Foi acontecido e celebrado no domingo passado, com o nome históric ... das mães. Viajo no tempo a minha versão na atualidade: dia de mães. Meu pensamento é dirigido pelos muitos anos que vivi, e chego agora na senectude. Mães estão aí, continuam acontecendo. Entretanto os tempos, usos e costumes mudaram muito. Mães nos tempos atuais mudaram muito, e sob todos os aspectos. Existem as mães clássicas, do cerimonial antigo, casadas por amor, filhos tidos e criados no amor, o casal e família lembram Maria e José. Entretanto, os tempos estão mudando perigosamente. Aquele lar histórico está vivendo e sofrendo os novos tempos, com ameaça de piorar. Leio na imprensa das capitais modernas: Maria Angela, filha de Ester com Alfredo Ian, que era marido da Haidée mãe do Juca... coisa do society. Não vou me esticar nas mães jovens de surpresas desagradáveis – ou das abandonadas e sofredoras. Em resumo, mães modernas são figuras de riscos de toda espécie. Aquela imagem do presépio e Natal são figuras do passado e da saudade, penso que “ser mãe é sofrer no paraíso” virou verso de poesia, doloroso que devemos entender, prestigiar... e amar. Vem daí a mudança do título “dia das mães” para dia de mães, que são todas, de toda sorte e destino, muitas abandonadas e esquecidas – porém contabilizadas nas taboas do Senhor. Quem tem a família certinha pode passar ali no conjunto pobre – habitacional ou rural, ou dar-lhe um presente ou lembrança – quase todas são mães – e tem filhos incapazes de lhe dar qualquer coisa ou alegria. Você, meu companheiro de leitura, pode ser ali um filho inesperado, velho, mas com saudade da sua mãe que já viajou... Afinal, este dia deve ser para todas elas – e também para nós todos.