Assistindo ao horário político pela televisão, vendo propagandas do governo em jornais e ouvindo a voz do povo, percebemos que o Brasil, na verdade, se mostra dois países distintos.
Mostrado nas propagandas do governo pagas pelo povo, o país é um paraíso, com rodovias asfaltadas (sem pedágios), escolas novas e com mobiliário decente, muitos professores, pagos dignamente, hospitais públicos bem administrados, com equipamentos de primeira linha e bom número de médicos para atender à demanda. O transporte público é de primeiro mundo e atende diariamente milhões de usuários. Brasileiros, turistas e estrangeiros que moram neste país vivem em segurança.
Já o Brasil real é aquele retratado por cidadãos na internet, bem como o dos noticiários: rodovias esburacadas, veículos atolados no lameiro de estradas, transporte público precário impossibilitando usuários de chegarem ao trabalho, caos no trânsito, escolas com todo tipo de problemas, hospitais públicos sem profissionais e sem estrutura adequada, doentes em macas nos corredores. Faltam aparelhos e alguns, caros, continuam encaixotados à espera de técnico que os ponha em funcionamento. Faltam medicamentos, às vezes de baixo custo, obrigando médicos a prescreverem os disponíveis, mas de alto custo, pagos pelo povo. O crime organizadíssimo deita e rola em delitos, colocando nossa segurança em férias. (Enquanto suas vítimas reivindicam direitos humanos.) Assassinatos, roubos à mão armada, latrocínio, explosão de caixas eletrônicos, furto de veículos... são praticados amiúde. (Haja policiais!) Em nome da corrupção, compra-se e vende-se a consciência. A raridade das calmarias - períodos sem sobressaltos – deixa-nos a imagem de um Brasil atroz sobrepujando o paraíso.
A origem desse país complicado pode estar no esfacelamento da família, instituição sagrada, base da sociedade, capaz de ensinar ética, moral, amor à vida, respeito ao próximo, ao bem alheio e ao bem comum, o trabalho e o cumprimento do dever. Para sermos um país melhor, restauremos os laços familiares. E, a curto prazo, poderemos, nas eleições, manifestar nossa indignação. Dois compromissos impreteríveis para resgatarmos nossos direitos.