Alguns presos durante a operação “Impacto” pretendiam abrir empresa para
financiar resgate de veículos furtados/roubados
Operação integrada
Na terça-feira (28) as polícias Civil e Militar, com o indispensável apoio do Ministério Público e autorização da Justiça, foram às ruas e fizeram um arrastão. Ao todo, 22 pessoas foram tiradas de circulação (duas já estavam presas) na operação denominada “Impacto”. Além de ficar evidente a integração das instituições, também ficou claro que o SI (Serviço de Inteligência) das polícias funcionaram muito bem. É uma demonstração do que o chefe do 5º Departamento de Polícia Civil, Ramon Tadeu Bucci, vem dizend “Primeiro se investiga, juntam-se as provas e depois prende”. Eu sei que é difícil para as vítimas entenderem. Querem respostas imediatas. Mas nem sempre as respostas imediatas têm respaldo legal e são duradouras.
As brechas da lei
Para se ter uma ideia, o bandido está cada vez mais organizado e atualizado, inclusive ao que se refere à legislação. Tem marginal que consulta advogado para saber do “amparo legal” (brechas da lei) antes, durante e depois do crime. Tem bandido que só falta assinar a carteira do “profissional do Direito”, que acaba se prestando ao absurdo de dar consultoria aos criminosos para o cometimento do crime. Chega a orientar seus clientes sobre a melhor forma de cometer o crime, e assim, se forem presos, fica mais fácil defendê-los. Mas isso é uma minoria insignificante. A maioria absoluta dos advogados é honrada, honesta e, acima de tudo, ética.
Esquema criminoso
Mas, voltemos aos presos da operação “Impacto”. Todos que foram recolhidos ou que já estavam presos e os dois que ainda estão sendo procurados estão ligados, direta ou indiretamente, a diversos crimes, mas principalmente com furtos/roubos veículos e extorsão. Conforme uma fonte, Luiz Gustavo e Sylvester Rocha financiavam dinheiro aos comparsas e até para as vítimas, para que pudessem pagar pelo resgate dos seus próprios veículos que estavam em poder do bando. Em síntese: furtavam ou roubavam o veículo e se a vítima não tivesse o dinheiro para pagar o resgate, eles emprestavam os valores, claro, com juros extorsivos, e o veículo ainda continuava como garantia do financiamento. O crime já era um sucesso a ponto de falarem em dar “legalidade” e criar empresa.
Hierarquia
Os presos Luiz Gustavo e Sylvester Rocha pretendiam abrir uma empresa para conseguir empréstimos em instituições financeiras. Não queriam usar o caixa do crime. Os dois pretendiam fazer com que as vítimas de furtos e roubos de veículos pudessem fazer o financiamento do veículo e, assim, pagar pela extorsão, que chamam de resgate. Luiz Gustavo tinha outra funçã quando um carro era roubado ou furtado, ele ficava ouvindo a frequência da PM e dando orientações para fuga. E agora vem o que muitos já viram nos noticiários de rede nacional, mas não imaginam que aqui acontece a mesma coisa: o comando da quadrilha estava e está na cadeia. Os presos Willian Cesar, vulgo “Cafu”, Wesley Valadares Neves e Ivo Esmarildo Silva Oliveira, presos na penitenciária de Uberaba, estariam na coordenação do grupo através de telefones celulares.
Estrategistas
Os detentos André Henrique Ferreira, Sérgio Teodoro Borges Júnior, Matheus Pires Paiva dos Santos e os três menores apreendidos davam informações sobre eventuais e potenciais vítimas. Saíam pela cidade estudando as pessoas e mapeando os locais para ações do bando. Os crimes aconteciam com orientação dos “chefes” e apoio de outros integrantes. Já Wilson Batista Lima e dois irmãos menores de 18 anos também eram responsáveis pela guarda e fornecimento das armas. Os outros presos na operação estão ligados a diferentes crimes e, como já foi dito anteriormente, não fazem parte da mesma quadrilha, no entanto, alguns estão ligados a mais de uma quadrilha. Mas é assunto para outra coluna. Tem preso que o leitor vai ficar assustado em saber quem é e principalmente os crimes que cometia. E a Polícia Civil só começou. Tem bandido travestido de comerciante, cuja principal renda é a extorsão. E, como diz o chefe do 5º DEPPC, Ramon Tadeu: “Primeiro as provas, depois a cadeia”. Enquanto isso, tem muita gente ficando sem dormir.
O indigente
Tudo indica que a Polícia Civil de Araxá conseguiu identificar o corpo do homem que deu entrada no pronto-socorro da UFTM, com tiro na cabeça, no dia 5 de abril deste ano, vindo a falecer no dia 22 do mesmo mês. O Jornal da Manhã noticiou que o corpo ficou no IML de Uberaba por alguns dias e em maio foi enterrado como indigente. Já na cidade de Araxá, equipe do delegado regional Heli Geraldo de Araújo, o “Grilo”, conseguiu prender Jardel de Jesus Mota Pinho, que confessou ter efetuado disparo contra outro homem que tentou esfaqueá-lo. Depois de ver a fotografia do indigente enterrado em Uberaba, confirmou ser o homem que esfaqueou. Trata-se de André Lopes da Silva, 42 anos, vulgo “Baianinho da Carrocinha”. Ambos eram usuários de crack e teriam se desentendido na noite do crime devido a uma pedra da mesma droga. Jardel continua preso.
Alerta
O presidente da Cohagra, Wagner Nascimento Júnior, informa que não autoriza ninguém a negociar casas no bairro Pacaembu 2 ou qualquer outro lugar. Ocorre que o desocupado M.T.D.B., residente na avenida João XXIII, está sendo investigado por se dizer funcionário da Cohagra e estaria oferecendo casas com facilidades e pegando dinheiro das vítimas para providenciar documentação. O presidente informa ainda que tal pessoa não trabalha na instituição. A Cohagra não tem agentes para vender ou oferecer imóveis, gratuitos ou não. Se alguém for abordado com tais propostas, é para acionar o Centro de Operações da PM (Copom/190).
Fiscalização CRLV
Álvaro Felix, do Álvaro Despachante, novamente faz um alerta para os prazos finais de placas do documento de porte obrigatório, o chamado CRLV de 2013 dos veículos. A partir deste mês (junho) serão exigidos os CRLVs com placas finais 1 e 2; em julho, finais 3 e 4; em agosto, finais 5, 6 e 7, e em setembro, as placas com finais 8, 9 e 0. Álvaro Despachante, mais de 30 anos prestando bons serviços. Telefone: 3311-1500.
Aliciamento
Realmente é preciso que pais e mães fiquem atentos às conversas de seus filhos no computador. Um engenheiro, morador do bairro Olinda, flagrou, através de mensagens no computador e telefone, um homem tentando aliciar seu filho, um adolescente de 16 anos, para manter relação sexual. Os aparelhos serão entregues à Polícia Civil para investigação.