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Dia do Namorados

Oba, mais um dia celebrativo! É uma pena não ter campeonato mundial destes dias inventados pelo comércio, pela política e pela propaganda

João Gilberto Rodrigues da Cunha
Publicado em 09/06/2010 às 19:47Atualizado em 17/12/2022 às 06:26
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 Oba, mais um dia celebrativo! É uma pena não ter campeonato mundial destes dias inventados pelo comércio, pela política e pela propaganda. Se existisse, o Brasil já estava na final... Dia da criança, do idoso, das mães, dos pais, dos namorados, e noivos e casados, da tristeza e da alegria, dos pinguços e dos infartados, das profissões todas, médicos, odontólogos, advogados, professores, normalistas, vigaristas, cachaceiros e punguistas, vamos acrescentando e inventando, tudo vale nesta terra do vale-tudo...

Desde que dê notícia no jornal e venda nos shoppings. E olhem que não entrei na safra dos políticos: dia do vereador, deputado e senador, e por aí acima até o dia do presidente... Agora então podíamos ter um dia entrelaçad dia dos namorados candidatos do eleitorado! Aproveita, meu amigo, dá temp amigo, aqui está seu candidato, um enamorado ansioso pelo seu voto! Gostando da data e da oportunidade, leio na imprensa os namoros políticos, dos candidatos e dos partidos, safadezas dos amores traídos. Se os amores não são necessariamente sérios, os de origem política ganham o campeonato em qualquer campo ou Estado.

Vejo a salada mineira, Helio Costa roubando os partidos do Anastasia, que namorava com o PT, que namorava com... deixa pra lá, porque nos demais estados a confusão é igual. Penso para conferir e consultar meus leitores. O maior partido nacional é o PMDB, certo? Existe forte em todos os estados, e serve de exemplo para nosso dia do namorado polític em cada estado tem um comportamento e uma aliança normativa particular. Mais interessante e brasileir o próprio PMDB confessa a fragilidade de seus namoros, porque o casamento que realmente pretende é com a Presidência – e nesta não lhe deram oportunidade. Minha conclusão é medicinal, de acordo com minha profissã política, como namoro, é doença de prognóstico incerto, e risco “ vergens ad malo”, que significa “piorando”. Isto porque seus namoros são frágeis e interesseiros. Querem a prova? Perguntem a qualquer namorado da política por quantos partidos (e até noivados...) já passou...

Em minha vida de marginal observante, pelo tempo podendo ser chamado de cadeirante da política, garanto-lhes que assisti coisas inacreditáveis nos namoros políticos. Inimigos figadais em uma eleição se abraçam e até beijam no palanque político da eleição seguinte. Tudo, é claro, anunciado e discursad pelo bem da pátria e salvação do Brasil! Por isto e tudo, este dia dos namorados pode ser seguido de dores e fracassos. Porém, não chorem, amantes e amorosos do Brasil. Na política, e com certeza, este dia já é fracasso e consolo desde o seu nascimento. Vam bora pra lagoa, Dino. Lá existem ainda traíras fiéis!

(*) médico e pecuarista

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