O deputado federal Lincoln Portela (PR-MG) conseguiu
O deputado federal Lincoln Portela (PR-MG) conseguiu aprovar no Congresso a Lei 12.031, em 21/09/2009 (sancionada por José Alencar, presidente em exercício), que torna obrigatória a execução do Hino Nacional e o hasteamento da Bandeira Nacional em escolas de ensino público e privado do ensino fundamental, pelo menos uma vez por semana. A Lei surgiu como passo inicial e fundamental para a formação de cidadãos conscientes. Seria desejável que fosse colocada em prática.
O Hino Nacional, composto por Francisco Manuel da Silva, tem letra de Joaquim Osório Duque Estrada. O texto, em estilo parnasiano, tem linguagem rebuscada, metáforas e inversões sintáticas que dificultam a compreensão de sua mensagem. Mas o estudo da letra e da melodia, e sua execução periódica nas escolas poderiam tornar toda a beleza (de letra e música) do Hino Nacional acessível aos brasileiros desde cedo.
Em certos jogos de futebol, quando o Hino Nacional é executado em estádios, nem sempre tem recebido o devido respeito por parte de alguns torcedores. E percebe-se que, às vezes, jogadores não se arriscam a cantar certos trechos do Hino. Em compensação, já aconteceu de uma banda tocar, como de costume, só uma parte do Hino, mas os torcedores se empolgarem, cantando-o, em coro, espontaneamente, até o final. Também houve um jogo no Nordeste antes do qual o Hino foi executado em acordeon por um garotinho. E outros jogos antes dos quais o Hino foi executado por uma orquestra sanfônica (isto é, composta por músicos com suas sanfonas). Inesquecíveis momentos de civismo.
Dentre outras escolas, quem estudou, em Uberaba, no Grupo Escolar Brasil, teve oportunidade de, uma vez por semana, participar da reunião semanal em que professores, funcionários e alunos de todas as turmas cantavam, no pátio, o Hino Nacional, enquanto era hasteada a Bandeira. Terminada a cerimônia, em tempos mais remotos, os alunos iam para suas salas de aula, onde aguardavam de pé, ao lado da carteira, a entrada da professora, numa atitude de respeito. E era ela quem os mandava se sentarem. A impressão que fica é que educação e patriotismo se faziam presentes no cotidiano de forma natural. Hoje, para que o Hino seja cantado e a Bandeira hasteada, só com Lei especial!
Obviamente, civismo não se resume em saber cantar ou interpretar um hino. Os recentes protestos legítimos do povo nas ruas mostraram o quanto o brasileiro é patriota: ama seu país, acredita nele e luta por ele. Patriotismo não pode entrar em férias; deve ser cultivado rotineiramente, para que a cidadania seja exercida em plenitude. A Pátria agradece.