Pront já tem um monte de leitores para minha safada coluna. Isto é sabedoria, meus amigos, quem escreve espera ser lido, não importa por simpatizantes ou por oponentes – estes últimos ainda melhor, são mais persistentes e raivosos. Ainda outro dia um distinto desconhecido me pegou parado no sinaleiro, chegou e disparou: doutor, o senhor está pegando pesado, maneira se não vai se dar mal! O sinal abriu igual o meu sorriso safado e a língua mais: companheiro, é disto mesmo que eu gosto! Pois é, meus amigos, melhor do que isto é a esculhambação política em todos os seus níveis – de vereador marca traque até presidentes e governos marca bomba atônita (atônita, revisor, a atômica já caiu do galho!). Querem ver uns tantos pedaços? No barato, nossas eleições prefeiturais e vereadorística – já pensei em falar pra minha diretora tratar estes temas na página humorística, ela caiu fora: não dá, João, e o jornal é curto! Deixo então aqui para Uberaba um hino de jogo infantil que se adapta muito bem a este momento de tantas incertezas e alterações: os escravos de Jó... jogavam caxangá... tira, põe, deixa o Zé guerreiro ficar... guerreiros com guerreiros... chega pra lá... Mas não é só aqui, minha gente: a canção é geral e universal, como a própria mãe política. Já contei do meu pobre Paraguai, traído e abandonado pelas cruéis madrinhas da Argentina... e do Brasil!.. Acontece que Deus é justo, a Venezuela vai entrar, vou pagar entrada para este circo. Afinal, depois de tantos anos sacrificados como bandidos... o novo e democrático Paraguai é novamente encolhido e martirizado pela Tríplice Aliança, bípede porque o Uruguai já disse que está ausente embora presente. Em seu lugar entra a democrática Venezuela, sem aprovação ou base legal no Mercosul... mas tem petróleo, e uma conta pesada de marginais interessados. Bolívia, Equador, Colômbia, alguma Colômbia (sua inimiga...). Se vocês leram a Folha de S.Paulo, devem ter em mente a ilegalidade Mercosul que dona Dilma, minha ex-presidente, consentiu. Não vou entrar em detalhes, meu sábio pai repetia: a... quanto mais se mexe, mais fede! Sei que algum amigo leitor vai dizer: João, agora você extrapolou! É possível, meu amigo. Diga que estou doente, talvez acerte, e eu estarei desculpado. Estou já no sonho da febre, aqui serão eleitos os melhores vereadores, o prefeito, logo deputados, governadores, Presidente! E eu não terei mais assunto. Vocês me acreditam, né?
(*) Médico e pecuarista
