Tenho sido constantemente estimulada, por meio de meus estudos logosóficos, a entrar em contato com novos conceitos
Tenho sido constantemente estimulada, por meio de meus estudos logosóficos, a entrar em contato com novos conceitos, que não me foram apresentados anteriormente nos estudos comuns.
Um deles é o denominado senso de colocação, que nos leva a refletir sobre como nos colocamos em nossas vidas familiar, profissional, social e espiritual, ampliando assim o termo “colocação”, que normalmente é utilizado no sentido de se estar empregado.
É muito comum convivermos com pessoas que estão mal colocadas diante da vida. Entendo como tal um constante estado de ansiedade, desânimo e desorientação. Esquecem-se ou desconhecem que o homem tem sido muito valente e que cada um de nós possui uma grande capacidade de resistir às adversidades.
Basta olhar para a História dos grandes homens e veremos que, dentre aqueles que fizeram ou fazem a diferença, poucos nasceram e cresceram em condições ideais. Ao contrário, criaram grandes ideais e os alcançaram porque caminharam com bom ânimo e colocaram sua própria vontade a serviço dos objetivos que perseguiram.
Tais homens concretizaram seus projetos porque desenvolveram a arte de dominar a mente fortalecendo seus bons pensamentos e eliminando combativamente aqueles que entristecem, enfraquecem, agitam e enchem a mente de falsos temores. Juntamente com isso aprenderam a tirar lições do passado e a utilizar o presente como uma oportunidade para fixarem normas e nortes para o seu futuro.
Não perderam tempo e energia pensando em futuros sombrios e ameaçadores. Sabiam que todos nós morremos – de forma trágica ou não – e, quando em situação de adversidade, souberam fazer bom uso da capacidade de resistir que talvez nem se sabiam possuidores.
Resta-nos, ao compreendermos verdadeiramente o senso de colocação, procurar fazer todas as coisas, grandes ou pequenas, com boa disposição e prazer, compreendendo que estamos no lugar certo, na situação certa e na hora certa para perseguir realizações de bem para nós próprios e para os outros.
Só assim poderemos “...fazer as coisas como se deve fazer, isto é, com o mesmo gosto com que Deus fez tudo quanto existe”, conforme nos ensinou o fundador da Logosofia, Carlos Pecotche.
(*) mestre em Psicologia, terapeuta das Perdas e do Luto e palestrante