mensagens
A Polícia Civil já sabe com quem a uberabense e ex-modelo Dalliene de Cássia Brito Pereira trocava mensagens e parte do teor dessas mensagens. Horas depois, na madrugada do dia 1º, ela foi encontrada morta, após a amiga de infância e também uberabense Brunna Ysabelle Gondim Faria, 22 anos, autorizar o arrombamento do apartamento. No corpo de Dalliene havia hematomas “ainda discretos” em ambos os punhos. Nenhuma outra lesão foi identificada nessa primeira avaliação. O apartamento de Dalliene estava desarrumado, mas isso, ainda de acordo com as investigações, não resultou de uma eventual briga. No local foram encontradas porções de maconha, cocaína e anfetamina. Brunna afirmou, em depoimento à polícia, que ambas faziam uso esporádico das drogas.
Também foram encontradas maconha e anfetamina no apartamento da ex-modelo uberabense, por isso não está descartada a possibilidade de overdose (Foto/Divulgação)
Ninguém no prédio
Após a oitiva do síndico e vistoria no circuito de câmeras do prédio onde a ex-modelo morava, foi descartada a suspeita de que alguém tenha entrado no apartamento. Pelo fato de o imóvel estar no 9º andar, a possibilidade de que tenham entrado pela janela é praticamente inexistente.
A espera de laudos toxicológico e sexológico
Os investigadores do DHPP de São Paulo ainda não descartaram a possibilidade de que Dalliene tenha sido assassinada. Ela pode ter sido vítima de envenenamento, segundo uma das linhas de investigação. Os investigadores aguardam o resultado de laudos toxicológico e sexológico para confirmar a causa da morte da ex-modelo. Além da suspeita de envenenamento, também é considerada a possibilidade de que a vítima possa ter morrido por overdose de drogas ou, ainda, por alguma complicação pós-operatória, pois havia passado por uma cirurgia de implante mamário.
O apartamento de Dalliene estava desarrumado, mas isso, ainda de acordo com as investigações, não resultou de uma eventual briga. No local foram encontradas porções de maconha, cocaína e anfetamina (Foto/Divulgação)
Sequestro, cárcere privado e roubo
Um motorista de 46 anos, que saiu de Descalvado (SP), foi sequestrado e mantido em cárcere privado durante o roubo de sua carreta na rodovia MG-427, quilômetro 50, região territorial de Conceição das Alagoas (MG). Ele tinha como destino o silo Tannous, à margem da mesma rodovia. Autores armados retiraram o rastreador da carreta e liberaram o motorista ainda na MG-427. As polícias da região foram informadas do roubo, mas até o fechamento desta matéria, ninguém havia sido preso, e o veículo e a carga não haviam sido recuperados.
Empresa de monitoramento
Segundo informações, a empresa que fazia o monitoramento da carreta através do GPS percebeu a mudança do trajeto quando já estava perto do destino final. A carreta passou a fazer sentido contrário, e o sinal do GPS foi perdido à margem da rodovia MG-427, na altura do quilômetro 36, próximo ao trevo que dá acesso ao clube Ubatã. Equipes da Polícia Militar foram para o local e não encontraram a carreta e nem o motorista, não configurando, até aquele momento, nenhum crime.
Motorista localizado
Já de madrugada, a Polícia Militar foi informada de que um homem estava à margem da rodovia MG-427, próximo ao quilômetro 36, pedindo ajuda. Os militares deslocaram-se para o local e desta vez localizaram o motorista que relatou ter sido vítima de sequestro, cárcere privado e roubo de sua carreta.
Parada de forma abrupta
O motorista disse aos policiais militares que transitava pela rodovia MG-427, sentido Planura (MG), quando próximo ao posto Garimpo, na altura do quilômetro 50, com a carreta ainda em movimento, o veículo começou a parar de forma abrupta, e quando o veículo parou, percebeu dois homens pendurados na cabine da carreta, um de cada lado, os quais abriram as portas, anunciaram o assalto e o renderam. Também disse que a parada brusca do veículo provavelmente foi provocada pelos assaltantes que desengataram a mangueira de freio da carreta, forçando a parada.
Assaltante armado
Ainda conforme o motorista, um dos assaltantes estava armado com um revólver, aparentando ser calibre 38. Ele é de pele preta, aparenta ter 35 anos, magro e trajava uma roupa escura sem maiores informações. O segundo indivíduo é magro e também trajava roupa escura sem maiores detalhes, aparentando ter uns 30 anos de idade.
Refém por quatro horas
Conforme o motorista, depois que o renderam, retornaram pela rodovia MG-427, sentido Uberaba, se esconderam em um canavial à margem da rodovia, próximo ao quilômetro 36, retiraram o rastreador do veículo e o mantiveram como refém por aproximadamente 4 horas, e após isso chegou um terceiro homem em um veículo que a vítima não conseguiu visualizar. Em seguida, os três homens fugiram levando a carreta e a abandonaram no local.
Suspeita de assédio moral e sexual
O investigador Celso Trindade de Andrade tirou licença da Polícia Civil de Minas Gerais para tratamento de saúde. Ele era colega de trabalho da escrivã Rafaela Drumond, encontrada morta em junho, e é apontado pela família dela como um dos responsáveis pelo assédio moral que ela sofria no ambiente de trabalho. Conforme Diário Oficial do Estado desta terça-feira (18), a licença foi concedida a partir de 4 de julho, com validade de 60 dias. Isso significa que Celso Trindade de Andrade fica fora da instituição até 2 de setembro.
Indução ao autoextermínio
Rafaela Drumond foi encontrada morta em Antônio Carlos, no Campo das Vertentes, em 9 de junho. Ela denunciou episódios de assédio moral e sexual no ambiente de trabalho em áudios e vídeos. Eles foram enviados a amigos e relatados a superiores. Os materiais estão sob posse da Polícia Civil, que investiga se houve indução ao suicídio. Um delegado de Polícia Civil também é investigado por assédio à escrivã.
Investigador investigado por suspeita de assedio moral e indução ao suicídio da escrivã de Policia Civil de Minas Gerais pede afastamento (Foto/Reprodução)