Por de trás do pano a F1 se desdenha para continuar viva. Nunca vimos tanta eficiência e união entre seres tão mesquinhos.
Por de trás do pano a F1 se desdenha para continuar viva. Nunca vimos tanta eficiência e união entre seres tão mesquinhos. A FIA e FOTA, de uma hora para outra, começaram a falar a mesma língua, a palavra de ordem é cortar custos. Ou então é temos de sobreviver, e nunca vimos pacotes de mudanças tão radicais sendo aprovados tão rapidamente e com a anuência de todos. Depois do anúncio da debandada da Honda parece que acendeu uma luz de emergência e todos passaram a falar a mesma língua. E tem gente do meio que aposta que até o início da temporada de 2009 outra equipe anunciará sua saída. Seria péssimo para o esporte. Já imaginou uma etapa de F1 com apenas 16 carros no grid? Horrível, né?! No automobilismo, depois da Honda abandonar, sua atitude atraiu alguns seguidores. A Audi, líder absoluta dos grandes protótipos de provas de longa duração, ou seja, a Lê Mans Series e América Lê Mans Series, também preferiu deixar as pistas por enquanto. Diferentemente da Honda, a Audi abandona as competições por cima, ou seja, ela era a equipe que tinha o melhor conjunto, e ganhava tudo, caso em que não se enquadram os nipônicos da Honda. E ainda foram seguidas pela Subaru, ex-campeã mundial do WRC. E também a Suzuki, outra montadora japonesa, que acabava de montar sua equipe oficial no mundial de Rally, o majestoso WRC. 2008 foi o primeiro ano da equipe no campeonato como equipe oficial. Pelo menos esses japoneses se comprometeram a fornecer peças e equipamentos para aqueles pilotos que adotaram a marca. E com um horizonte destes, só podemos dizer: ponto para Max Mosley, que até outro dia chegou perto de ser expulso da presidência da FIA e agora vê suas idéias sendo levadas a serio por todos. Nunca fui fã de Mosley como administrador, sendo ele apenas um fantoche nas mãos do velho e asqueroso Verme Ecclestone. Mas de uns oito anos para cá ele tem tido idéias próprias. Mas nunca achei justo expulsá-lo da entidade por causa de um vídeo, onde se divertia. A vida particular dele pertence a ele. Não é justo discriminá-lo por suas ações fora da entidade. Na verdade esse vídeo foi parte de uma trama, ou armação, como queira, para desestabilizar o vice Verme. Coisa de ingleses, imprensa contra dirigente. E foi justamente esse vídeo que dividiu a dupla Verme e Mosley. Depois de anos apoiando Mosley, na hora em que mais precisava do apoio do homem forte do circo, Mosley viu que o Verme é mesmo um Verme. Pois o velho Verme enxergou que com a saída de Mosley ele poderia avançar ainda mais suas forças na entidade, colocando um novo aspone. Pois Max, apesar de ser uma cria do Verme, começou a ter suas idéias. E muitas delas não agradavam o Verme. Pois Max luta há anos para que os custos sejam menores. Para que as equipes menores possam competir no mesmo nível das grandes, o que já estava se tornando quase um sonho. Em 2002, Max gritou alto e disse para o circ “Temos que parar de torrar tanto dinheiro. Perdemos a Prost e vamos perder mais equipes. Temos que equilibrar a coisas.” E em 2003 foi a vez da Arrows abandonar o circo. Depois vieram as aquisições. A Benneton virou Renault. A Jaguar, que era da Ford, virou Red Bull. Em 2006 a Bar virou Honda, e nunca mais evoluiu, por culpa, em minha opinião, de Nick Free. A Minardi vira STR ou Toro Rosso. E o caso mais engraçad a Jordan virou Midland em 2006. E em 2007 passa a ser Spyker, que pelo menos era do ramo de carros, e depois em 2008 volta a ser de um magnata. Midland também era de magnata, um russo disfarçado de canadense. E agora a Force Índia é de um magnata indiano que se aliou com os alemães da Mercedes, os quais, disfarçadamente, aparecem com a identidade dos ingleses da McLaren. Salvem-se quem puder, esse é o mundo da F1. Onde ninguém aparenta ser o que realmente é. Como a grande mídia definiu há anos, é apenas o cirquinho do Verme por onde circulam milhões de euros. E pessoas são apenas um instrumento da engrenagem que compõe a grande máquina. A Force Índia definiu seus pilotos para 2009. Serão os mesmos de 2008, Fisichella e Sutil. Sendo assim, falta apenas a Toro Rosso definir sua dupla para 2009. Uma vaga parece ter dono, e ela é de Buemi, que dominou os treinos da semana passada. A outra deve ficar entre Sato e Bourdais. E onde ficam Senna e Barrichello, que também foram cotados para uma vaga. Não devem levar nada, pois nem andaram com o carro da equipe. Rubinho tem a esperança de que alguém que assuma a ex-Honda o contrate. Já Senna e Di Grassi, aparentemente, ficaram sem carro. Felicidades a todos!