SENTINELA

Pouca gente sabe, mas informar existência de blitzes pelas redes sociais atenta contra a segurança pública e é crime

Carlos Paiva
Publicado em 16/07/2015 às 09:07Atualizado em 16/12/2022 às 23:15
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 Divulgação

Placa de sinalização na avenida Leopoldino de Oliveira, sentido centro-bairro, antes da rotatória que segue para o bairro Manoel Mendes, deixou motoristas e militares do trânsito confusos

Crime pelo WhatsApp

Quem informa a existência de blitz pelas redes sociais, principalmente pelo WhatsApp, é bandido ou se beneficia do crime ou de criminosos, de forma direta ou indiretamente. Essa é a conclusão a que cheguei depois de ouvir uma gravação, pelo WhatsApp, de uma mulher informando a existência de uma blitz da Polícia Militar na tarde ontem na avenida Edilson Lamartine Mendes. As blitze existem justamente para abordar e tirar de circulação de motoristas bêbados, pessoas portando ilegalmente armas de fogo, drogas, e traficantes, veículos em péssimo estado de conservação, motoristas e motociclistas sem habilitação ou veículo irregular ou roubado/furtado e marginais foragidos da Justiça. Só isso já bastaria como argumento para desmotivar pessoas que formaram “quadrilhas” para prestar um desserviço à sociedade, mas quero também frisar que qualquer um de nós, ou alguém de quem gostamos muito, pode ser vítima de um motorista bêbado, de uma pessoa com surto psicótico e armado e de veículos que, sem condições de transitar, podem provocar tragédias. Ao avisar de uma blitz, você pode estar informando um bandido em fuga e disposto a matar qualquer um que entre na sua frente, principalmente policiais no cumprimento de seus deveres. Vou mais além: você pode estar avisando da existência de blitz para um marginal em fuga e que acabou de estuprar sua mãe, filha, sobrinha, esposa ou que tenha assaltado em sua casa ou matado alguém da sua família. É claro que não desejo isso para ninguém, mas pode acontecer. E se tudo isso que argumentei não for suficiente para desmotivar os grupos formados no WhatsApp para informar localização de blitz, ainda tem a questão criminal. Alguns delegados, promotores de Justiça e juízes de Direito entendem que quem informa blitz pelas redes sociais está infringindo o artigo 265 do Código Penal: “Atentar contra a segurança ou o funcionamento de serviço de água, luz, força ou calor, ou qualquer outro de utilidade pública. Pena: reclusão, de um a cinco anos, e multa”. Lembre-se: Segurança Pública é dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos.

Ousadia

Cinco homens invadiram e assaltaram o posto de combustíveis Garimpo, localizado na MG-427, quilômetro 54, área territorial de Conceição das Alagoas. Um dos autores chegou e pediu água para beber e em seguida anunciou o assalto. Era a senha para que chegassem outros quatro assaltantes. Todos os cinco assaltantes estavam de “cara limpa” e armados. Eles abordaram e agrediram os dois frentistas, que foram levados ao escritório e cobertos com tapete.

Investigando

Os marginais demonstraram conhecer o posto de combustíveis Garimpo, pois levaram um maçarico e uma marreta e arrombaram dois cofres, roubando 20 mil em dinheiro e outros 20 mil em cartas-fretes. Também levaram cheques e notas. A ação durou cerca de 30 minutos. Suspeita-se que os marginais sejam de Uberaba, mas contaram com a participação de uma sexta pessoa, fornecendo informações privilegiadas do local. O roubo está sendo investigado pela equipe do delegado PC Cláudio Ondas.

Encarcerado

Está preso na cidade de Ituverava (SP) o mecânico Marco Antônio Evangelista, 41 anos, morador de Conceição das Alagoas (MG), que matou a tiros a ex-esposa Luciane Morais Magalhães, 31, no último dia 8. O corpo da mulher foi encontrado à margem da rodovia, próximo a Miguelópolis (SP). Familiares da vítima e do autor estão abalados. O casal era muito conhecido e querido na cidade. Um irmão do autor entregou as motos que estavam na oficina de Marco Antônio a seus donos, sendo o local fechado.

Confusa

No fim de semana passado a Polícia Militar, através da Patrulha de Trânsito (Patran), foi solicitada para fiscalizar estacionamento na avenida Leopoldino de Oliveira, sentido centro-bairro, antes da rotatória que segue para o bairro Manoel Mendes. Chegando ao local, os motoristas foram apenas orientados, pois os policiais militares optaram por usar o bom senso. A placa de carga e descarga existente no local é confusa e deixou até militares experientes sem entender. Agora é com a Settrans.

Acidente?

Assistente social no pronto-socorro do Hospital de Clínicas informou a polícia de que deu entrada naquele nosocômio uma criança de 4 meses de vida com hematoma em um dos olhos. O pai de 21 anos, morador do bairro Universitário, levou a criança e inicialmente relatou que um aparelho celular teria caído sobre o rosto dela e causado ferimento.

Descaso

Depois disse que a mãe (17 anos) saiu para fazer compras, deixando a menina com ele. Durante a higiene da criança, foi em busca de água para a banheira e, ao retornar, encontrou a mesma caída ao solo no quarto. Como estava muito ofegante, procurou por socorro. O jovem pai disse ter mentido por medo e desespero. O Conselho Tutelar vai acompanhar a família.

Desrespeito

Recentemente estive no Fórum Melo Viana e fiquei horrorizado com o microsshort usado por uma mulher que estava à espera de audiência para prestar seu testemunho. A Constituição Federal garante a todos o acesso à Justiça e de forma alguma pode ser limitado pelos trajes. Deve-se levar em consideração o princípio da isonomia “tratar desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades”. No entanto, devo observar que muitos vestem suas melhores roupas para ocasiões festivas e não se dão ao trabalho de se vestir no mínimo de forma decente ao recorrer ou até mesmo ao atender ao chamado da Justiça. É necessário ter bom senso e demonstrar respeito ao Poder Judiciário e a todos que trabalham como operários do Direito. Respeito é bom e cabe em qualquer lugar.

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