Tenho lido e acompanhado as resoluções
Tenho lido e acompanhado as resoluções e projetos políticos do Brasil. Além dos nossos jornais locais leio a Folha de S. Paulo, os programas das nossas televisões. Penso – não sei se meus leitores concordam – que o território das comunicações sociais está dividido em duas áreas dominantes: a política e a violência. Desta última não vou falar nem escrever: é um nojo que me repugna ver os crimes horríveis nascidos na droga e nas ambições financeiras, já gastei tinta sem qualquer emoção ou resultado. Agora e hoje, pela manhã, tive uma atenção especial voltada para as notícias políticas – que ao final irão dirigir o nosso futuro. Resumo a minha impressão que submeto aos meus leitores: está apitado o início da nova eleição presidencial. É no ano que vem, já sei, mas em política ninguém pode dormir os sonhos dourados do “já ganhei”. Leio a suavidade com que dona Dilma vai tecendo a sua teia de aranha apanhando qualquer mosca viageira e seu destino. Do outro lado, aos trancos e barrancos, a oposição tenta se armar embora dividida e sem caminho. Meu pensamento é histórico, baseado nas experiências vividas e passadas, muitas ilusões e desilusões. A política, os experimentados sabem, vou plagiar o poeta, é aquela árvore da felicidade, toda arreada de dourados pomos... que existe sim, mas nós não o encontramos... porque está sempre onde nós a pomos... e nunca a pomos onde nós estamos! Não me perguntem, eu mando bala de improviso e inesperad um pensamento que me bateu esta manhã. O estado territorial do Brasil vem sendo modificado através do tempo. Peguem o mapa de 60 anos atrás, os 21 Estados do Lino, e vejam a retaliação acontecida e multiplicada: eu mesmo não sei mais a quantos estados e territórios chegamos: primeiro ponto do meu raciocínio. Segundo ponto, e este é meu primeiro e último sonho. É histórico o desejo de emancipação do Estado do Triângulo Mineiro. As razões são conhecidas, já falei e lutei por eles: o Triângulo nada tem com o Estado de Minas... nem atenção, nem sequer um jornal e comunicações da capital. Nossa história, vida, trabalho e produção são independentes das montanhas alterosas. Fomos sempre sacrificados e oprimidos pela central de BH. Tenho asco e vergonha da nossa última campanha, quando o Newton Cardoso comprou deputados para evitar na Câmara Federal a nossa libertação. O que sofremos de decepção e humilhação, fica a lembrança do “desaparecimento” das cortinas douradas e preciosas aqui do Hotel de Araxá... deixa pra lá. Vou ao atual e último. Estou vendo e assistindo à nova fase do nosso Triângulo. Aquele amadorismo poético está acabando. Não é apenas a nossa produção agrorrural, energia elétrica... é a nossa amadurecida unidade de valor político. Não é Uberlândia ou Uberaba, minha gente: é o verdadeiro e ambicionado Estado do nariz triangulino até a serra da saudade: hoje temos conhecimento desta realidade. Agora, na minha última emoção, vejo uma janela e oportunidade acima de Minas: dona Dilma na presidência. O Estado de Minas, ela sabe, será manejado mais uma vez pela histórica BH. Agora, no meu sonho final: a presidente é daqui, e sabe que poderia levantar todo o Triângulo com a sua bandeira... e o compromisso, coisa que mulheres cumprem bem melhor que os homens. É preciso escrever mais?