SENTINELA

Tensão prisional

Execução de agente penitenciária faz colegas redobrarem as atenções

Carlos Paiva
Publicado em 18/08/2015 às 09:58Atualizado em 16/12/2022 às 22:44
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 Carta afirma que um dos diretores da penitenciária de Uberaba sabia de ameaças contra agentes penitenciários e não fez nada

Clima tenso

A tensão vem tomando conta do sistema prisional em Minas Gerais. Depois da execução cruel e covarde da agente penitenciária Vivian Cristina Medeiros, 37 anos, ocorrido em 31 de julho passado, agentes penitenciários estão trabalhando com as atenções redobradas e preparados para o pior. Na noite de domingo (16), o agente penitenciário Edson Ferreira, 49 anos, foi morto com sete tiros logo após deixar o presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia. Ainda não se sabe se as mortes possuem ligação, mas pelo sim e pelo não, as atenções estão sendo redobradas em todas as penitenciárias e presídios de Minas Gerais.

Ameaças

Já na tarde de domingo em Uberaba, uma agente penitenciária foi ameaçada de morte por dois homens em uma motocicleta. Os autores a seguiram desde que saiu da agência da CEF na Prudente de Morais e fizeram a abordagem na rua Campos Sales, bairro Abadia. Segundo a agente, o recado foi o seguinte: “A próxima a morrer vai ser você, vagabunda...”. O garupa da motocicleta ainda deu uma forte gargalhada. Os dois fugiram em alta velocidade e não foram presos.

Denúncia

Enquanto isso, outro agente penitenciário recebeu em sua casa, no bairro São Benedito, uma carta. Nela, o autor faz várias observações sobre o que vem ocorrendo dentro da penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba. No texto, há reclamações de regalias para alguns presos, para alguns profissionais da Saúde que prestam serviços no local, dentre outras. A mesma carta cita que um dos diretores da penitenciária de Uberaba sabia que agentes penitenciários corriam risco de morte (morte da agente Vivian Cristina Medeiros) e não avisou pra ninguém.

Morte anunciada?

Ainda segundo a carta encaminhada a um agente penitenciário, e que fez questão de registrar o fato em documento público, um diretor da penitenciária de Uberaba depois de saber da possibilidade de ataques a agentes passou a ser escoltado pela PM. Logo em seguida, se afastou e sequer avisou aos colegas da possibilidade de mortes. Como tais fatos agora foram registrados, a Polícia Civil deve apurar junto à morte da agente penitenciária Vivian Cristina Medeiros, possíveis omissões e até mesmo prevaricação. Procurado pela coluna, o diretor-geral da penitenciária de Uberaba, Itamar da Silva Rodrigues Júnior, disse que: “Não teve acesso ao conteúdo da carta, assim sendo não pode externar opinião”.

O “oxi” ou "óxido"

Chega a Uberaba uma droga com o poder de destruição 10 vezes pior que o crack e vem sendo vendida como se fosse o crack. Refiro-me ao "óxido" ou "oxi", droga obtida da mistura da pasta base de cocaína com querosene, gasolina, cal virgem ou solvente usado em construções. O entorpecente vem sendo fabricado em grande escala no Paraguai e um quilo da droga pode custar até R$ 60 mil e depois de fracionada e vendida a pedra a R$ 10, o que gera um lucro absurdo à custa da desgraça de muitas famílias.

Paranoia e morte

A "óxido" é geralmente consumida numa mistura com o cigarro comum ou com o cigarro de maconha, ou ainda fumada em cachimbos de fabricação caseira, como o crack. O nome “oxi”, uma abreviação de "óxido" ou "oxidado", vem do fato da droga liberar uma fumaça escura ao ser usada, deixando resíduo marrom. A droga age no sistema nervoso, dando sensações variadas que dependem das características do usuário, podendo proporcionar desde prazer e alívio até angústia e paranoia e, claro, a morte.

Sucesso cultural

Foi um sucesso o “Poezine-se”, projeto sazonal para disseminar as expressões, ocorrido no sábado (15), no espaço cultural “La Escuta”. Foram mais de 40 textos de autores diversos que souberam como poucos expressar no papel seus sentimentos. Verdadeiros artistas que optaram pelo anonimato. Um dos destaques foi o lançamento do 2º volume com poemas de Jamila Costa. Com texto poético, mas sem perder o dom do português coloquial. O evento foi prestigiado por dezenas de amantes da boa leitura.

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Morte misteriosa

O pedreiro R.S.T., 31 anos, conta que seu irmão Rogério dos Santos Teixeira, 35, trabalhava em uma mineradora na AMG-2595 e sofreu uma lesão em um dos dedos das mãos, porém o trabalhador deu entrada na UPA São Benedito com fratura em três lugares na perna. Para ficar ainda mais complicada a situação, o trabalhador morreu e o atestado de óbito ficou como causa natural. Para o pedreiro, alguns médicos disseram que seu irmão morreu depois que um coágulo sanguíneo subiu da perna fraturada para o coração causando a morte. Ainda conforme o pedreiro, o irmão não recebeu sequer a assistência da empresa mineradora nem mesmo no funeral. Agora ele corre atrás para saber a real causa da morte de seu irmão.

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