Colaboração Alexandre Cury
Após os meses de confinamento, os chineses já saíram às ruas e praticaram o chamado “revenge buying”, como uma forma de celebração ou compensação pelas severas restrições sofridas, incluindo o comércio de luxo. Transportando essa realidade aqui para os trópicos, queremos saber:
Qual o rastro de destruição que a doença vai causar na economia brasileira? Será que vamos precisar de um plano de estímulo mais agressivo?
Confira o que os entrevistados responderam.
Lara Reis Nabut, Economista e assessora de investimentos na BlueTrade Invest
“O que temos pela frente é um cenário incerto, não sabemos como será a retomada da economia. Alguns especialistas acreditam em uma recuperação mais lenta, após forte queda das atividades no país, e outros acreditam em um crescimento mais acelerado, considerando que no aspecto macroeconômico, o Brasil estava em condições melhores do que em crises anteriores. Seja qual for o consenso, o que vemos com a crise é o aumento do desemprego, perdas relevantes de renda pelas famílias, perda de produtividade, diminuição do caixa das empresas, e um agravamento no quadro econômico. O País sairá da crise mais endividado e com gastos maiores nas áreas de saúde e assistência social. De acordo com alguns economistas, as ações do governo e do Banco Central são abrangentes, mas não temos base de comparação histórica para saber se as medidas terão sucesso. Reformas deverão ser feitas, mais cortes de gastos ou aumento na carga tributária, e isso deixa uma conta alta, conta que todos teremos que pagar. Na quarta-feira, dia 22/04, o Governo Federal lançou o Programa Pró-Brasil, cujo objetivo é gerar emprego e recuperar a infraestrutura do país em resposta aos impactos trazidos pelo combate ao coronavírus. O projeto terá duas vertentes: Ordem e Progresso. Na parte de Ordem, ações voltadas para investimentos privados, segurança jurídica e produtividade, melhoria do ambiente de negócios e mitigação do impacto socioeconômico, e na frente Progresso, a previsão é de investimentos em obras públicas, como transporte, logística, energia, mineração, telecomunicações, desenvolvimento regional em cidades e também parcerias com o setor privado.
Enfim, estamos falando de um vírus que virou o mundo de ponta a cabeça, agora o que não podemos ter é um descontrole da pandemia. O Brasil tem um desafio enorme pela frente, tem que fazer voltar as atividades, tem que preservar vidas e manter um sistema de saúde que comporte a doença.
Vamos acreditar e trabalhar para que tenhamos dias melhores!”
Fontes: Valor econômico, revista Exame
Anderson de Melo Cadima – Empresário e Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Uberaba - ACIU
“Economistas do mundo todo, não só do Brasil, têm tentado prever os desdobramentos econômicos que a pandemia deixará após o seu ciclo. Os governos, federal e estaduais têm elaborado alternativas ou mesmo alterado suas políticas econômicas a fim de que sejam minimizados os estragos que serão herdados após tudo isso. Mas como líder classista, o que enxergo é um cenário com muitas empresas fechadas. Há alguns dias vemos cômodos comerciais sendo desocupados, empresários mudando seus modelos de negócio, enfim, ainda não conseguimos saber exatamente qual o tamanho do estrago, pois ainda estamos navegando neste mar de ondas turbulentas. O lado negativo já sabemos: aumento do desemprego, recessão econômica e etc. Mesmo com as medidas de adiamento de recolhimento de tributos e os benefícios liberados à população, que visam conter os impactos imediatos da crise, ainda não será suficiente. O que nos resta é continuarmos trabalhando, dentro das possibilidades, é claro, e tendo positividade e esperança, de que logo tudo isso passará.”
Elisa Araújo – Empresária e Presidente da FIEMG Regional Vale do Rio Grande
“Os impactos da Covid-19 na economia serão devastadores, muitas empresas estavam se reerguendo, sem capital de giro, sem reservas, outras começavam a investir acreditando que o cenário estava crescendo. O mais importante é enxergar essa crise de um prisma positivo. Mudar o pensamento e a forma de administrar serão fundamentais para encontrar as melhores soluções para o seu negócio. Naturalmente, após a crise, teremos um consumo reprimido de alguns itens, mas, em geral, a tendência é que as pessoas sejam mais cautelosas nas compras daqui para frente. Com o poder de compra reduzido, a relação custo-benefício será muito avaliada. A empresa que se comunicar com mercado dentro dessa vertente tende a ganhar mais credibilidade e conquistar mais consumidores. Nunca podemos nos esquecer que a realidade da China não é a mesma do Brasil. Temos muitas particularidades aqui.”
Dr. Wilson Adriano Abrão Borges – Médico e Presidente da Unimed Uberaba
“Agradeço o convite. Virgínia é um ícone de comunicação motivadora, positiva, transparente e ética. Parabéns a você e sua equipe pelo importante trabalho. Em relação às suas perguntas, é importante considerar que uma pandemia gera impactos difíceis de mensurar, em sua totalidade mundial, porque envolve questões ambientais, econômicas e humanas. Mas, os desafios podem ser vistos como oportunidades. As pessoas têm potenciais, há muito talento e determinação para superar. O futuro, que começa a ser construído hoje, pede a todos responsabilidade, empenho no cumprimento das obrigações, concentração de recursos e habilidades para o enfrentamento do adoecimento populacional. Na Unimed Uberaba, somos centenas de trabalhadores com o propósito de promover a saúde. Criamos frentes de atendimento, investimos em equipamentos modernos, foram significativos os aportes em tecnologia de ponta, reformamos estruturas ambulatoriais, clínicas e hospitalares. União, trabalho, ciência e gratidão são palavras do nosso cotidiano. Temos uma missão sagrada e devemos nos prover de saber, humildade e fé inabalável para cuidarmos das pessoas. É um momento que pede empatia, força e coragem. As soluções devem ser integradas. A coordenação dos esforços contribuirá para a preservação dos recursos naturais, tecnológicos, econômicos e humanos. O plano de motivação mais arrojado para o agora é nos conscientizarmos dos nossos papéis na guerra contra a doença. Não há paz na perda. Todos podemos ganhar. Quem deve perder é o Coronavírus. Portanto, a vitória é possível com a participação de todos. Cada um cumprindo com justiça, equidade e competência o sagrado dever de salvar. Com saúde, ao lado de pessoas amadas, de uma sociedade voltada para o bem, renasceremos. A vida é mais importante.”
Evacira Coraspe - Jornalista e Administradora
“Não sou profissional da área de economia, portanto não apta para análise criteriosa do cenário pós pandemia. Como cidadã alerta, teço algumas observações atreladas às mudanças de comportamento individual. Me lembro de uma lição que aprendi quando cursei administraçã Se quer entender como funciona o mundo parta da sua própria casa. Essa pandemia pelo coronavírus de certa forma nos fechou em nosso santuário e nos levou a renovar atitudes. Como na minha família, creio que milhares de outras fizeram tarefas antes terceirizadas. O ato da própria pessoa retirar o lixo pra fora, lavar o banheiro, passar e guardar as roupas, lavar louça, manter os ambientes limpos e em ordem, fazer lista de compra bem enxuta, olhar com atenção a conta de luz, água, telefone, significa avaliar o real custo-benefício e o desperdício. Aos poucos aumentam-se os adeptos de ações conscientes como a Lei da Situação impõe. Num período de 30 dias notei que as lixeiras dos meus vizinhos, como o minha, estavam mais vazias. Ao contrário do início do isolamento social, onde o expurgo foi alto. Isso é sinal de economia doméstica. O meio ambiente também agradece. Não digo que haverá falência generalizada e também não fecho os olhos para as vindouras e graves dificuldades financeiras de muitas empresas e instituições. Muitas não se reerguerão, infelizmente. Outras sobreviverão em caminhos empreendedores. Observo que alguns segmentos da economia foram privilegiados nessa época. Só vou citar um exempl A generosidade humana fomentou o comércio de atacadistas com itens para cestas básicas. Naturalmente estou falando de gêneros de primeira necessidade. O coronavírus ensinou que podemos viver com menos. Quem aprendeu a lição vai enfrentar melhor. Claro, que o comércio de luxo, o entretenimento, o turismo, serão altamente prejudicados por um bom tempo. Mesmo os que dispõem de dinheiro sentirão inseguros para grandes investimentos. Vamos precisar de objetivos mais claros dos poderes públicos, que direcionam e fiscalizam a legislação do setor. Precisaremos que a carga tributária brasileira, tão desenhada por muitos, seja realmente diminuída. O que não pode é permitir que oportunistas se beneficiem ilegalmente e imoralmente dessa situação catastrófica. Que o dinheiro público, seja gasto com justiça e honestidade. Eu creio que medidas aparentemente simples possam trazer bons resultados com a participação coletiva dos brasileiros. Fato é que todos pagaremos um tributo pela pandemia.”
Milton Carvalho de Castro Júnior – Advogado e Investidor
“O Brasil ainda se recupera de grave crise econômica de anos anteriores. A chegada do CORONAVÍRUS, causará sim enorme estrago em nossa combalida economia, o isolamento social, o fechamento do comércio e a interrupção das cadeias produtivas, é sem dúvida uma combinação perversa que implicará em queda no setor de serviço e varejo, gerando aumento do desemprego e diminuição na produção industrial, mas por hora, é difícil mensurar o tamanho da recessão, pois o efeito do vírus ainda está em curso e seus desdobramentos não estão totalmente claros, a única certeza que temos nesse momento é de anos difíceis pela frente.
Sem dúvida vamos precisar de um plano de estímulo. É necessário que o governo seja a mola propulsora nesse momento de grave crise econômica, promovendo políticas de transferência de renda e de apoio à população e às empresas, adotando medidas visando a manutenção do emprego e da renda, concessão de empréstimos de longo prazo e juros mais baixos. Além dessas medidas é necessário ampliar o investimento em infraestrutura, pois ela gera efeitos em vários setores da economia.”
Mônica Hial Abreu – Empresária do segmento de moda
“Eu acredito que o rastro vai ser grande!! Estamos vendendo um pouco todos os dias, mas o desemprego vai ser grande e vai permanecer no mercado quem está mais estruturado, quem está mais capitalizado, em qualquer crise é assim. Quanto ao Revenge Buying, na China eles tem muito mais dinheiro, eles são muito mais consumistas, então eles voltaram a comprar muito rápido, eu acredito que o resto do mundo vai demorar pra voltar! Na minha entrevista com o Bruno Astuto ( refere-se a uma entrevista pelo Instagran @monicahial), falamos sobre isso, baseado em histórias de outras pandemias, sempre tem o Revenge Buying, mas demora até o pessoal se reerguer, acredito que vai demorar uns 4 anos para as pessoas voltaram a comprar, por enquanto o pessoal vai comprar somente o necessário!”
Bem-vindo Arthur
Em meio a pandemia, notícias boas enchem nosso coração de alegria!!! Uma delas é o nascimento do pequeno Arthur !!! Ele é filho do lindo e jovem casal Fernanda Almeida Tahan Guimarães e Paulo Marcos Guimarães. Arthur vem para alegrar a família e seu irmãozinho João Antônio. Os avós e as bisavós estão transbordando de alegria. Seja Bem-vindo Arthur!!!
Arthur com a mãe Fernanda
A espera de Luiza
Afilhados queridos, Camila e Luiz Pessoa Vicente Neto, esperam ansiosos a chegada de Luiza, prevista para Maio, a primeira filha do jovem casal. Que Deus abençoe a família de vocês e a pequena Luiza, que já é muito amada por nós.
O querido casal Camila e Luiz
REFLEXÃO DA SEMANA
"Eu não sei qual é o motivo dessa supervalorização da racionalidade. Os pássaros só são livres porque podem voar. A liberdade é, justamente, a incapacidade de se perceber as limitações." - Frida Kahlo