Hábitos afetam o relacionamento humano e isso inclui tanto costumes bons quanto ruins. Para eliminar o hábito de cuspir no chão, campanhas taxaram esse o ato como falta de higiene e de educação, o que fez com que ele desaparecesse. Mas bons costumes também já desapareceram, como aconteceu com o de homens cederem lugar às mulheres, e o de se invocar a proteção de Deus antes de qualquer atividade. Rogava-se, com fé: “Deus me ajude!”
Já houve ainda o bom costume de se pedir a bênção aos mais velhos: avós, pais, irmãos, padrinhos... Esse pedido às vezes substituía uma saudação. Então se ouvia: “Deus o abençoe!” E desejavam-se bons votos ao se sair de casa: “Deus o acompanhe e proteja! Fique com Deus!” Também se rezava ao acordar, ao dormir e antes das refeições.
Antes de certas disputas esportivas, alguns desportistas fazem sinal da cruz, pedindo proteção divina. E em situações de perigo ou de doença, Deus também é lembrado, embora esteja sempre presente, mesmo sem ser invocado. Devagar, quase sem se sentir, foi-se abandonando a invocação da proteção divina e reservando-a somente para esses momentos difíceis.
Talvez seja por falta de oração que a humanidade esteja vivendo a era do medo. Medo de sair de casa, de ficar em casa, de ser assaltado, atropelado ou morto, medo por saber que familiares precisam se deslocar até o trabalho ou escola. O medo se instalou no coração do homem quando ele abandonou o bom costume de invocar Deus.
Para os que têm fé, cada qual em sua religião – quando essa é a opção -, orar pedindo a proteção de um Ser Superior pode ser o caminho para a paz de espírito. Que esse Ser Superior cubra de bênçãos aqueles que assim desejarem.