Disse o gênio grego Arquimedes: “Dê-me uma alavanca e um ponto de apoio que eu removerei o mundo”. Muitos veem essa metáfora como um arranjo mecânico da Física, quando na realidade ela pode ir muito além do que se possa imaginar. No campo pessoal, entendo ser a alavanca uma oportunidade que ganhamos e o ponto de apoio um trabalho a ser realizado.
No ano de 1963, há cinquenta anos, portanto, ganhei a primeira oportunidade para servir ao povo me integrando à recém-criada Guarda Mirim de Uberaba, da qual fui o seu primeiro comandante. Dali por diante removi vários “mundos”. O Rotary Club de Uberaba patrocinou a criação daquela instituição educadora de jovens tendo como seu representante o benfeitor Dr. Odilon Fernandes. Cinquenta anos depois, ou seja, no dia 19/03/2013, recebi da Câmara Municipal de Uberaba a MEDALHA DA CULTURA DR. JOSÉ MENDONÇA. E quem foi esse notável patrono? Outro intrépido rotariano, um dos fundadores do seu clube de serviços que no ano de 1962, junto a outros expoentes intelectuais, criou também a nossa Academia de Letras do Triângulo Mineiro, além de ser o seu primeiro presidente.
Na relação de feitos e méritos publicados pelo Clube no ensejo dos seus 75 anos, notei que a criação da primeira Guarda Mirim pelas mãos de Odilon Fernandes não constava e, o advento da Academia de Letras por José Mendonça, também não. Reparamos esse lapso no dia 10/04/2013, quando, em reunião solene, mostrei com o interesse de todos uma foto comprobatória de então e, para consagrar aquele laurel que a Câmara me conferiu, o dinâmico presidente Marcos Antônio Franco mostrou-o aos seus pares que, de pé, aplaudiram. Senti ali ser feita a justiça que tardava a dois homens do bem: Odilon Fernandes e José Mendonça.
Posso dizer ao finalizar este testemunho que: um rotariano estava lá... no meu começo e o outro, cinquenta anos depois, está no começo do meu “fim”...