SENTINELA

Psicóloga de 33 anos acaba caindo no golpe do “Dom Ruan” e fica com prejuízo de cerca de R$ 10 mil

Carlos Paiva
Publicado em 02/07/2015 às 09:05Atualizado em 16/12/2022 às 23:28
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 Abuso de autoridade

Na semana passada, durante cobertura do duplo homicídio no bairro Universitário, tive meu sagrado direito de exercer meu trabalho cerceado por uma oficial da Polícia Militar, um autêntico flagrante de abuso de autoridade, desrespeito à Constituição Federal e tratados internacionais com força de lei no Brasil. Uma demonstração de total despreparo e atitude nem um pouco digna da nossa Polícia Militar, muito menos de uma oficial. Mesmo uniformizado e devidamente identificado com crachá da Rádio JM e Jornal da Manhã, a senhora oficial chegou a entrar na frente para impedir que fossem feitas imagens e ameaçou prender porque eu estava fazendo meu trabalho. A situação fica ainda mais estranha quando sabemos que no momento que cheguei ao local, por volta das 3h30, fotos e filmagens dos mortos já circulavam nas redes sociais. Ela não impediu que ninguém fizesse imagens, mesmo porque não daria conta. E mesmo que tivesse tentado impedir seria um vergonhoso e repugnante abuso de autoridade, exatamente como aconteceu no meu caso. A oficial sabe, mas ignorou por motivos que desconheço, mas suspeito, de que a responsabilidade de imagens publicadas nas redes sociais ou órgãos de comunicação é do autor e não cabe à Polícia Militar fiscalizar e muito menos cercear ou ameaçar prender quem quer que seja. É uma pena que uma única pessoa (oficial feminina) tenha agido desta maneira tão repulsiva e covarde que nos leva a recordar da sangrenta ditadura, mas de forma alguma deve manchar a ótima imagem da Polícia Militar e seus integrantes que na sua maioria absoluta é de homens e mulheres que fazem da nossa segurança seu sacerdócio. E de qualquer forma fiz meu trabalho e honrei meu compromisso com a profissão, com leitores do Jornal da Manhã e ouvintes da Rádio JM. Eu nunca medi esforços para cumprir com meu dever e não vai ser agora, depois de tantos anos de profissão, que vou deixar que detalhes pequenos e insignificantes atrapalhem meu desempenho profissional. Não pude fazer fotos, mas recebi dezenas de imagens de ouvintes e leitores. Imagens até melhores das que fui impedido de fazer.

Liberdade de expressão

A Constituição Federal assegura a liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sem qualquer censura ou licença (artigo 5º, IX). Trata-se de um direito fundamental. A liberdade de expressão e informação advém da livre manifestação do pensamento (CF, artigo 5º, IV). Esta, por si só, teria pouca importância se não estivesse diretamente relacionada à possibilidade de uma pessoa expressar, de manifestar, concretamente, suas ideias. O inciso XIV do artigo 5º de nossa Lei Maior assegura a todos o acesso à informação e protege o sigilo da fonte, quando indispensável ao exercício profissional. A Carta Constitucional, ao tratar da comunicação social nos artigos 220/224, reforça ainda mais a liberdade de expressão, ao estabelecer, no artigo 220 o que segue: “A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição”. Depreende-se do texto constitucional que a liberdade de expressão e de informação é um direito fundamental, sendo facultada a qualquer pessoa a livre manifestação do pensamento, opiniões e ideias, por intermédios de escritos, imagem, palavra ou qualquer outro meio, assim como o direito de informar ou receber informações. Nas sociedades democráticas essa garantia tem sido constante, visto que inexiste democracia sem a liberdade de expressão e informação.

Furto na URS

Ladrões não estão perdoando absolutamente nada. Furtaram a cadeira de rodas da Unidade Regional de Saúde Lineu José Miziara, na Vila São Cristóvão. A auxiliar de gerente M.O.B., 27 anos, relatou que a cadeira de rodas estava sem número de patrimônio. A Polícia Civil deve ser informada do crime e instaurar inquérito policial. Tá difícil!!!

Assédio moral na UPA

Uma auxiliar de farmácia registrou queixa na polícia contra um médico de uma das UPAs em Uberaba. Segundo a mulher, que também presta serviços na mesma unidade, o médico estaria lhe insultando com termos raciais com “pretinha nervosa” ou “neguinha burra”. Ela também garante que vem sendo humilhada constantemente perante os colegas.

O golpe do “Dom Ruan”

Uma psicóloga de 33 anos acabou caindo no golpe do “Dom Ruan” e ficou com um prejuízo de cerca de R$ 10 mil. Através de uma amiga conheceu um homem que dizia ser “Doutor Fernando Alvarenga”, médico em Londres. E em menos de um mês deram início a um relacionamento. O tal “médico” chegou a lhe oferecer um carro Honda Civic de presente. Na semana passada ao deslocarem até a revenda, o “médico” disse que seu cartão não passaria um valor tão alto, pois pagaria os R$ 60 mil à vista. Então foram até uma Lan House para fazer uma transferência bancária. Depois de supostamente ter feito, o golpista disse que o cartão estava bloqueado devido à transação financeira que foi alta demais. Foi aí que resolveu pedir os cartões de crédito da “amada” emprestados. Depois de gastar os cartões da psicóloga, ainda comprou um IPhone na Casas Bahia e no nome dela. Agora, nem com reza brava o “doutor” atende a psicóloga. Quanto à transferência do dinheiro para a compra do carro, até hoje a concessionária está esperando. Quando a esmola é demais, o santo tem que desconfiar.

Menores investigadores

Dois adolescentes de 15 e 16 anos foram vítimas de roubo de celular no bairro Olinda. O garoto de 16 anos foi agredido com golpes de coronhada na cabeça ao se negar entregar o aparelho, mas acabou cedendo. Como as vítimas são “antenadas” e entendem bem do mundo virtual, passaram a investigar na internet e encontraram o assaltante. Na foto, no perfil do Facebook, o ladrão aparece usando a mesma roupa que usou no assalto. Os adolescentes estão monitorando o ladrão que pode ter feito dezenas de vítimas. Agora é com a Polícia Civil.

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